terça-feira, 29 de novembro de 2016

Lucidez

"No pós-Istambul, Rui Vitória impôs alterações comportamentais e deu-se bem. Mudar não é sinónimo de fraqueza

O Benfica cimentou a liderança tranquila que exerce após 11 jornadas. Pode dividir a vantagem entre méritos próprios e oferendas alheias, pois quando projetou atacar o tetra não contaria com tanta colaboração dos principais concorrentes, com nota de especial destaque para o FC Porto. Se o Sporting pode lamentar uns tropeções difíceis de engolir, os portistas precisam de ir ao psicanalista. Entre o que mostram serem capazes de fazer e o que fazem efetivamente, os rapazes de Nuno Espírito Santo não sabem como o explicar. Estão, isso sim, a pôr tudo em causa, começando por eles próprios, sem esquecer a equipa técnica e a tão propalada ideia de jogo.
Depois da semiderrota de Istambul (estar a ganhar por 3-0 fora e ficar 3-3 não é bem um empate...), o Benfica enfrentava-se a si próprio. O Moreirense na Luz nunca seria uma ameaça complicada, mas o Besiktas também não o deveria ter sido. Lúcido, Rui Vitória travou as habituais cavalgadas dos minutos iniciais, impôs organização e controlo, fez ver à equipa o que deveria ter feito e não fez no jogo da Champions.
Mudar não não pode ser visto como sinónimo de fraqueza, estar a correr contra o muro e não procurar uma alternativa é que não faz sentido, por muito boa que seja a ideia que se defende e o modelo a implementar para lhe dar sustento. O futebol de alto rendimento tem um só propósito - ganhar - e concede pouco tempo para consegui-lo.
Para o FC Porto a questão é esta: há pedaços de jogo a provar que a ideia é mesmo boa. Mas para já apenas de modo parcial."

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