"Rui Vitória merece todas as gotas de champanhe que os jogadores lhe despejaram por cima.
É claramente o grande vencedor da Liga. Uma espécie de personalidade do ano, eventual capa da Time se a Time metesse os olhos por cá e se permitem a brincadeira.
Passou, obviamente, por momentos difíceis. Esteve afastado do título e não apenas uma única vez, mas com aquele discurso monocórdico, cheio de frases-feitas, e com pouco significado, foi ganhando sobretudo tempo. Perdeu todos os clássicos e dérbis menos um, mas saiu a festejar no fim. Quem diria?
Jesus tentou levar a discussão para um bate-boca entre treinadores, mas Vitória nunca deixou. Foi também assim que começou a ganhar os seus jogadores, e depois os adeptos do seu clube em uníssono e em massa.
Primeiro, simpatia pelos constantes ataques, depois empatia.
É verdade que não respondeu sempre bem. E aquele «não sei se do outro lado vai estar uma equipa», que teve de explicar mais tarde, correu-lhe mal.
Na verdade, o que pode ter querido dizer era que acreditava no grupo no todo. Era esse o seu segredo, aquilo em que apostava tudo era na união do grupo. Olhando para esse momento e para tudo o que se passou depois, percebe-se o que quis dizer. Mesmo que na altura tenha ganho aquela que era mais equipa: o Sporting, a crescer já nessa altura para uma grande época.
Primeiro, havia que conquistá-lo, ao grupo. Passar da simpatia à empatia.
Jorge Jesus, que com os anos e a experiência tornou-se cada vez mais esperto na hora da atirar a pressão para cima dos outros, fez-se a si próprio vítima ao responder a uma pergunta no mínimo mal feita, sobre algo que Rui Vitória não tinha dito. E a bola de neve cresceu.
Deixando um pouco de lado a discussão sobre quem é melhor – e Jesus terá estado mal a puxar novamente os galões numa hora de festa para o rival – e porque, até nessa discussão, Rui Vitória precisará de tempo para poder ter os mesmos argumentos, a verdade é que, esta época, o técnico dos encarnados foi melhor.
Ganhou.
Recuperou uma desvantagem de sete pontos.
Lançou jogadores que nunca tinham feito um minuto pela equipa principal, e em momentos adversos.
Venceu no terreno do rival numa altura crucial na luta pelo título.
E não fraquejou mais.
Este título tem tanto de si, da sua forma de estar, de ver o jogo, como qualquer outro conquistado por Jesus. Da sua tranquilidade, e da sua confiança em si mesmo, que conseguiu passar aos jogadores em embates de pressão altíssima.
Este título era inevitavelmente mais difícil do que todos os outros conquistados por Jorge Jesus. E ganhou-o.
A verdade é que o impacto que teve no futebol dos encarnados não foi igual ao que teve Jesus quando chegou à Luz. Nem ao que o rival teve em Alvalade.
Mas também parece não ser um homem de roturas, e sim de consensos.
Façam-lhe uma vénia, mais do que qualquer outro merece a festa.
P.S. O Tondela merece mais do que um post scriptum, mas lembro que o MAISFUTEBOL fez um excelente trabalho a lembrar os méritos de Petit e dos seus jogadores, que ainda podem ler. Os números falam praticamente por si. Uma recuperação incrível e uma fé e um crer inabalável salvaram quem esteve condenado em muitas jornadas. A equipa foi uma imagem do seu treinador, e merece, sem dúvida, ficar na Liga."
É claramente o grande vencedor da Liga. Uma espécie de personalidade do ano, eventual capa da Time se a Time metesse os olhos por cá e se permitem a brincadeira.
Passou, obviamente, por momentos difíceis. Esteve afastado do título e não apenas uma única vez, mas com aquele discurso monocórdico, cheio de frases-feitas, e com pouco significado, foi ganhando sobretudo tempo. Perdeu todos os clássicos e dérbis menos um, mas saiu a festejar no fim. Quem diria?
Jesus tentou levar a discussão para um bate-boca entre treinadores, mas Vitória nunca deixou. Foi também assim que começou a ganhar os seus jogadores, e depois os adeptos do seu clube em uníssono e em massa.
