sexta-feira, 11 de março de 2016

"Máximo apoio, euforia zero"

"Permitam-me que destaque no início da minha intervenção a nossa equipa de Futebol, não pelo que fez nesta última semana (e foi muito), mas pela capacidade que sempre teve durante todo o ano, de acreditar que seria possível chegar aqui.
Não foi fácil, porque nenhuma mudança é fácil. Mas podem compreender a minha alegria e o meu orgulho quando vejo uma equipa tão madura e com tantos jovens jogadores da nossa Formação a dar o seu contributo.
Sempre pensei que isto era possível. O tempo – e o nosso treinador – provaram que sim. Que é possível sermos competitivos olhando para a nossa Formação, que é possível ganhar combinando a experiência dos mais velhos e a irreverência dos mais novos, que é possível mudar contrariando o receio e a desconfiança de muitos!
Não somos nem maiores, nem mais pequenos que ninguém. Somos Benfica, escolhemos o nosso caminho, sem receio nem complexos.
Acreditamos no trabalho, na competência dos nossos jogadores, da nossa equipa técnica, sabemos o que se faz no Seixal e as condições únicas que o Caixa Futebol Campus oferece.
Estamos a viver uma época intensa, desafiante, motivadora. Mas convém dizer bem alto que ainda não ganhámos nada, que dispensamos qualquer tipo de euforias, porque elas não só não fazem sentido como podem ser prejudiciais às nossas ambições.
São tempos de acreditar, de apoiar a equipa e o Clube, mas são tempos – também – de ter a humildade suficiente e perceber que ainda temos um caminho estreito e difícil à nossa frente.
Nenhum cartaz, ou qualquer tipo de euforia, farão o nosso trabalho. Nenhum cartaz vai ganhar campeonatos.
Se não tivermos a humildade de reconhecer que os próximos dois meses vão ser muito duros, se não tivermos a capacidade de ganhar os jogos, se não tivermos a força de ultrapassar as dificuldades que vão chegar, podemos falhar no final.
Por isso é que vos peço máximo apoio à equipa, e euforia zero até ter alguma coisa para festejar.
É verdade que o trabalho que fizemos até aqui alimentou a nossa ambição e a capacidade de poder acreditar que somos capazes. Mas temos de assumir que só em maio ganharemos alguma coisa.
Hoje, como no passado, temos de olhar apenas para nós, indiferentes ao ruído. Houve muito ruído até aqui, continua a haver e vai seguramente aumentar.
A nossa melhor resposta é o silêncio! Chegámos onde chegámos por mérito. Estamos aqui por direito e por justiça.
Respeitamos todos os nossos adversários e sabemos que o Campeonato vai ser disputado até ao último jogo. Mas quem vai decidir são os jogadores dentro de campo, mais ninguém, por muito esforço que façam!
Caro presidente da Casa do Benfica em Beja, na sua pessoa quero agradecer a todos os que trabalharam e tornaram possível abrir esta Casa com a nova imagem.
Acompanhei de perto todo o processo de mudança desta Casa. Esteve fechada – como sabem – mudou de instalações, mas reabre agora como uma das Casas da nova geração do Benfica.
E até fim do mês vai estar ligada em rede a oferecer (aqui, em Beja) todos os serviços que podemos encontrar no Estádio da Luz.
Quero manifestar a minha satisfação por estar aqui hoje, por continuar a testemunhar a profunda renovação e a dinâmica que as Casas do Benfica estão a ganhar no universo do Clube.
É um sinal da nossa vitalidade, mas é ao mesmo tempo o melhor indicador do nosso inconformismo. É sinal da nossa dinâmica, mas é também a melhor prova de que, quando trabalhamos juntos, as coisas acontecem mais depressa. Geralmente, em organizações com a dimensão do Benfica, com o passar do tempo, as pessoas acomodam-se, conformam-se com aquilo que em determinado momento conseguiram alcançar.
A verdade é que, no Benfica, nestes 15 anos, isso nunca aconteceu, e este foi o segredo para termos chegado até aqui.
Ninguém no Benfica se acomodou, todos nos mantivemos atentos a novas soluções e a novas formas de fazer evoluir e avançar as Casas do Benfica.
Lembrar-me do que encontrei no Benfica quando cá cheguei é a ferramenta mais importante que tenho e o maior estímulo que encontro diariamente para continuar a fazer crescer o Benfica.
A nossa responsabilidade passa por acreditar sempre que podemos fazer mais e fazer melhor. É este pensamento que orienta todos aqueles que trabalham no Clube.
As Casas sempre foram para mim um pilar fundamental do Benfica e do seu crescimento. Obrigado a todos!
Viva o Benfica!"

Era só fumaça...

"... mas os benfiquistas foram serenos. E continuaremos a ser pois, por muita alegria que nos dê ter ganho em Alvalade a este Sporting - igual a si mesmo, mas incontido e incansável nas manifestações do seu anti-benfiquismo crónico e primário - sabemos que nos está reservada uma árdua tarefa até ao momento em que possamos afirmar que somos Tricampeões. São nove jornadas, nove batalhas, nove oportunidades para a nossa equipa continuar a demonstrar a fibra de que é feita e confirmar a qualidade que muitos teimaram (e teimam) em não lhe reconhecer.
2015/16, qual 1976/77 que se deseja repetida, poderá vir a ser recordada, em caso de sucesso, pela época de Jonas, Gaitán, Mitroglou, Pizzi, Jardel e outros, mas também a dos miúdos que se chegaram à frente, e ajudaram o Benfica a contrariar a história anunciada. Independentemente do Campeão no final da temporada, que não haja dúvidas quanto aos derrotados já apurados. São os profissionais da contra-informação e propaganda, os militantes do "botabaixismo", os arautos da desgraça e os insatisfeitos permanentes. O Benfica, "sem" treinador "nem" plantel ou sequer estrutura, cá está na luta pelo título. Alguns referirão a sorte, os erros dos outros e casualidades várias que consigam descortinar. Eu limitar-me-ei a agradecer pela estabilidade e liderança que permite, à nossa equipa técnica e jogadores, o desenvolvimento do seu trabalho.
Um Benfica confiante nas suas capacidades, firme nos seus propósitos, inesgotável no sacrifício e humilde e corajoso perante os adversários, em suma, à Benfica, é o que se pede nas nove "finais", a começar com o Tondela.
Somos o Benfica, "o nosso destino é o de vencer"!"

