"Escolher no sorteio da Liga dos Campeões com este leque de equipas é uma tarefa impossível. O Benfica é claramente o intruso neste sorteio e, aconteça o que acontecer, já fez uma excelente prova europeia. Wolfsburg, Atl. Madrid e Man. City davam uma réstia de esperança, sendo certo que há uma obrigação de deixar tudo em campo com qualquer adversário. Mas a nossa Liga dos Campeões é mesmo no Bessa.
Quando o Benfica foi tricampeão pela última vez, eu era miúdo, já nem me lembro de detalhes. Ganhar o tricampeonato não é fazer história, é muito mais que isso, é mostrar como era a nossa história àqueles que ainda a não viveram nesse esplendor. Por isso, o tricampeonato, nestas circunstâncias, seria levar os adeptos da quimera à mais bonita realidade.
Ganhámos ao Tondela, num jogo marcado pela tristeza da perda de Nicolau Breyner e do sócio número 1, Ernesto Soares, dois grandes benfiquistas, mas o primeiro uma figura ímpar da cultura portuguesa. Cumprimos mais uma etapa. Faltam oito jogos para se cumprir o objectivo máximo de ser tricampeão. Nunca foi fácil e continua a não ser tarefa simples. Resta agora elevar o feito da categoria de possível para a categoria de provável, enquanto milhões cantam: «Dá-me o 35.» Com serenidade, confiança e persistência acredito ser possível.
Domingo, ninguém falte pelas 15 horas ao pavilhão da Luz, onde o voleibol continua muito além do imaginável. Em Itália, contra o Verona, foi mais um desses dias de que se escreve a história ecléctica do Benfica. Vencer o poderoso Verona e trazer a decisão para nossa casa, numa meia-final europeia, contra uma equipa de topo, do melhor campeonato europeu, é digno de todos os elogios. José Jardim e os seus atletas (depois de vencerem a Taça de Portugal) lutam agora por repetir uma final europeia."
Sílvio Cervan, in A Bola
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