sábado, 4 de junho de 2016

Obrigação cumprida...

Benfica 4 - 1 Burinhosa

O mais importante era garantir a passagem à Final e isso foi conseguido! Num jogo com um 2.ª parte demasiado em 'gestão' da nossa parte!
Henmi em grande hoje, em praticamente todos os lances decisivos!
2-0 no Futsal é curto, devíamos ter procurado o 3.º golo com mais insistência.
Nos últimos 40 segundos tivemos 3 golos, primeiro para a Burionhosa reduzindo para 2-1, mas logo a seguir marcámos mais dois!!!

Desnecessárias as reacções dos nossos jogadores às provocações dos jogadores e treinador da Burinhosa. Os únicos potenciais prejudicados, seríamos nós!!!

Os Lagartos empataram hoje a eliminatória com muita dificuldades. Têm melhor plantel no papel, mas não são invencíveis... mas temos que ter mais cabecinha!

Os jogadores não mereciam...

ABC 32 - 30 Benfica
(13-16; 28-28)

É bom recordar que esta época, correu muito melhor, do que as melhores expectativas no inicio da temporada. Apesar desta realidade, é impossível não ter um amargo de boca com esta Final perdida...

Foi mais um daqueles triunfos dos porcos, onde valeu tudo, principalmente neste 3 últimos jogos. Hoje, voltámos a ter uma arbitragem inacreditável nos últimos minutos do tempo regulamentar... Para o Benfica ganhar um jogo no tempo regulamentar tinha que entrar com 10 golos de diferença nos últimos 5 minutos, porque senão haveria sempre maneira de igualar o resultado... Hoje a 'estratégia' foi marcar faltas ofensivas ao ataque do Benfica nos últimos minutos, enquanto do outro lado, se marcava golos atrás de golos, com claras faltas ofensivas que não eram assinaladas!!!
Quando uma equipa como o ABC acaba com 3 exclusões um jogo com prolongamento, quando no resto do ano, tem sempre mais de 7 exclusões por jogo, fica bem claro qual o critério usado...

Cometemos alguns erros, principalmente no ataque, mas os outros também se fartaram de cometer erros (falharam 4 Livres de 7 metros por exemplo...!!!)...
Perdemos este jogo quando 'permitimos' o empate no tempo regulamentar, no resto tivemos sempre por cima... mesmo sem o Borragán!

O grande problema é que para o ano, já não haverá Play-off, vamos voltar ao formato 'ideal' para os Corruptos serem Campeões consecutivamente!!! E com as contratações já anunciadas, parece que vamos ter um dos 'melhores' campeonatos da Europa!!! A nossa aposta tem que continuar a ser nos nossos jovens da Formação, mesmo com as alterações ao limite de estrangeiros que estão previstas, a 'pedido' dos do costume!!!

Gestão !!!

Sanjoanense 5 - 10 Benfica

Novamente em modo 'gestão', vitória, mas com muitos golos sofridos...
Eu sei que estamos em 'preparação' para a Taça de Portugal, mas se calhar a melhor preparação era manter os níveis de intensidade e concentração no máximo...
Na última jornada recebemos a Oliveirense, suspeito que venham com muita 'raiva', portanto...

PS: Parabéns ao João Ribeiro, que no K2 1000m com o Emanuel Silva, conquistaram a medalha de Ouro, na Taça do Mundo de Montemor-o-Velho.
A Joana Vasconcelos, ficou em 7.ª na Final do K1 200m...
Amanhã temos mais Finais...