João Tomaz, in O Benfica

Regresso à normalidade

"Com o triunfo de Alvalade o Benfica voltou ao seu lugar: o primeiro.
Nada está ganho. Nada está garantido. Mas olhando de cima para baixo, vê-se tudo mais nítido, e respira-se um ar diferente. Um ar que nos é familiar.
Conforme se esperava, os comentários do pós-jogo foram deliciosos. Que jogámos como equipa pequena, que só defendemos, que não merecíamos vencer. Enfim... litros de azia e mau perder, que só nos fazem rir.
A verdade é que o Benfica entrou no dérbi autoritário, e dominou os primeiros minutos, até marcar. Uma vez em vantagem, adoptou uma estratégia de contenção, cedendo a iniciativa e a posse de bola. 
Controlou alguns dos pontos fortes do adversário (Slimani pouco se viu), e foi levando a água ao moinho. Ganhou com justiça, e também com a dose de sorte que alimenta os campeões. Com a sorte que havia faltado, por exemplo, no jogo com o FC Porto. Houve eficácia, houve maturidade, houve solidariedade, e houve, sobretudo, humildade. Quatro predicados de campeão. Do outro lado notou-se ansiedade a mais para tanta presunção.
Agora, começa um novo campeonato. Um campeonato de 9 jornadas, no qual não há margem de erro, mas para o qual partimos com a moral em alta.
A euforia entre os adeptos é saudável. Afinal, o futebol serve para nos proporcionar momentos como estes, e temos o direito de os viver sem espartilhos. Esse clima não pode é entrar pela porta do balneário, onde os profissionais terão de estar cientes do longo itinerário que ainda falta percorrer. Estou seguro de que saberão interpretar devidamente esta vitória. O caminho para o 35.º não terminou aqui. Começou aqui."

Luís Fialho, in O Benfica

Transparência

"Durante as últimas semanas, os antibenfiquistas têm dado pulos de contentes com as detenções para interrogatórios de José Veiga e Manuel Damásio. Festejam estes acontecimentos como se fossem golos das suas equipas, tentando aliar o nome do Sport Lisboa e Benfica ao antigo dirigente e ao antigo presidente do SLB.
Quem inunda as redes sociais e as conversas de café e de corredor com referências a Veiga e Damásio são as mesmas pessoas que têm medo de se olhar ao espelho.
São as pessoas que se vangloriaram quando Pinto da Costa fugiu para Vigo para não ser apanhado no Apito Dourado. São as pessoas que assobiaram para o lado quando Pereira Cristóvão depositou dinheiro na conta de um árbitro.
Como Benfiquista, envergonha-me ver o nome de antigos dirigentes do meu Clube associado aos tribunais. Nada está provado quanto à culpa destas pessoas, mas se amanhã as acusações contra eles ficarem provadas - tal como já ficaram as referentes a Vale e Azevedo - serei o primeiro a aplaudir uma condenação, mesmo que esta não esteja relacionada com o fenómeno desportivo, como é o caso. Já quanto a viagens para o Brasil pagas a árbitros, aconselhamento matrimonial, redes de prostituição, seguranças privados ilegais, ameaças de morte, coação, claques que funcionam como quadrilhas, automóveis de jogadores incendiados, corrupção e suborno, estes especialistas em Justiça nada dizem. As palas que têm nos olhos não lhes permitem distinguir a verdade da cor clubística. E continuam a aplaudir os mafiosos e os megalómanos que lhes deram troféus sujos de ilegalidade."

Ricardo Santos, in O Benfica

Buttonpath e Sporting

"Uns dão Galardões outros atropelões
Na Fig. 1 (cópia do contrato...) um "twilight" de um contrato de comissão no valor de 800.000,00€, referentes à transferência do jogador Bruma para o Galatasaray.
No final do contrato temos a seguinte asserção (Fig. 2) (assinaturas... do contrato).
A Buttonpath era detida em 2013, pela sociedade Bedford Nominees (UK) Limited. Em 2015 passou a ser detida pela Ecclestarn Limited.
Por sua vez, a sociedade Bedford Nominees (UK) Limited era detida pela sociedade Jordans Trust Company Limited. Por sua vez, a sociedade Jordans Trust Company Limited, (que se chamava anteriormente Jordans International Limited), era detida pela sociedade The West Of England Trust Limited.
Esta última é uma sociedade que detinha 198 accionistas.
Mas o que verdadeiramente interessa é a Ecclestarn Limited. E aí, podemos constatar que o accionista da mesma é o Sr. Ayomide Otubanjo.
No processo da fraude fiscal de Lionel Messi, pode ler-se na acusação do procurador espanhol, que uma companhia inglesa chamada Sidefloor Limited, tem somente um accionista e um director - Mr. Ayomide Otubanjo e um secretário nomeado pela Companhia Jordan Cosec Limited, que é uma empresa que presta serviços de optimização fiscal.
O procurador espanhol sustenta que o proprietário desta companhia corresponde à Bedford Nominees (UK) Limited, que é detida pela Jordans Trust Company Limited, que por sua vez é detida pela West Of England Trust Limited.
Todas estas empresas prestam serviços de gestão fiduciária. Por outro lado, a Global Witness já revelou que existem ligações com a lavagem de dinheiro na Ásia. Situação até agora não provada. 
Inglaterra há-de continuar a ter milhentas empresas que fazem este tipo de serviços, que aportam dinheiro para Inglaterra, com taxas de imposto baixas, mas que possibilitam que o capital seja depositado nos seus Bancos e que exista muito dinheiro para investir.
Tudo isto faz a diferença para Inglaterra, Irlanda e Luxemburgo, que continuam a viver apenas e somente deste tipo de "apport" de capital.
O problema está em saber se no emaranhado destas empresas opacas não podemos encontrar umas facturas de alguém que esteja do outro lado.
É que até agora, todas as investigações - não em Inglaterra - porque os ingleses não querem saber nada disto pelas razões que apontei, apenas se investigam os donos destas empresas, que afinal pagam menos impostos com estas estruturas. E depois em cada país onde o jogador joga, é aí instaurado um processo de fraude fiscal.
No entanto, não se investigam nem se investigarão, quem eventualmente facturou a estas empresas e quem na origem acabe por ficar com "algum"!