Primeiro, simpatia pelos constantes ataques, depois empatia.
É verdade que não respondeu sempre bem. E aquele «não sei se do outro lado vai estar uma equipa», que teve de explicar mais tarde, correu-lhe mal.
Na verdade, o que pode ter querido dizer era que acreditava no grupo no todo. Era esse o seu segredo, aquilo em que apostava tudo era na união do grupo. Olhando para esse momento e para tudo o que se passou depois, percebe-se o que quis dizer. Mesmo que na altura tenha ganho aquela que era mais equipa: o Sporting, a crescer já nessa altura para uma grande época.
Primeiro, havia que conquistá-lo, ao grupo. Passar da simpatia à empatia.
Jorge Jesus, que com os anos e a experiência tornou-se cada vez mais esperto na hora da atirar a pressão para cima dos outros, fez-se a si próprio vítima ao responder a uma pergunta no mínimo mal feita, sobre algo que Rui Vitória não tinha dito. E a bola de neve cresceu.
Deixando um pouco de lado a discussão sobre quem é melhor – e Jesus terá estado mal a puxar novamente os galões numa hora de festa para o rival – e porque, até nessa discussão, Rui Vitória precisará de tempo para poder ter os mesmos argumentos, a verdade é que, esta época, o técnico dos encarnados foi melhor.
Ganhou.
Recuperou uma desvantagem de sete pontos.
Lançou jogadores que nunca tinham feito um minuto pela equipa principal, e em momentos adversos.
Venceu no terreno do rival numa altura crucial na luta pelo título.
E não fraquejou mais.
Este título tem tanto de si, da sua forma de estar, de ver o jogo, como qualquer outro conquistado por Jesus. Da sua tranquilidade, e da sua confiança em si mesmo, que conseguiu passar aos jogadores em embates de pressão altíssima.
Este título era inevitavelmente mais difícil do que todos os outros conquistados por Jorge Jesus. E ganhou-o.
A verdade é que o impacto que teve no futebol dos encarnados não foi igual ao que teve Jesus quando chegou à Luz. Nem ao que o rival teve em Alvalade.
Mas também parece não ser um homem de roturas, e sim de consensos.
Façam-lhe uma vénia, mais do que qualquer outro merece a festa.
P.S. O Tondela merece mais do que um post scriptum, mas lembro que o MAISFUTEBOL fez um excelente trabalho a lembrar os méritos de Petit e dos seus jogadores, que ainda podem ler. Os números falam praticamente por si. Uma recuperação incrível e uma fé e um crer inabalável salvaram quem esteve condenado em muitas jornadas. A equipa foi uma imagem do seu treinador, e merece, sem dúvida, ficar na Liga."
A SÉRIO?
ResponderEliminar"aquele «não sei se do outro lado vai estar uma equipa», que teve de explicar mais tarde, correu-lhe mal."
CORREU-LHE MAL? TEVE DE EXPLICAR MAIS TARDE? Olha se o aziado tivesse sido questionado cada vez que "algo lhe saísse mal"!!Era o bonito!!!Uma no cravo e outra na ferradura como se houvesse comparação possível entre as declarações de um e outro!!!
"Mesmo que na altura tenha ganho aquela que era mais equipa: o Sporting, a crescer já nessa altura para uma grande época."
Digam isso ao(s) árbitro(s), se não têm sido levados ao colo nesse jogo da taça e em toda a 1ª volta(para não falar no resto) em k as arbitragens lhe permitiram "salvar"
jogos com manobras k não lembram a ninguém, aposto k o J lagartão nem ao fim da 1ª volta tinha chegado.
Não esqueço aquele jogo com o Arouca, jogamos bem? Não. Fomos roubados? Escandalosamente (ainda não percebi como na mesma jogada com 2 segundos de intervalo o árbitro consegue não marcar penalty sobre o Mitroglou e anula o golo Limpo ao Jonas), A MELHOR EQUIPA??!! SÓ SE ESTIVER A REFERIR-SE AS QUE ARBITRARAM OS JOGOS DO LAGARTÊDO! A CS CONTINUA A PASSAR LIXÍVIA NO K SE PASSOU ESTE ANO, É UMA VERGONHA!