Com 10 é que é bom

"Que pena o golo tardio da Inglaterra na noite de quinta-feira no novo campo de Wembley, a sempiterna catedral da derrota do futebol português. Não porque a selecção portuguesa justificasse outro desfecho. Na realidade, pouco ou nada fez por isso. Mas porque jogando com menos um do que o poderoso adversário durante 50 minutos, a equipa portuguesa viu-se autorizada pelas circunstâncias a enveredar por aquilo que melhor sabe fazer: a abdicação do ataque em função da necessidade patriótica de não sofrer golos.
Quase ia resultando, mas a cinco minutos do fim os ingleses marcaram e, pronto, lá voltámos de Londres com uma derrota tangencial em vez do empate empolgante que esteve à beira de acontecer. A verdade é que a Selecção esteve bem melhor com 10 do que com 11 em campo. Se calhar mais nos valia jogar o Europeu todo sempre com 10, de modo a cumprirmos com honradez e sem achincalhos a iminente campanha francesa. Mas, atenção, desde que nenhum desses 10 seja, obviamente, Renato Sanches, que ainda é jogador do Benfica até ao final deste mês.
O futuro jogador do Bayern Munique teve direito a jogar os últimos 20 minutos em Wembley e fez, enfim, um bocadinho de diferença. Foi da sua criação o único lance de perigo para a baliza inglesa, oferecendo a Ricardo Quaresma a hipótese de fazer um golo que seria tão imerecido como fabuloso. A breve presença de Renato Sanches em campo desencadeou uma onda de comentários, entre o favorável e o entusiástico, na imprensa internacional, mas a verdade é que, em França, dificilmente Fernando Santos optará por lançar desde o início o jovem jogador, com justificado receio de uma ruidosa bateria de comunicados e de protestos institucionais que venha minar a tranquilidade no país e na Selecção.
A partir de 1 de Julho, quando Renato Sanches já for oficialmente jogador do Bayern Munique, terá o seu lugar mais do que certo na equipa nacional. Ou seja, para que ninguém se ofenda, só na condição de ex-benfiquista é que Renato Sanches pode jogar na Selecção. Como a fase decisiva deste Europeu entra pelo mês de Julho, isto se lá chegarmos, ainda vamos ter a oportunidade de o ver em acção aos 90 minutos de cada vez.
Até lá, insisto, deveria a Selecção jogar com 10, nem que Bruno Alves tenha de ser sempre titular para ser cirurgicamente expulso quando for mais conveniente às nossas aspirações."

Renato Sanches é um cavalo selvagem

"De repente, o jogo da selecção portuguesa transformou-se. A equipa estava a jogar apenas com dez jogadores, por culpa daquela entrada desmiolada de Bruno Alves, que lhe valeu a expulsão imediata do jogo, e as dificuldades de transição de bola eram cada vez mais evidentes. A coisa já não estava fácil, mesmo no tempo em que se jogava onze contra onze. A Inglaterra, impetuosa, batia como mar bravo numa rocha, sem jeito para entender o jogo, sem um assomo de criatividade atacante e não conseguia mais do que uma espuma leve e ineficaz.
Portugal parecia, pois, ter o problema defensivo bem resolvido, em Wembley. A dificuldade maior estava na segurança e na eficácia da posse de bola, ganha em zonas muito recuadas. A equipa tinha, então, poucas ou nenhumas linhas de passe e, sem vocação para um futebol directo, tornava, obviamente, muito pouco promissoras as suas imberbes e ineficazes iniciativas de ataque.
Durou uma eternidade a tentativa de soluções que permitissem a Portugal conseguir, enfim, ter a bola, fazê-la circular e criar, então, situações ofensivas perigosas atrás da linha de defesa da Inglaterra. Até que entrou Renato Sanches. Já havia 70 minutos de jogo e a substituição de Adrien por Renato parecia ser, apenas, uma daquelas substituições da rotina chata dos jogos de preparação. A verdade é que o miúdo de apenas 18 anos de idade entrou e o jogo ofensivo português deixou de ser maçadoramente cristalizado. Finalmente, Portugal tinha encontrado uma solução para a sua transição de jogo. Não porque tivesse encontrado uma maneira engenhosa de criar linhas de passe entre os seus jogadores do meio campo, mas porque Renato, com impressionante poder físico, conseguia, na posse da bola, acelerar o jogo, conquistar espaço aberto e, assim, obrigava o adversário a desmanchar o cerco que lhe permitia um ataque em permanência.
É notável que um jogador tão jovem entre em Wembley num jogo contra a Inglaterra e se torne não apenas visível, como marcante.
Pode dizer-se - e é verdade - que o jogo lhe ia, em pleno, nas suas características de cavalo selvagem, que se torna indomável quando pode correr à desfilada e tem tanto espaço na sua frente. Mas é notável a personalidade do jogador. Há quem diga que é a irresponsabilidade natural dos jovens, muito ligada a uma irreverência própria da idade. Não me parece que seja isso. Parece-me, mais, uma daquelas personalidades de jogador de futebol que não se impressiona com nada nem ninguém e cujo destino é vir a ser um dos grandes e pisar os maiores palcos do mundo.
Os pouco mais de vinte minutos que Renato esteve em campo deram, de Portugal, um retrato um bocadinho mais colorido, depois de setenta minutos a preto e branco. E a questão que agora se coloca é: terá sido suficiente para convencer Fernando Santos de que Renato merece um lugar, de início, no meio campo português?
Julgo que a resposta é não.
Pensarão alguns que esta minha previsão se baseia, apenas, no conservadorismo do seleccionador nacional. Mas não é verdade. Os jogos com a Islândia, com a Áustria e com a Hungria terão características diferentes desta apresentação com a Inglaterra. Se Portugal passar a primeira fase do Euro e encontrar grandes e fortes adversários, que se disponham a jogar em ataque continuado, então, sim. Caso contrário, aquelas características de jogo só acontecerão em momentos em que Portugal estiver em vantagem no marcador e, assim sendo, é perfeitamente aceitável e, se calhar, aconselhável, que Fernando Santos mantenha o onze que - ninguém duvide - já tem na cabeça utilizar."

