"Basta ouvir o tom de Bruno de Carvalho para perceber que o Sporting joga no Bonfim muito mais do que o acesso aos quartos de final da Taça
Há cerca de três semanas, quando o sorteio ditou a visita do Sporting ao Bonfim, para os oitavos de final da Taça de Portugal, era impossível imaginar até que ponto o jogo seria decisivo para o que resta de temporada aos leões. Vinda de uma eliminação europeia às mãos de um modestíssimo Légia de Varsóvia e de uma derrota particularmente dolorosa no dérbi frente ao Benfica que a deixou a 5 pontos da liderança, a equipa de Jorge Jesus atravessa o pior momento da época que, mesmo antes, não lhe corria particularmente bem. Afinal, mesmo sendo mais dramáticas, as últimas duas derrotas são apenas uma fração das sete que os leões já sofreram esta época, por muito moralizadoras que algumas delas possam ter sido. Nestas circunstâncias, é impossível não olhar para o jogo com o Vitória de Setúbal e ver nele o potencial para a concretização da primeira e mais devastadora das leis de Murphy: tudo o que pode correr mal, vai correr mal, no pior momento possível. Ora, a hipótese de eliminação do Sporting na Taça de Portugal e, especialmente a perspetiva de aprofundamento do estado depressivo provocado pela redução a duas frentes de batalha - Liga e Taça da Liga - ainda antes do final do ano explica o fervor de Bruno de Carvalho na entrevista que deu ontem, mas também desaconselha qualquer tipo de gestão que implique correr riscos na deslocação ao Bonfim. Claro que, por outro lado, há uma receção ao Braga para preparar já a seguir e todos conhecemos a facilidade com que Jesus se deixa cair na tentação dos experimentalismos quando é pressionado pelo calendário. Aliás, essa é uma ideia capaz de perturbar o sono ao mais otimista dos sportinguistas."
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