Galardões
A entrega de um prémio é sempre um sinal de reconhecimento de algo, quando à mesma presidem intenções sérias e honestas.
Quando nos encontramos perante um conjunto de pessoas que, de uma forma ou de outra, acabam por merecer o devido reconhecimento, então todos temos a certeza que estaremos no caminho certo. As luzes, a música, a sensualidade e a arte, foram o apanágio de uma noite, toda ela desenvolvida no sentido de um céu, cada vez mais brilhante, organizado e ambicioso.
Num percurso, existem sempre altos e baixos, mas a verdade comparece sempre primeiro que qualquer outra realidade."

Pragal Colaço, in O Benfica

La seductora resistencia del Benfica

"Muchos entrenadores y jugadores españoles han pasado por el Benfica. Todo un campeón de Europa que regresa a los cuartos de final de la Liga de Campeones. Para muchos siempre ha sido considerado como el equipo más grande del mundo siendo un destino ideal para profesionales con experiencia en la Liga BBVA. 

BRUNO CARVALHO - Esta es una frase que se escucha mucho en Portugal pero causa extrañeza en el resto del mundo. ¿Pero es realmente absurda esta afirmación? Vamos a analizar por qué el Benfica es el mayor club del mundo. Cuando se habla del mayor club del mundo ¿de qué se está hablando realmente? ¿De títulos ganados? ¿De número de socios o aficionados? ¿De la capacidad financiera? Analicemos a los que son reconocidos mundialmente como los mejores clubes del mundo.
Comencemos por el Real Madrid. Es el club más galardonado de Europa con 9 Copas de Europa en sus vitrinas. Presume, además, de una enorme capacidad financiera pudiendo juntar a Cristiano Ronaldo y Gareth Bale. ¿Pero esto hace del Real Madrid el mayor club del mundo? Hace unos años en una conversación con Camacho (ex entrenador del Benfica y del Real), me dijo una cosa que nunca olvidaré. Él dijo que el Real Madrid era muy grande y muy importante pero que fuera de Madrid no era número 1 en ninguna parte. Camacho dijo aún más: el Real Madrid es respetado y temido pero no es amado.
Con el Manchester United y el Liverpool pasa algo semejante con la diferencia de que ellos ganaron menos títulos continentales que el Real Madrid. ¿Dónde están los verdaderos aficionados del Manchester o del Liverpool, de no encontrarlos en sus propias ciudades? ¿Habrá algún rincón donde esos clubes sean los más importantes por encima de los clubes locales? Incluso en Inglaterra ¿quizás en Newcastle, Birmingham o Leeds los aficionados son mayoritariamente del Manchester United o del Liverpool?
Estoy seguro que no. ¿Qué pasa con el F.C.Barcelona? Si miramos su sala de trofeos tiene menos títulos que el Real Madrid y probablemente también pierde en número de aficionados. De hecho, el Barça representa un sentimiento regionalista y con eso domina en Cataluña liderando la oposición al centralismo representado por el Real Madrid. Pero fuera de Cataluña el Barça no es el club favorito en ninguna parte del mundo, ni siquiera en otras regiones de España.
El Benfica, por contrario, domina geográficamente en todos los rincones de Portugal, incluso en la ciudad del máximo rival de los últimos años. ¿Pero es el número de aficionados solo lo que hace del Benfica el mayor club del mundo? El Al-Ahly, principal club de El Cairo es enorme porque tiene cerca de 40 millones de seguidores en Egipto. Pero ¿Hace esto de Al-Ahly un gran club? Seguro que no. Si este fuera el baremo, los mayores clubes del mundo los encontraríamos en China o en la India.
Ilustración Álvaro Valiño
Otros clubes como Milan, Inter, Juventus, Bayern de Munich, Boca Juniors, Flamengo o Santos tienen el mismo problema. Son muy amados en sus ciudades, incluso en sus países, han ganado muchos trofeos, algunos tienen dinero y poder, pero fuera de su área de influencia no son nada. Son respetados como adversarios temibles. Pero ¿tienen esa cosaespecial que los convertiría en el mayor club del mundo? La respuesta es no. Por tanto al final ¿Cuál es el mayor club del mundo? Es el Benfica. ¿Y por qué? El Benfica es el mayor club del mundo porque tiene una trayectoria histórica singular e irrepetible. El Benfica ganó el respeto pero, por encima de eso, conquistó el amor de millones de aficionados en todo el mundo. El Benfica consiguió representar la emigración portuguesa como ningún otro club del mundo lo consiguió entre sus gentes De esta forma el Benfica es el mayor club de Portugal, pero lo es también en Angola, Mozambique, Timor, Cabo Verde, Guinéa y Santo Tomé. Pero no es solo esto. ¿Cuál es el principal club de París? ¿Será el PSG que fue fundado en 1970? No. Es el Benfica.
El Benfica es también el mayor club de Suiza, Luxemburgo y tiene una enorme masa de adeptos en Alemania, Nueva York, Toronto, Sudáfrica y en cualquier sitio donde esté un portugués. El Benfica personifica la nostalgia y el alma de un pueblo, incluso de aquellos que no son aficionados del club. Esto se siente especialmente cuando uno sale de Portugal. No hay en todo el mundo un club así. Además el Benfica tuvo y tiene a Eusébio. También el Real Madrid tuvo a Alfredo di Stéfano o Manchester United a Sir Bobby Charton. Pero Eusébio era otra cosa. Eusébio no era argentino ni inglés. Eusébio era africano, de Mozambique, lo que representaba la vocación universal del Benfica. Eusébio era un chico pobre y humilde con un talento incomparable. Eusébio cargó sobre sus hombros a todo un pueblo en el Mundial de 1966. Y lloró. Las lágrimas de Eusébio dieron la vuelta al mundo y lavaron el alma de todos los portugueses que sufrieron con él.
Pero aún hay más. El Benfica es del pueblo. Es popular en el sentido literal de la palabra. Es de la gente simple que ama al Benfica por encima de todo y que hace grandes sacrificios para seguir al club de su corazón. Por mucho que otros clubs ganen nunca serán el Benfica. No hay ningún otro club en el mundo que tenga la herencia del Benfica. Es necesario que el futuro del Benfica esté a la altura de su pasado. Y para eso se necesitan victorias. Victorias con honor, con sudor, con humildad y con dignidad. Unas últimas palabras para las cientos de peñas del Benfica repartidas por el mundo. Desempeñan un papel crucial en el mantenimiento de la leyenda y la mística benfiquista. Mística, esa palabra a menudo utilizada pero de la que pocos conocen su verdadero significado. El Benfica es un caso único en el mundo del fútbol, es sin duda, el mayor club del mundo.