Vítor Serpa, in A Bola

PS: É engraçado verificar a diferença entre as opiniões de 'alguns', quando o Renato era 'somente' jogador do Benfica, e agora que é jogador da Selecção e do Bayern!!!
Não é preciso perceber muito de futebol, para verificar que existe uma diferença brutal entre o Renato e todos os outros médios da Selecção... mas não deixa de ser curioso, que 'alguns' só tenham chegado a essa conclusão, agora!

Ele é a lenda

"A 25 de fevereiro de 1964, Cassius Clay tornou-se o mais jovem campeão mundial da história do boxe. O homem que veio a chamar-se Muhammad Ali tinha apenas 22 anos quando derrotou o corpulento e superfavorito Sonny Liston, de 32, por KO técnico no final do sexto assalto. Os relâmpagos caíam duas, três, quatro vezes no mesmo sítio (no corpo do adversário) quando entrava no ringue. Morreu esta madrugada, com 74 anos
Esta não é a biografia de Muhammad Ali, mas a de Cassius Clay. Como em todas as outras, há nela um arranque, que é o arranque possível, pois a vida de Clay como a conhecemos começou aos 12 anos; e também há um remate, que coincide com a manhã em que Clay morreu para fazer nascer Ali.
Mas é entre o início e o fim que tudo o que realmente conta se conta: a história do pugilista que se esquivou de todas as previsões para conquistar o seu primeiro título mundial num combate lendário. Aconteceu há 50 anos, a 25 de fevereiro de 1964: Cassius Clay vs. Sonny Liston.

