"Nenhum adepto gosta de ver sair os melhores jogadores, mesmo quando o cheque que entra é bom ou muito bom. Assim como festeja quando os rivais vendem os seus melhores, mesmo que por bom preço. É assim pela natureza afectiva que se tem com o futebol e com os ídolos das nossas equipas. Pedir muito racionalismo ao mais emocional dos fenómenos é contranatura e até o empobrece. O futebol é paixão. No dia em que Gaitán sai, por muito bom que for o preço pago, os benfiquistas ficam tristes; no dia em que virem Slimani noutras paragens, por muito alto que seja o cheque, festejam. Quem gere, quem toma decisões, tem que equilibrar as opções com outras variáveis, os adeptos não.
No Benfica já sabemos que dois terços das notícias sobre as saídas em período de defeso são precipitadas, caso contrário não teríamos onze para jogar no próximo campeonato. Do onze base campeão nacional, os jornais já nos venderam nove.
Grande alegria teve a nação encarnada com a decisão de manter os jogos do Benfica na BTV. Festejamos como de um título se tratasse.
Estou preocupado com a falta de entusiasmo que gerou a contratação de Nuno Espírito Santo na massa adepta portista. Esta depressão é perigosa, normalmente corre melhor ao Benfica um FC Porto de pré-época eufórico com um, qualquer Casillas. José Peseiro saiu como se tivesse culpa... e não a teve. Lopetegui foi despedido como se fosse o único problema e não era. Mas já o basco sucedera a Paulo Fonseca, que fora mandado embora por não ser capaz, o que era manifestamente mentira. Assim teremos que estar concentrados essencialmente na qualidade dos nossos recursos porque será essa a única forma de vencer, de continuar a vencer muito.
Já está confirmado, o tricampeão volta aos jogos oficiais dia 7 de Agosto, para lutar por mais um título. Lá estaremos."
Sílvio Cervan, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!