"Muito se tem falado de sorte nestas últimas semanas. Ela nem sempre cai do céu, como sabemos. É preciso procurá-la e trabalhar para a merecer. Se resumíssemos a análise do jogo do Benfica em Vila do Conde ao lance do golo de Jiménez, diríamos que a equipa encarnada teve sorte. Muita sorte. Mas ninguém pode ser redutor a esse ponto. O jogo foi muito mais do que isso e, como disse Rui Vitória, o triunfo encarnado foi justo.
Concordemos então num ponto: a sorte do Benfica é ter Jiménez. Esse mexicano super-rápido que faz lembrar o seu compatriota Speedy González. Raúl está também a ser herói mas o filme é real. Bom, não é por acaso que metade do seu passe está avaliado em 9 milhões de euros. É, afinal, o reflexo da qualidade do plantel encarnado que, nos idos tempos do início da época, foi tão desvalorizado. Acontece que, neste momento fruto das circunstâncias e da evolução/afirmação de vários jogadores, Rui Vitória ficou com opções consistentes e de muito talento. O resultado aí está.
Antes desse momento mágico de Jiménez - para Vilas Boas foi um momento 'trágico' -, o Benfica teve três oportunidades flagrantes de golo, cada uma delas protagonizada pelas pontas do seu tridente que tanto tem contribuído para o sucesso: Gaitán-Jonas-Mitroglou. A verdade é que o zero teimava e não fora o azar do capitão do Rio Ave e o 'feeling' do mexicano, o Benfica era bem capaz de ter encostado.
É a terceira vitória pela margem mínima que o Benfica conquista nos últimos três jogos (a quarta nos derradeiros cinco). Há um evidente desgaste da equipa (e há jogadores que acusam claramente esse menor fulgor- Pizzi e Gaitán são os casos mais evidentes), mas há também uma grande capacidade de sofrimento. E dessa fibra também se fazem os campeões."
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