O ARRANQUE
Cassius Marcellus Clay, Senior era um tipo bem-apessoado, um negro que ganhava a vida a pintar cartazes no Sul da América. Tocava piano, bebia muito, era mulherengo e o melhor dançarino de Louisville, no Kentucky. Clay, Senior casou-se com Odessa Grady, mulata religiosa e neta de um irlandês, e da relação de ambos nasceram Cassius, em 1947, e Rudolph, no ano seguinte.
Eram quatro afro-americanos orgulhosos das suas raízes; sobretudo Cassius, Junior que não deixava uma provocação sem resposta.
Foi assim, aos 12 anos, que prometeu ao polícia Joe Martin que daria cabo do canastro ao ladrão que lhe roubara a bicicleta. “Talvez seja melhor aprenderes a lutar primeiro”, aconselhou Martin. Clay calçou as luvas e as sapatilhas: corria de manhã, treinava à noite, ganhava combates e somava troféus amadores durante a adolescência até conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960. O seu estilo? Nunca antes visto. Alto, rapidíssimo, felino e bailarino. Como o pai. Estava destinado a grandes coisas e foi preparado para tal pelos seus colaboradores quando se profissionalizou: apareceram-lhe adversários acessíveis que ele foi batendo consecutivamente para ganhar rodagem, calo e um nome dentro do ringue. É assim que as coisas se fazem: um pugilista cresce e aparece enquanto espera pela oportunidade.
No caso de Clay, a sorte bateu-lhe à porta quando foi 'escalado' para o combate do título frente a Sonny Liston, a 25 de fevereiro de 1964, em Miami. Em teoria, era um confronto desigual, como carne para canhão: Clay tinha no currículo a medalha de ouro em Romam, mas Liston somava dois títulos mundiais e um sem número de vitórias por KO; o miúdo tagarela e esguio de 22 anos que fora treinado por um polícia enfrentava o homem misterioso de 32 que aprendera o ofício na prisão após espancar um polícia. Dos 46 jornalistas especializados para avaliar a contenda, 43 escreveram que Sonny Liston ganharia por KO: a pinta de peso-pluma de Clay não faria figura no mundo dos pesos-pesados que esmurram menos, mas com mais força.
“Isto vai durar a quase totalidade do primeiro round”, ironizou então o “New York Times”.
Clay tinha outros planos para essa noite - e estavam todos na sua cabeça.
O QUE CONTA
Cassius Clay decidiu atacar antes do primeiro gongo. Tinha de desestabilizar Sonny Liston, tirá-lo do sério, puxá-lo para o confronto verbal.
“A única coisa em que Clay consegue bater Liston é na leitura de um dicionário”, escreveu-se no “Los Angeles Times”. Nos tempos que antecederam o combate, Clay usou o espaço público da forma que quis para tentar abespinhar o adversário.
Logo no dia da assinatura do contrato, em que ambos se comprometeram a lutar em Miami, Cassius alugou um autocarro, pintou-o com as palavras “Liston tem de cair no oitavo round”, convocou a imprensa e foi estacioná-lo em frente à casa de Sonny, em Denver. Às três da manhã, buzinou e desafiou-o: “Anda cá fora. Vou dar-te uma tareia agora.” Sucede que Sonny acabara de mudar-se para um bairro de brancos e não gostou nada dos distúrbios. A perseguição de Clay a Sonny prosseguiu no campo de treinos do rival, na Florida: “És um urso grande e feio [a alcunha de Liston era Grande Urso]“; “Depois do combate, vou construir uma bela casa e usá-lo como tapete de pele de urso”; “O Liston cheira como um urso e vou doá-lo, depois, a um zoo”; “Se o Sonny me vencer, vou rastejar, dizer-lhe que é o maior e apanhar um jato para fora do país.” E por aí fora...
Os americanos-brancos torceram-lhe o nariz. Clay era um fanático religioso, com ligações à Nação Islâmica, e, se não era louco, pelo menos parecia, pela forma como constantemente queria irritar um tipo muito maior e mais violento do que ele. De repente, o público ficara sem favoritos: o mulato vaidoso iria encontrar o negro criminoso. “Esta será a luta mais popular de todas desde Hitler e Estaline: há 180 milhões de americanos a torcer por um duplo KO”, leu-se. E quando se julgava que Clay tinha afrouxado, a pesagem e os exames físicos que antecedem o combate mostraram o contrário.
Cassius chegou ao local com um casaco de ganga onde se lia “Caça ao Urso” nas costas e gritou: “Sou o campeão! Digam ao Sonny que estou aqui! Tragam esse urso feio para o pé de mim. Alguém vai morrer hoje! Estás com medo, banana!” Exagerou e teve de pagar 2500 dólares de multa pelo mau comportamento.
Mas conseguiu o que queria. “O Liston não estava a pensar em mais nada a não ser matar-me. E quando alguém pensa assim, não está a pensar lutar, não está a pensar treinar para lutar. E eu sabia que o Liston, de tão convencido que era, nunca treinaria para um combate com mais do que dois rounds”, confessaria Clay na biografia.
Os rumores sobre a má forma de Liston eram mais do que muitos: dizia-se que emborcava cerveja e fumava como um reformado; que as ligações à máfia e à família Lucchese o iriam deixar endividado; que o vício das mulheres o deixava esgotado; que corria uma milha em vez de cinco para se preparar; que tinha um ombro amassado. E que, enfim, não tinha 32 mas 40 anos. Clay estava nos antípodas: treinava como um louco, continuava a beber só leite e a comer ovos, e revia os vídeos dos combates de Liston até à exaustão - até ao ponto de saber que o Grande Urso tinha um tique nos olhos quando disparava a sua esquerda mortífera. 

