quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Ouro

Benfica 3 (1) - (0) 0 Istambul BBSK
25-18, 25-21, 25-19; (15-13)


Exibição praticamente perfeita, depois do mau resultado em Istambul (1-3), dominámos toda a partida, e só no Golden Set, os Turcos acabaram por nos criar problemas... E diga-se, seria extremamente injusto uma não-vitória do Benfica nesta eliminatória!!!
Não é fácil destacar individualidades, mas uma nota para o regresso do Gaspar às grandes exibições (esta época, o Ché tem sido quase sempre o nosso melhor Oposto); o regresso do Roberto ao seu nível (depois de um início de época muito complicado, com uma lesão...), o sempre decisivo Zelão no Bloco, o Ivo que nos momentos decisivos do Golden Set foi fundamental, e o Kolev que nos primeiros Set's de hoje, esteve impecável!!!
Vamos reencontrar nos Quartos-de-final, os Gregos do Ethnikos Alexandroupolis. Já o ano passado jogámos, nas mesma fase, com estes Gregos. Após um 3-0 na Luz, ganhámos os 2 primeiros Set's na Grécia, decidimos a eliminatória, entrámos em gestão e acabámos por perder a 2.ª mão por 2-3. Mas a nossa superioridade na eliminatória foi clara... A ordem dos jogos este ano, será igual. Comparando os adversários: pareceu-me que este Istambul foi mais forte; e os Belgas da eliminatória anterior são consideravelmente melhores que o Ethnikos... Portanto está nas nossas mãos, a passagem para as Meias-finais... Vamos a eles!!!
PS: No último jogo do Campeonato, passou despercebido à maioria do público, mas o Maart não reagiu bem a uma substituição, e acabou por cometer uma falta disciplinar grave. Hoje, não foi convocado. Independentemente da decisão da Secção, não podemos adiar o problema, seja multa, castigo, ou substituir o jogador, é importante que a decisão seja rápida...

Salvio e Gaitán

"Finalmente uma jornada sem gritantes casos de arbitragem, reais ou potenciados artificialmente! Já era tempo de dar primazia aos jogadores nas suas virtuosidades e, claro está, nos seus erros que, regra geral, são sempre amnistiados face à arbitrite crónica que entre nós se instalou.
Depois deste intróito, escrevo sobre dois jogadores fundamentais do Benfica: Eduardo Salvio e Nico Gaitán. Dois argentinos que têm feito muita falta ao Benfica e ao campeonato português, ainda que Rui Vitória tenha, ao fim de algum tempo, encontrado a excelente alternativa no portuguesíssimo Pizzi e do marroquino-belga Carcela.
Salvio é daqueles jogadores que me faz gostar do futebol. Virtuoso, jogando na vertical, não receando o risco da finta, oportuno, lutador sem tréguas, jogando à boa moda antiga e, ao que parece, bom rapaz, sem aquelas manias contagiosas de vedeta.
Gaitán é um príncipe do futebol. Consegue, como muito poucos são capazes de o fazer, a perfeita simbiose entre o virtuosismo artístico e o uso da inteligência sobre a relva, com ou sem bola. Às vezes, aparenta ser tímido no campo, como julgo seja fora do ofício. A bola por ele acariciada deve sentir o afecto de um tratamento tão elegante, quanto prodigioso.
Eis, pois, os dois grandes reforços do Benfica para almejar o tricampeonato, sem esquecer, obviamente a importância do grande capitão Luisão.
Aproximam-se 3 jogos decisivos, depois de, nas últimas 11 jornadas, ter obtido 11 vitórias: Moreirense e Belenenses, nos seus estádios e Porto na Luz. Se o Benfica deles sair incólume, estão robustecidas as probabilidades de voltar a ser campeão. Tri."