in Revista Libero, através da Liga BBVA

Passo a passo, jogo a jogo...

"É sensato, da parte do Benfica, não embandeirar em arco depois de duas vitórias de enorme importância. Ao vencer em Alvalade, a equipa de Rui Vitória pode ter mudado a história de uma Liga que parecia inclinar-se para o Sporting; ao triunfar em São Petersburgo, o conjunto encarnado encheu o cofre com milhões (já são mais de 33, entre prémios e receitas) e passou a fazer parte, por resultados dentro das quatro linhas, da elite da Europa do futebol em 2015/16.
Estes dois sucessos seguidos, um e outro obtidos tendo por base um fortíssimo espírito de grupo, podiam ser ponto de partida para uma euforia prematura. Fazem bem os responsáveis benfiquistas quando lembram que ainda faltam muitos jogos (pelo menos mais 12...) até que termine a temporada e que a equipa deve manter os pés bem assentes no chão.
Não foi fácil o crescimento futebolístico do Benfica ao longo da temporada. Mudança de paradigma, abrindo as portas à formação; alteração de uma metodologia de trabalho com seis anos; estreia num grande clube do novo treinador. Tudo isto agravado por um início de época on the road e apimentado pelos mind games de Jorge Jesus. Rui Vitória teve de aprender a conviver com tudo isto e, ao mesmo tempo, manter a sua equipa focada no crescimento. Pode dizer-se, já hoje, que teve êxito na tarefa de criar um grupo solidário, que conta com muito mais do que onze titulares e possuidor de uma identidade nova, capaz de desenvolver dentro de campo um modelo de jogo diferente do praticado entre 2009 e 2015. Se o Benfica continuar a jogar sem pensar no Marquês, pode chegar ao tri. Passo a passo. Jogo a jogo."

José Manuel Delgado, in A Bola

Surreal

"Num segundo tudo muda? Pode dizer-se que sim, mesmo que, às vezes, sejam necessários dias, meses, até anos. Pelo meio, o mundo não parará de girar, a mudança continuará a surgir e dar por adquirido algo que observamos hoje pode trazer-nos surpresas amanhã... Quem diria que aquela equipa que há uns meses até era apelidada de pequena, aquela equipa que era treinada por Rui Derrotas, incapaz de vencer um derby, um clássico, quem diria que essa equipa estaria hoje onde está? Quem diria que, contra ventos e marés, contra lesões e castigos, essa equipa estaria em primeiro na Liga e entre as oito melhores da Europa nos quartos da Champions? A verdade é que, após derrota em casa com o FC Porto, eis a semana de Vitória, da vitória em Alvalade, contra o fantasma de Jesus, e da vitória em São Petersburgo, contra os fantasmas Hulk e Villas Boas.
Posto isto, uma nota para a honestidade e sinceridade do técnico português do Zenit, tanto quando antes do jogo com o Benfica afirmou que não esperava «defrontar uma equipa arrogante tendo em conta a personalidade humilde de Rui Vitória», como quando, após o mesmo encontro, sem tretas, afirmou estar, a partir de agora, a borrifar-se para o Benfica na Liga dos Campeões, até porque, como disse, é portista de coração. E neste capítulo o que para muitos é surreal não é mais do que mandar às malvas os bafientos discursos politicamente correctos. Ponto.
Entretanto do Restelo chega mais um episódio surreal da novela do ódio entre SAD e clube: a expulsão de sócio do emblema de Rui Pedro Soares, o presidente da sociedade anónima... Motivo aparente? A possibilidade, assustadora pelos vistos, de o antigo administrador da PT poder vir a candidatar-se à presidência do Belenenses, clube. Agora, já não pode! Porquê? Os próximos capítulos desta terrível e assustadora história poderão ajudar a esclarecer..."

