"O resultado obtido frente ao Vitória de Guimarães (para o campeonato) até pode ter sido mais importante, mas eu gostei mais da forma como se venceu o Sporting de Braga no jogo da meia-final da Taça da Liga. Rui Vitória fez opções normais e compreensíveis, geriu um plantel desgastado nesta fase da época, mas quando chegado ao intervalo se viu a perder fez substituições de equipa grande. Foi à campeão buscar ao banco os melhores, correndo riscos, para tentar ganhar o jogo e este título. É assim em equipas de dimensão, as derrotas nunca são justificáveis sem luta. Era mais fácil colocar uns menos utilizados e justificar o desaire, mas Rui Vitória, ao meter Jonas ao intervalo, mostrou que queria ganhar, que sabia o que é treinar um enorme. Foi de vencedor e de quem conhece a ambição e a exigência do Benfica. Há detalhes de suprema importância. Rui Vitória preocupou-se em vencer e não em justificar a derrota. Gostei muito.
Na Madeira, no próximo domingo, jogamos a glória da época. Não há volta a dar ao texto, como sempre aqui escrevi, não se iam perder muitos pontos neste último terço de campeonato. O Benfica tem a vantagem de depender de si, esperemos que assim seja, num campeonato cheio de velhos truques e muitas tricas.
Notável o feito do andebol encarnado (e do ABC) ao chegar a uma final europeia com ambição de a vencer. Depois de ver o futebol nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, o voleibol cair numa meia-final europeia, o futsal na final four da Liga do Campeões e o hóquei em patins ainda a disputar com ambição o título europeu, veio o andebol explicar o quão única é, na Europa, a dimensão do Benfica. Está muito difícil a tarefa de anti-benfiquista, deve ser deprimente essa actividade hoje em dia e andam tristonhos os que a ela se dedicam."
Sílvio Cervan, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!