Um caso de negligência indesculpável

"O Sporting-Benfica do lance entre Slimani e Samaris foi a 21 de Novembro do ano passado. E não há uma decisão? Intolerável.

Já não falta muito para o Sporting-Benfica da I Liga e a indefinição sobre um eventual castigo a Slimani começa a assumir foros alarmantes. Porque, de hoje ao derby, o que passa a estar em causa é a integridade da competição. À justiça (neste caso desportiva) não basta ser séria, também tem de parecê-lo.

Digamos as coisas todas, sem meias palavras. Em minha opinião, o lance de Slimani com Samaris, que está no cerne do caso em apreço, deve acabar com um castigo aplicado ao jogador do Sporting. A entrada sobre o médio grego do Benfica foi despropositada, desproporcionada e enquadra, no meu entendimento, as premissas para uma sanção disciplinar. No entanto, e porque estamos a falar de um jogo que decorreu a 21 de Novembro de 2015, nada explica nem desculpa que não tenha havido, até agora, uma sentença. Seria normal que, num prazo razoável, digamos, sendo generosos, duas semanas, a justiça desportiva tivesse uma decisão, concordando-se, ou não, com ela. Assim, e porque o derby se aproxima e a possibilidade de um eventual castigo a Slimani poder coincidir com esse jogo não pode ser deixada de fora, é preciso dizer que essa possibilidade é inqualificável. Porque, a acontecer, vai abrir espaço às mais pérfidas (e justificadas) suspeições. Por muito amadores que sejam os doutos membros dos vários órgãos disciplinares da FPF e da Liga, nada explica, justifica ou desculpa esta inércia relapsa, que devia envergonhar os seus titulares. No futebol, a celeridade das decisões disciplinares é um imperativo e se há matéria em que a UEFA dá lições, essa é uma delas. No limite, a culpa desta situação terceiro mundista portuguesa é dos clubes, que andam sempre demasiado preocupados com questões comezinhas - e as nomeações dos árbitros, as decisões dos árbitros e a avaliação dos árbitros estão invariavelmente na primeira linha - e deixam que lhes passem ao lado outras situações, de natureza estruturante, verdadeiramente relevantes. Salvo raros momentos, quando a disciplina estava na Liga, as coisas correram de forma célere...

Voltando à questão de um castigo a Slimani, coincidente com o derby, o dilema da mulher de César tem de ser chamado à colação: não bastará à justiça desportiva ser séria (e eu não ponho em causa a honorabilidade dos seus membros), também tem de parecê-lo.

Mónaco quase Campeão (PSG não conta...)

«Oito pontos não é nada, ainda faltam muitos jogos para o fim do campeonato. Se fosse a cinco jogos do fim, diria que era importante...»

Leonardo Jardim, treinador do Mónaco

O PSG continua a marcha triunfal rumo a mais um título francês, num campeonato que carece de urgente requalificação. Os parisienses lideram com mais 24 pontos que o Mónaco, segundo classificado, que por sua vez tem mais oito pontos que o terceiro. Leonardo Jardim e a armada portuguesa do principado estão bem posicionados para serem campeões «dos outros», PSG é um ET em França.

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Jonas em estado de graça

Neymar não teve dúvidas, em entrevista a A BOLA, de considerar Jonas como jogador de selecção A. A ver vamos se Dunga chama o benfiquista aos trabalhos do escrete... Argumentos não faltam ao líder da Bola de Prata e vice-líder da Bota de Ouro. Precisamente 24, tantos quantos os golos que já apontou esta época na Liga Portuguesa. Um registo impressionante - mais do que um golo por jogo! -a que se junta uma contribuição positiva na Champions, ou não tivesse sido Jonas a apontar o golo que, na Luz, tombou o fortíssimo Zenit...

Uma noite para Mourinho recordar

José Mourinho foi recebido pela curva norte 'nerazzurra' de San Siro como um rei. Os 'tifosi' não esquecem o 'triplete' e fizeram questão de demonstrar a sua incondicional devoção pelo 'special one'. Mou parece apontado ao Manchester United em marcação cerradaca Pep Guardiola..."

José Manuel Delgado, in A Bola