João Pimpim, in A Bola

Este Benfica

"Discutem-se os méritos de Rui Vitória e a forma como chegou a líder da Liga e aos quartos de final da Champions.

Diz o chamado princípio de Murphy que quando alguma coisa tem tudo para correr mal... corre ainda pior. Com Rui Vitória e com este Benfica é mais ou menos o contrário. Quando se pensa que será preciso que corra tudo muito bem para a equipa conseguir o que quer... a verdade é que corre ainda melhor.
Parece que Rui Vitória, nesta fase, transforma em ouro tudo em que toca. Tem um baralho de cartas com oito ases em vez de quatro. E a mão cheia de trunfos!
Fica sem Júlio César na baliza e o jovem Ederson não podia brilhar mais; não tem Luisão e Lisandro e o jovem Lindelof é um autêntico Lancelot - o mais famoso dos cavaleiros da Távola Redonda; perde ainda Jardel e, subitamente, Samaris vê-se obrigado a jogar como central e é só dos melhores em campo em São Petersburgo.
Cereja no topo do bolo: mete em jogo Jiménez e Talisca e faz jackpot. Impressionante!
Se alguém tivesse imaginado que tudo poderia correr bem ao Benfica na Rússia, o que aconteceu foi, repito, ainda melhor. Bem acima de qualquer que fosse a melhor das expectativas. Se não estiverem de acordo, perguntem-se: o que poderia ter corrido melhor? Nada. E poderia alguma coisa ter corrido melhor ao Benfica em Alvalade? Também não.
No campo do Zenit, Gaitán andou quase 90 minutos a sacrificar-se pura e simplesmente à tática defensiva sem conseguir construir rigorosamente nada que se visse e perto do fim, como num passe de mágica, fez um golo e fez a assistência para outro. Em cheio!
É justo reconhecer que o Benfica mereceu esta surpreendente qualificação. Mereceu porque foi a melhor equipa no conjunto dos dois jogos, mereceu porque foi a equipa que mais lutou, a que teve mais atitude, a que foi mais solidária, a que trabalhou mais e, ainda, a que mostrou estar em melhor condição física.
Tal como mostrou em Alvalade, no último sábado, o Benfica de São Petersburgo voltou a ser pragmático. Sempre disposto a sacrificar a exibição ao resultado. Um Benfica que joga pouco - no sentido espectacular e atacante do termo - mas que trabalha muito. Um Benfica, nesse sentido, à imagem, realmente, do treinador, um homem que parece, na verdade, talhado para gerir dificuldades. 

O que parece também é que os jogadores estão comprometidos com as circunstâncias, com o treinador e com os objectivos. Talvez tenham até a consciência que não podendo chegar lá pela qualidade global de jogo, podem chegar pela união, pelo trabalho, pela tal humildade que o treinador lhes transmite e pela qualidade e inspiração individual.
Como já aqui deixei escrito uma vez, talvez até Jorge Jesus tenha contribuído para essa união no auge daquela infeliz troca de palavras com Rui Vitória. Eu creio que contribuiu mesmo. Os jogadores podem ter sentido que estava na hora de arregaçar as mangas e a verdade é que de Janeiro para cá o Benfica veio sempre a subir até chegar, agora, à liderança da Liga e aos quartos de final da Champions, o que há uns meses poucos acreditariam ser possível.
Costuma dizer-se no futebol sobre aqueles a quem tudo parece correr mal que são... pés frios. Pode dizer-se tudo de Rui Vitória menos isso. Rui Vitória é, pelo contrário, um pé muito quente! Não temos o guarda-redes? Ficámos sem os centrais? Têm de jogar os miúdos? A este Benfica, como se vai vendo, nada disso preocupa. Se não há cão, caça-se com gato!
Parece ainda que os jogadores do Benfica estão também muito uns com os outros. Daí a referência ao espírito solidário. Acredito que este Benfica, líder do campeonato e quarto-finalista da Liga dos Campeões, tenha um balneário muito forte. Um Benfica que faz o que este tem feito, e sobretudo o que este fez, em poucos dias, de Alvalade a São Petersburgo, só pode mesmo ter um balneário forte. Que pode ter ficado ainda mais forte à medida que Rui Vitória foi sendo mais criticado. Tipo «quanto mais lhe batem mais a gente gosta dele». Rui Vitória, por seu lado, terá tido pelo menos o mérito de nunca perder o controlo emocional mesmo quando o cenário chegou à fase mais negra, ali a meio de dezembro, quando o Benfica esteve a sete pontos do Sporting.

Mais semana menos semana, por essa altura alvo de muitas críticas, Rui Vitória nem no Benfica foi publicamente defendido, como se muitos dos responsáveis encarnados estivessem à espera de ver se Rui Vitória ficaria ou não KO. A verdade é que não ficou. E no arranque do novo ano, deu murro na mesa, levantou a voz, recompôs-se e pareceu, por fim, unir os benfiquistas à sua volta.
Talvez até Deus, com todo o respeito, tenha acordado num daqueles dias e decidido proteger o tão atacado treinador do Benfica, prometendo fazer dele um herói no meio de tão agitada tempestade. Não sei avaliar que outros méritos (técnico-tácticos ou até de relacionamento com os jogadores) terá vindo a ter Rui Vitória. De fora, avaliamos apenas o que se observa, e o que observo é uma equipa que não joga grande futebol mas está iluminada por tudo lhe sair tão bem mesmo quando parece que vai acabar por sair-lhe mal.
Em São Petersburgo, depois do golo de Hulk, talvez mesmo só Rui Vitória e os jogadores acreditassem ser perfeitamente possível dar a volta ao adversário. Já de fora, acredito que a maioria se tenha interrogado: e como vai o Benfica atacar a agora a baliza russa?
Como por magia, Jiménez tirou da cartola o que raramente faz - um remate de longa distância - e Talisca deslumbrou-nos com um trabalho de ponta de lança e um fantástico golo... de pé direito. O pior pé.