Bagão Félix, in A Bola

Uma vénia a Rui Vitória

"Mais uma e mais seis. O Benfica soma e segue, seja para o campeonato ou para a Taça da Liga. Sucedem-se as vitórias e os golos. O ciclo triunfal já vai em nove vitórias consecutivas e o seu ataque é o mais realizador das principais ligas europeias em 2016.
Louve-se a qualidade dos jogadores, como é óbvio, mas não se minimizem os méritos de Rui Vitória. O treinador deu a volta por cima depois de muitos terem duvidado de que seria homem para fazer face a tão grande desafio. A conjuntura que encontrou não o ajudou a ter um arranque convincente, mas à medida que o tempo passa e a equipa estabiliza, os resultados (e as exibições) mostram que ainda se pode esperar muito deste Benfica.
E a verdade é que há Benfica na Champions (e a sua percentagem de favoritismo aumenta a cada jogo que vence, equilibrando o duelo com o Zenit), há Benfica na Taça da Liga (onde já não há rivais) e ainda há Benfica no campeonato. Face a este cenário, Rui Vitória bem merece uma vénia.
O Portimonense é o grande herói da jornada de ontem da Taça da Liga. Na primeira edição da prova, em 2007/08, duas equipas do segundo escalão atingiram a fase que antecedeu a final: Beira-Mar e Penafiel (no final dessa época, os durienses até desceram). Desde então, nenhum clube da 2.ª Liga chegou às meias-finais da competição. Os algarvios comandados por José Augusto fizeram-no de forma notável: 3 jogos, 3 vitórias, sendo que ontem, em Paços de Ferreira, viraram um resultado desfavorável de 0-2. Brilhante! Na década de 80, o Portimonense disputou por três vezes as meias-finais da Taça de Portugal - em duas foi eliminado pelo Benfica na Luz e na outra saiu derrotado no prolongamento em Portimão pelo V. Guimarães. Pode ser que seja desta que tenha direito à 'sua' final."

Vitória não só de nome

"O crescimento do Benfica deve-se muito a Rui Vitória, um nome que, agora sim, faz jus ao seu simbolismo. Só os mais ingénuos e menos atentos é que poderiam esperar um início de época isento de qualquer complicação, como aquele que se verificou, e para quem tinha uma responsabilidade acrescida de substituir um nome forte no universo encarnado, como era o de Jorge Jesus. Um treinador que moldou, quer para o bem quer para o mal, o clube à sua imagem e semelhança. Ultrapassada a tempestade, o bicampeão nacional entrou finalmente nos eixos, depois de Rui Vitória ter superado com paciência e alguma sabedoria aquela sua fase inicial, compreensível no seu percurso de adaptação, e saindo dela, aliás, mais forte.
Quando chega a meio da época, o Benfica é não só o único clube português presente na Liga dos Campeões, o que é muito significativo não só pelo prestígio que proporciona mas também pelo encaixe financeiro - duas situações que poderão ser reforçadas em caso de ultrapassarem o Zenit de São Petersburgo -, como a colagem já evidente ao Sporting e a ultrapassagem ao FC Porto. O que era impensável há pouco mais de um mês. O bom momento do Benfica tem sido exponenciado pelo ressurgimento de talentos, como são os casos de Renato Sanches e Pizzi, muito bem secundados pelos veteranos Júlio César e Jonas, e resistindo até às ausências de Gaitán, Luisão e Salvio.
A confiança que o Benfica tem demonstrado nesta sequência impressionante de vitórias - já vai em oito, o que é a prova dos noves do bom trabalho que tem sido desenvolvido nas últimas semanas - gera expectativas para um período muito exigente que se aproxima e que irá certificar ou não a verdadeira dimensão deste Benfica que não tem parado de crescer. Embrulhados por entre os jogos com o Zenit de André Villas-Boas, haverá dois clássicos com FC Porto e Sporting, onde Rui Vitória terá de provar que os seus méritos não se esgotam no lançamento de jogadores e nas suas boas ideias de jogo, mas que também é capaz de deixar a sua marca nos grandes jogos. o que não se verificou até agora, reconheça-se."

Desperdício

"«Se sentíssemos que (a Taça da Liga) era muito importante, teríamos apostado noutra equipa em Portimão e teríamos ganho.» As palavras são de Jorge Jesus, foram proferidas anteontem, na conferência de imprensa de antevisão do jogo de Arouca e deixam transparecer que os objetivos do Sporting para a época em curso estiveram envoltos numa série de equívocos.
A mudança de discurso de ontem, depois de consumada a eliminação, conta agora muito pouco. Tem, aliás, o efeito contrário. Numa primeira fase, o treinador dos leões parecia dar corpo ao adágio "quem desdenha quer comprar", não assumindo o elevado risco corrido em Portimão. Após esta atabalhoada alteração retórica e as contradições das últimas horas, percebe-se que apostou num tabuleiro, descartando, precipitadamente os outros.
Consumada a eliminação da Taça de Portugal, o calendário dos leões não ficou assim tão sobrecarregado. A conquista do campeonato sempre foi a meta prioritária mas não devia tornar-se objetivo único, até porque o plantel do Sporting é suficiente em quantidade e qualidade para que os adeptos leoninos sonhem com vitórias em todas as frentes, tal como acontece com os de Benfica e FC Porto. Conquistar todas as provas é quase impossível mas descartar à partida a esmagadora maioria delas parece um desperdício e um contrassenso.
O sucesso da época leonina não está, obviamente, comprometido, mas há agora muito menos margem de erro. Neste contexto, não ganhar o campeonato será uma frustração, ao mesmo tempo que a responsabilidade de uma boa carreira na Liga Europa passou a ser muito maior."