O REMATE
O Convention Hall de Miami estava à pinha e junto do ringue havia consenso: Sonny Liston atropelaria Cassius Clay. Feitas as apresentações e as recomendações, soou o gongo: Liston entrou a todo o gás, porque queria acabar com aquele rapaz de uma vez por todas. E rapidamente.
Só que Clay era tão rápido a andar para trás como Liston para a frente. Um atrás de outro, os golpes de Liston acertaram no ar enquanto Clay lhe ofereceu a cara e uma guarda baixa.
Ninguém previra aquilo, todos ficaram de queixo caído. Aos terceiro e quarto assaltos, com Liston a esgotar reservas e Clay a apimentar o combate com jabs-relâmpagos que não matavam mas moíam, era claro que o título de campeão mundial iria mudar de mãos. E nem a cegueira temporária de Clay no 5º assalto, provocada pela soda cáustica usada por Liston para limpar as feridas, o travou. Durante esse round, Cassius só conseguiu enxergar um vulto e foi à volta dele que trabalhou o seu boxe até a vista clarear. Depois, no 6º assalto, as suas combinações voltaram a resultar em cheio na cara de Liston, cujo rosto inchou como um balão até quase implodir.
De raiva. Mas, acima de tudo, impotência.
“Pronto, acabou”, terá dito aos homens que o acompanhavam no seu canto. Liston cuspiu a proteção dos dentes e ficou sentado quando o árbitro chamou os pugilistas para o sétimo assalto.
Estava sentado e arrumado. Cassius Clay pulou como uma mola, de braços no ar, dançando e repetindo até à exaustão: “Eu sou o maior! E eu abanei o mundo.” Foi a primeira e última vez que o fez como Cassius Clay. No dia seguinte, renasceu como Muhammad Ali.
OS MAIORES EMBATES
ALI VS. LISTON II
No combate da desforra, em 1965, Liston foi ao chão no primeiro round. Diz-se que perdeu de propósito. 

ALI VS. FRAZIER I
Ali perdeu para Joe Frazier, em 1971, naquela que foi uma das suas maiores derrotas. Frazier tornou-se um dos seus mais temíveis adversários.

ALI VS. FOREMAN
Um combate pessoal e político, porque se disputou em Kinshasa (antigo Zaire), em plena emancipação dos países do Velho Continente (1974). Foi um triunfo estratégico de Ali, que se foi encostando às cordas e protegendo o corpo e a cara durante os primeiros assaltos para depois se libertar nos últimos e ganhar por KO quando Foreman estava exausto.

ALI VS. FRAZIER III
Ali ganhara o segundo encontro (1974, aos pontos) entre ambos, mas o mais épico que opôs Ali a Frazier aconteceu um ano depois, em Manila (Filipinas). Foi uma carnificina humana entre dois tipos que se odiavam. “Nunca estive tão perto de morrer”, confessaria Ali. Sob um calor e humidade inimagináveis para um combate de boxe, Ali venceu por KO técnico, quando o treinador de Frazier o impediu de prosseguir. 

Texto publicado na edição do EXPRESSO de 22 de Fevereiro de 2014."


PS: Aqui estão as luvas que Ali ofereceu ao nosso King! Dois dos maiores...!!!


Benfiquismo (CXXIV)

Da 'série': greve dos cabeleireiros !!!

Futebol é paixão!

"Nenhum adepto gosta de ver sair os melhores jogadores, mesmo quando o cheque que entra é bom ou muito bom. Assim como festeja quando os rivais vendem os seus melhores, mesmo que por bom preço. É assim pela natureza afectiva que se tem com o futebol e com os ídolos das nossas equipas. Pedir muito racionalismo ao mais emocional dos fenómenos é contranatura e até o empobrece. O futebol é paixão. No dia em que Gaitán sai, por muito bom que for o preço pago, os benfiquistas ficam tristes; no dia em que virem Slimani noutras paragens, por muito alto que seja o cheque, festejam. Quem gere, quem toma decisões, tem que equilibrar as opções com outras variáveis, os adeptos não.
No Benfica já sabemos que dois terços das notícias sobre as saídas em período de defeso são precipitadas, caso contrário não teríamos onze para jogar no próximo campeonato. Do onze base campeão nacional, os jornais já nos venderam nove.
Grande alegria teve a nação encarnada com a decisão de manter os jogos do Benfica na BTV. Festejamos como de um título se tratasse.
Estou preocupado com a falta de entusiasmo que gerou a contratação de Nuno Espírito Santo na massa adepta portista. Esta depressão é perigosa, normalmente corre melhor ao Benfica um FC Porto de pré-época eufórico com um, qualquer Casillas. José Peseiro saiu como se tivesse culpa... e não a teve. Lopetegui foi despedido como se fosse o único problema e não era. Mas já o basco sucedera a Paulo Fonseca, que fora mandado embora por não ser capaz, o que era manifestamente mentira. Assim teremos que estar concentrados essencialmente na qualidade dos nossos recursos porque será essa a única forma de vencer, de continuar a vencer muito.
Já está confirmado, o tricampeão volta aos jogos oficiais dia 7 de Agosto, para lutar por mais um título. Lá estaremos."

Sílvio Cervan, in A Bola