Nos jogos de maior exigência, o Benfica de Rui Vitória é normalmente menos vertiginoso a atacar do que era; é agora mais lento a construir, troca mais a bola, está muito mais longe de fazer aquelas transições rápidas que marcaram o jogo da equipa nos últimos anos. Joga agora menos e joga sobretudo de forma bem menos espectacular. Tem um futebol menos intenso, menos elaborado, menos pensado e menos articulado. Mas não se deixa diminuir. Vai à luta com tudo o que tem e vai certamente discutir o título até ao fim, podendo até ser considerado, de momento, o mais candidato dos candidatos.

Em Alvalade, no último sábado, por exemplo, o que se viu foi realmente o Sporting a confirmar - na segunda parte - ser a equipa que melhor futebol joga em Portugal e o Benfica a confirmar como se disponibiliza colectivamente para o sacrifício e para o trabalho e ainda como Rui Vitória está verdadeiramente... com o pé quente. E ninguém o pode culpar por isso.
O treinador encarnado tem a equipa emocionalmente estabilizada, confiante e optimista, e parece mesmo imune à adversidade. Quando Hulk fez o golo em São Petersburgo a televisão mostrou um Rui Vitória que estava como se nada fosse. E talvez isso seja também um mérito.
Pode Vitória não conseguir ter na equipa uma influência técnico-táctica que a leve a um futebol colectivamente muito forte; mas a verdade é que parece também não lhe passar qualquer sentimento de fragilidade ou de desespero. Em linguagem simples, a equipa joga o que sabe e parece não se preocupar muito com o que não sabe. Não se sente inferiorizada por isso; pelo contrário, parece confiante e confortável. Talvez esse seja também outro mérito de Rui Vitória.
Acusou-o Jorge Jesus de ter posto o Benfica a jogar em Alvalade como uma equipa pequena, e devemos admitir que tenha soado, realmente, mal porque o que o Benfica fez já fizeram muitas equipas grandes quando precisaram, em primeiro lugar, de tentar não perder. Até com Mourinho. 
Lembro-me, aliás, de ouvir, por exemplo, o elegantíssimo, delicado e cordial Pellegrini (treinador do Manchester City) afirmar que «as minhas equipas jogarão sempre como equipas grandes» depois de um empate em Londres, com um Chelsea de Mourinho a jogar muito defensivo.
No fundo, o que Pellegrini disse foi o mesmo que Jesus. Disse-o foi de maneira diferente. E soou menos mal.
Por falar em soar mal, não me lembro de alguma vez ter ouvido um treinador português dizer o que disse André Villas Boas sobre o futuro na Liga dos Campeões de uma equipa portuguesa. Fica-lhe tão mal!..."

João Bonzinho, in A Bola

A comunicação

"O eterno e digno rival de tantos anos - era assim que Sporting e Benfica se referiam um ao outro quando tinham de se defrontar. Independentemente da importância do jogo. O respeito pelo rival era efectivo. Não havia receio de se assumir uma postura em que se enaltecia o maior adversário. Nos últimos anos, o adversário tornou-se inimigo para muitos. Esta postura, que tem sido prática frequente para alguns e pouco combatida por todos os outros, não tem ajudado em nada a vencer desafios.
Hoje, e quando a velocidade da informação e comunicação é consideravelmente superior, com o aparecimento da vulgarmente conhecida web, também o nível de conflito comunicacional subiu na mesma proporção. Por um lado, a possibilidade de se comentar de forma anónima, normalmente cobarde, e por outro, as designadas redes sociais.
Há muitos anos que vivemos numa sociedade de comunicação e imagem. A televisão tem cerca de 60 anos em Portugal, a rádio mais de 80, e o primeiro jornal surge na sequência da restauração de 1640. Mas nunca a revolução foi tão visível como nestes últimos anos. A Internet veio redefinir toda a comunicação. A imprensa está a adaptar-se a estas novas condições. Os jornais, depois da rádio difundidos e teledifundidos, são agora online. Contudo, a discussão também se centra no campo dos valores, e não só no avanço tecnológico.
Quando a utilização dos meios de comunicação é feita de modo leviana, sem estratégia, e simplesmente para alimentar conflitos, também provoca sentimento contrário no rival. Que passa a ser inimigo. Foi isto que Sporting e Benfica fizeram, em tempos diferentes, com resultados desportivos negativos para qualquer um dos casos. Será que já perceberam que a maioria dos ataques apenas reforçou a unidade do rival, em nada beneficiando quem protagonizou a investida. Hoje, a informação e comunicação têm verdadeiramente maior velocidade, por vezes o efeito boomerang é imediato."

José Couceiro, in A Bola

PS: Extraordinária a capacidade do colunista em misturar os legítimos processos que envolvem o Benfica com o seu ex-funcionário... ; com os delírios terroristas mentirosos desrespeitosos complexados diários do Presidente do SCP, para com o Benfica...!!!