Mais clareza, isso é que era!

"Um dos maiores defeitos do futebol nacional é bem capaz de ser também um dos principais traços da personalidade cultural do português: tendência para a falta de clareza e frontalidade na abordagem de temas incómodos, a atracção pelo jeitinho, pelo secretismo. Varre-se para debaixo do tapete, faz-se orelhas moucas e quem vier atrás que feche a porta. No futebol, como noutros sectores, é muitas vezes assim e o resultado é, quase sempre, uma má comunicação. E o povo desconfia, claro. Desconfia dos bancos, dos políticos, da Justiça, dos dirigentes desportivos, da arbitragem, desconfia do futebol.
Em relação aos árbitros, criticar as suas decisões, ou os próprios dos árbitros e tudo o que lhes diz respeito, faz parte do jogo. O árbitro é o patinho feio do futebol, sempre o foi. Mas acho que facilmente todos chegamos à conclusão que a situação ultrapassou o limite do razoável. Como se resolve a questão? Provavelmente não se resolve. Mas há decisões que poderiam torná-la mais saudável. Por exemplo: castigar a sério quem tem responsabilidades e critica sem medida, profissionalizar e responsabilizar mais os árbitros, publicar os relatórios que fazem depois dos jogos, divulgar as notas que recebem; usar as novas tecnologias para minimizar o erro. São algumas ideias, que poderiam trazer transparência. Por falar em transparência, ou clareza de processos, ou má comunicação, como preferirmos, veja-se este caso dos dois jogadores do Marítimo que iam jogar para Alvalade e acabaram no Porto. Nada contra, pois há mérito de quem fez o negócio, que foi mais rápido e eficaz do que a concorrência; mas era mesmo necessário acordar a transferência no dia em que FC Porto e Marítimo se defrontaram? E, se foi assim, não teria sido melhor que Marega nem tivesse entrado em campo? Uma questão de clareza, apenas."

Nélson Feiteirona, in A Bola

O que se viu...

"Três coisas me mostrou o fim de semana, no futebol.
A primeira? Que não se podendo dizer que, contra o Marítimo, o FC Porto tenha já sido um FC Porto deslopeteguizado, não deixou de ser já FC Porto em sinais de deslopeteguização. Não foi o que fora: grupelho de jogadores de coração desarrumado a jogar com a cabeça em cinza e os pés em carvão, mas já foi equipa a tentar ser isso mesmo: uma equipa - a deslateralizar-se, a verticalizar-se, a procurar chegar mais depressa à baliza do outro lado. (Ainda o não fez bem, ao menos tentou fazê-lo.) Ou seja, não deu para que jogasse um futebol em forma de Sara Sampaio, mas não: já não jogou um futebol em forma de Miss Piggy - um futebol a boicotar-se a si próprio, a prender-se dentro das fragilidades que as obsessões e as pataretiquices de Lopetegui abriam nos seus jogadores, fazendo da posse da bola uma extravagância inútil - ou coisa pior.
A segunda coisa que me mostrou? Que se com Lopetegui, o FC Porto jogava esse futebol estéril que às vezes parecia râguebi: com a bola sempre para o lado e para trás - o Sporting não. Sim, o Sporting joga cada vez melhor no contrário disso - no seu futebol à Jesus. Um futebol que, nele, tem o seu traço bíblico: Jesus quer que o craque da sua equipa seja a equipa e consegue fazer da equipa o seu craque - sem que ela, a equipa, deixe de exaltar os craques que ela tem. E, assim, nessa aparente quadratura do círculo que Jesus vai criando, arguto e engenhoso, vê-se o que se viu de novo, no sábado: o encanto da canção do bandido nos pés de Bryan Ruiz, o Iniesta a soltar-se dos pés de João Mário, o melhor de João Moutinho no que vai sendo o Adrien Silva, o Drogba no corpo do Slimani.
A terceira coisa que me mostrou? O que me mostrou o meu amigo Hugo Leal num dizer que eu gostaria de ter dito: - O Jesus fez um Benfica à Jesus. O Vitória está a fazer um Benfica à Benfica. Mesmo quando perder, vai ser à Benfica, e não se pode pedir mais do que isso. (E é por isso que o Rui vai sendo cada vez mais vitória - e não só no nome...)."