Sem torcer nem quebrar

"Rui Vitória continua a destruir os mitos que Jesus construiu à volta dele
Há uns meses, quando venceu o Atlético de Madrid no Vicente Calderón, onde os colchoneros já não perdiam para a Liga dos Campeões desde 2009/10, Rui Vitória provou que era possível ao Benfica construir uma equipa de calibre Champions utilizando jogadores da formação, como Nélson Semedo ou Gonçalo Guedes, sem ter de os obrigar a nascer dez vezes. Ontem, o treinador encarnado provou que é possível o Benfica discutir o título sem ter de abdicar da Liga dos Campeões, e isso mesmo sem que o presidente tenha chegado a cumprir a promessa de lhe pôr nas mãos um Ferrari com a mesma cilindrada dos que outros se habituaram a conduzir.
Ora, a aposta na formação e o respeito pela história do Benfica na Liga dos Campeões foram precisamente dois dos motivos que levaram Luís Filipe Vieira a dar por encerrado o ciclo de Jorge Jesus na Luz e a chamar Rui Vitória para o lugar dele. Depois do triunfo em Alvalade e na sequência da exibição personalizada em S. Petersburgo frente a um Zenit armado até aos dentes, é pelo menos tentador dar a aposta de Vieira por ganha. Por outro lado, talvez seja sensato não ignorar a experiência ganha por Jesus ao longo dos seis anos que passou na Luz até se tornar num eurocético radical.
Como o agora treinador do Sporting gosta de repetir, o que interessa não é como começa. Aliás, nem sequer é como quando vai a meio: é como acaba. E agora que ficou claro que é possível ter um Benfica competitivo com jogadores da formação e que não é inevitável abdicar da Champions para atacar o título, falta saber se é possível aguentar o ritmo até ao fim. Os rivais esperam que não."

Um novo favorito

"Depois de uma jornada que colocou os quatros primeiros em confronto, os resultados finais lançam o Benfica, nesta altura, como principal favorito à conquista do campeonato. Um prémio para a equipa que mais tem evoluído ao longo da temporada e que chega a esta altura a depender apenas de si própria para conquistar o título. Mas é bom frisar que as águias chegam aqui também por demérito dos adversários, Sporting e FC Porto, que não souberam aproveitar a larga vantagem pontual que já tiveram ao seu dispor face ao rival da Luz.
Com um arranque em falso, muito por culpa de uma digressão de pré-época que nada ajudou à implementação das ideias do novo treinador, o Benfica conseguiu encontrar um rumo e descobriu soluções dentro de casa. Rui Vitória foi testando as suas peças, aprendeu com erros e encontrou respostas. As apostas nos jovens Nélson Semedo, Gonçalo Guedes, Renato Sanches, Lindelof e agora em Ederson, assim como a consistente afirmação de Pizzi nas alas, André Almeida na lateral-direita e Lisandro no centro da defesa, são prova de que o plantel do Benfica tinha mais para dar do que inicialmente se poderia prever. Uma equipa que teve a inteligência de explorar as suas principais capacidades (jogo ofensivo) e superar as limitações (falta de opções na defesa e ganhar jogos de maior exigência).
Com um calendário mais fácil do que os rivais, o Benfica ganha vantagem e parte moralizado depois das vitórias sobre Sporting e Zenit. Mas a actual edição da liga é a prova provada de que tudo pode acontecer e nada ainda está decidido. O Sporting sentiu dificuldades em gerir o plantel entre campeonato e Liga Europa, e agora, apenas com jogos de semana a semana, terá mais tempo para preparar os próximos desafios. E só 2 pontos separam as equipas.
Nos últimos jogos da liga, os leões terminaram 3 partidas sem marcar. Dificuldades na finalização que foram visíveis no desperdício verificado com o Benfica. Este é um dos desafios de Jorge Jesus: voltar a aproximar a equipa dos golos, já que esta até tem estado bem no plano exibicional. Mas não marcar pode custar pontos e nestas 5 partidas foram 7.
Quanto ao FC Porto, a derrota em Braga limita em muito as hipóteses de ser campeão. A equipa tem sido castigada com vários erros individuais, que a tornam colectivamente mais vulnerável em termos anímicos. Porém, embora o objectivo principal fique mais longe, a equipa tem ainda metas por atingir, sabendo que há ainda uma final da Taça de Portugal por disputar e que chegar ao 2.º lugar, embora seja o primeiro dos últimos, é garantia de um importante prémio financeiro por via do apuramento directo para a Liga dos Campeões.
José Peseiro chegou a meio da viagem e por isso não ser culpado pelo actual estado das coisas. No entanto, a verdade é que os resultados dos portistas pioraram nos últimos dois meses e a performance defensiva e ofensiva da equipa também. Não é fácil mudar princípios a meio da temporada e muito menos se a composição do plantel tiver deficiências desde o verão, sendo que após o mercado de inverno, após entradas e saídas, a opinião generalizada é a de que o grupo ficou ainda mais enfraquecido.
E uma palavra para o Braga, que até ontem tinha completado uma série de 15 jogos sem perder (numa visão mais abrangente sofreu apenas uma derrota nos últimos 24 jogos), que tem apresentado prestações muito seguras e personalizadas. Mesmo não tendo os meios financeiros de outras equipas, consegue rivalizar com elas.

Um problema dos bons
Face à presente escassez de centrais disponíveis para alinhar na sua equipa, Rui Vitória recorreu ao jovem Victor Lindelof e a aposta está a dar frutos. O defesa que ajudou a Suécia a tirar-nos o Europeu de sub-21, prova onde até alinhou como lateral-direito, tem tido boas prestações, com grande eficiência e personalidade, sem se amedrontar perante adversários de equipas fortes. E tornou aquilo que poderia ser um problema sério, num bom dilema. O treinador encarnado ganha assim mais uma opção de qualidade com um jovem trabalhado no Seixal.

Vitória importante
Com a vitória do Benfica na Rússia, que coloca a equipa portuguesa entre as 8 melhores da Europa e lhe permite receber um generoso encaixe financeiro, Portugal conseguiu também garantir 3 vagas na Liga dos Campeões para as próximas duas épocas. Um registo importante, já que os russos estão cada vez mais próximos de Portugal no ranking da UEFA e essa luta promete intensificar-se nos próximos anos. Importa por isso que as equipas portuguesas façam boas campanhas europeias no sentido de ganharem pontos e garantirem os importantes prémios da liga milionária."

FC Porto tem de pensar tudo outra vez

"Muito pela guerra estúpida e excessiva entre Benfica e Sporting a péssima época realizada pelo FC Porto vai muitas vezes passando entre os pingos da chuva. Os dragões são quem mais investe, de longe o clube com maiores gastos de pessoal e a final da Taça de Portugal é, até agora, a única garantia dada a adeptos que estavam habituados a três títulos em cada cinco anos.
Da construção do plantel e respectivos desequilíbrios à escolha errática de treinadores, o FC Porto está obrigado a pensar tudo outra vez. Se vai manter a política desportiva tão intimamente ligada à estranha empresa que é a Doyen, se continuará a investir tantos milhões que um dia alguém terá de pagar, mais simples, se José Peseiro poderá ser o homem para uma vida nova e um projecto desportivo fresco e ganhador.
É injusto imputar a Peseiro os erros cometidos esta época. O português poderá ser acusado apenas de não ter conseguido dar a volta. Mas, reconheça-se, não era fácil. Ainda que salte à vista que até ao momento o FC Porto nada ganhou com a saída do espanhol, o problema de Peseiro e SAD prende-se, contudo. com o clima em que terminará a temporada. Lopetegui parecia condenado ao fracasso após o final da época passada e ainda assim Pinto da Costa decidiu manter o espanhol. Revelou-se um erro grave. Admitindo que os dragões já não chegarão ao título, será a conquista da Taça de Portugal suficiente para convencer os adeptos que este é o homem certo? E caso seja derrotado pelo Sp. Braga, como poderá a tripla Pinto da Costa, Antero, Peseiro acreditar que estão reunidas condições para avançar para 2016/17 com um técnico que está longe de ter a fama de ganhador?
O FC Porto já foi um clube onde a perspicácia de Pinto da Costa parecia capaz de resolver todos os males. Nova fórmula precisa-se. Urgentemente."


PS: A coisa está tão 'negra' para os lados de Alvalade, que o Director-Adjunto do Rascord - Lagarto dos sete-costados -, sentiu a necessidade de escrever uma crónica sobre os Corruptos!!! A preocupação com o futuro dos Corruptos é comovente...

'Doping' por 'distracção'

"A tenista russa Maria Sharapova, antiga número um mundial, revelou que teve um controlo positivo a meldonium, uma substância que alegadamente toma desde 2006 e incluída recentemente na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA). Argumentou que em 2006 lhe foi diagnosticada astenia, diminuição de indicadores de imunidade e diabetes, acrescida de ter uma história familiar de doenças cardíacas, e a referida substância seria recomendada para essas doenças. 
Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine sobre o uso de meldonium nos Jogos Europeus de Baku2015 revelou que seis atletas medalhados com ouro declararam usar a substância e em 15 das 21 modalidades que integravam o programa dos Jogos Europeus foi detectada a utilização da substância. Das 762 análises realizadas, 66 acusaram positivo à substância reforçando a decisão da Agência Mundial Antidopagem em transferir a substância do seu programa de monitorização para a sua lista de substâncias proibidas.
Curiosamente, o criador desta substância afirmou que esta era subministrada aos soldados soviéticos durante a Guerra do Afeganistão para lhes aumentar a resistência. Coincidentemente, aumentou de forma exponencial o número de atletas com problemas de saúde para justificar o consumo de substâncias que integram a lista proibida.
O terceiro documentário da emissora alemã WDR/ARD sobre doping sistemático na Rússia acusa atletas, treinadores e autoridades locais, mas apesar da suspensão internacional da Federação, nada mudou no sistema organizado de doping. Pior: a directora da entidade russa responsável pelo antidoping (RUSADA) foi acusada de avisar previamente os atletas de quando e onde iriam ser submetidos a testes antidoping.
Difícil este jogo em que ninguém anda distraído."

Mário Santos, in A Bola

Benfiquismo (XL)

Nostalgia...
Para quem cresceu nestas bancadas, vai sempre existir saudade...!
Novinho em folha, mas já com a Luz a iluminar o Monstro de Cimento!!!

ALERTA VERMELHO

É muito importante passar a seguinte mensagem: NADA ESTÁ GANHO !!!
A estratégia dos Anti's mudou! A partir de agora além da coacção activa sobre as arbitragens, vamos ter uma campanha de 'amolecimento' dos Benfiquistas! O objectivo é fazer relaxar os nossos jogadores, dar a ideia que o título está ganho...

Os elogios ao Benfica esta semana, vindos das personagens mais asquerosas, são uma armadilha. O próprio Rascord têm-se deliciado fazendo capas com o Benfica... ignorando olimpicamente toda a contestação (e conflitos internos) que começam a transbordar em Alvalade...

A faixa de 'Reservado' no Marquês não passou de uma manobra de desestabilizarão por parte de um programa da Sporting TV (Milhafre Orlando), desmascarada pelo BnR B. Mas aqueles que deram notícia da suposta fanfarronice encarnada, não noticiaram o 'desmentido'! 

Nas próximas 4 jornadas vamos jogar com 3 equipas aflitas (e o Braga)... neste momento da época, são sempre as equipas que lutam pela fuga à despromoção as mais complicadas. É essencial manter o foco...

Convido todos os Benfiquistas, na TV, nas Rádios, nos Jornais, na Net, nos Cafés, na Rua... a reforçarem a evidência: NADA ESTÁ GANHO!
Não podemos ir na cantiga do embalar...