António Simões, in A Bola

Redirectas XII - A Taça Revolucionária


A taça da liga mostra à saciedade o poderio do Benfica actual. O poderio do Benfica dos últimos anos. Por isso eu digo que a taça da liga é a taça que revolucionou o futebol português. O Benfica foi-se reconstruindo. Ganhando forças. E foi na taça da liga que se alavancou.
Por isso, para mim a taça da liga tem um sabor especial. Mostra claramente quem é o melhor. Quem é o mais forte. Quem é o mais completo.
É verdade que ganhar a taça da liga por si só não contenta nenhum benfiquista. Mas ganhá-la significa também que se tem a equipa preparada para chegar mais longe. Pois na taça da liga a força das segundas linhas é que define. E as nossas segundas linhas têm mostrado ao longo dos anos serem as mais capazes.
Este ano a superioridade é tal que os nossos eternos rivais se vêm humilhados às mãos de equipas de segunda liga. O que não se diria se o nosso Benfica fosse eliminado por algum Portimonense desta vida? E o que dizer do Famalicão?
Eles bem tentam demonstrar desprezo, mas já não conseguem esconder é a vergonha que sentem. Impotentes que são de vencer uma competição destinada a dar rodagem aos jogadores.
Ninguém como o Benfica consegue fazer um aproveitamento do plantel de forma tão efectiva.
A taça da liga foi a competição chave que foi fazendo mossa na organização azulada. De algum modo não conseguiram controlar os imponderáveis que a taça da liga trouxe. Viram o Benfica a festejar mais títulos. Os jogos de bastidores não surtiram efeito. E os plantéis não suportaram a pressão. Lembram-se dos jogos com as reservas antes das competições europeias? Pois é. Com a taça da liga isso acabou. Calendário preenchido não dá para descansar todos.
O Benfica bateu-se pela manutenção da taça da liga de forma determinada enquanto muitos faziam pressão para ela ser extinta. Foi jogada de mestre. É uma taça que veio para ficar. Jamais o Benfica poderá permitir que ela seja extinta.
Hoje ficou clara a diferença entre o Benfica e o resto. Não existe equipa em Portugal que consiga fazer-nos frente!
E eu quero ver o museu Cosme Damião a abarrotar de taças da liga.
Tenham orgulho minha gente!

Redirecta prévia: Redirectas XI - Orgulho Em Ser Benfica

Encomenda bem entregue...

Moreirense 1 - 6 Benfica


Equipas com muitas alterações, já a pensar no jogo do próximo Domingo para a Liga, com os mesmo intervenientes. Nestas condições, com os golos a aparecerem cedo, o Benfica não deu hipóteses... e voltar a marcar meia-dúzia, parece que as goleadas esta época chegam todas aos 6 !!!
Apesar da importância relativa desta partida - a Taça CTT (Taça da Liga) tem sido quase sempre nossa... - temos que destacar obviamente os golos do Talisca (o terceiro, foi mesmo para levantar as bancadas...); o regresso a 'sério' do Nico (também com um grande golo); a forma como marcámos vários golos, consequência da pressão alta de toda a equipa...; a estreia promissora do Grimaldo; Lindelof a aproveitar para se mostrar...; Samaris a subir de forma...; Nelsinho a ganhar ritmo...; e já agora, um grande elogio ao responsável pelo relvado do Moreirense, são tão poucas as vezes que jogamos fora, em relvados em condições, que quando isso acontece deve ser elogiado!!! A minha única 'desconfiança' vai para a sobrecarga de minutos que o Renato tem sido vitima, hoje acabou substituído cedo... mas a este ritmo, o puto, não vai aguentar até ao fim da época!!!
Numa noite onde tudo correu tudo bem, só fiquei com uma preocupação. Espero que o resultado dilatado, não sirva para descomprimir para o jogo da Liga. No Domingo, o jogo começa 0-0, e os 11's vão ser diferentes, portanto nada de facilitismos...