segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

As várias vozes que falam pelo leão

"A moderação (embora crítica) de Jorge Jesus na avaliação dos árbitros perde eficácia perante o discurso radical de Bruno de Carvalho

Passava pouco da meia hora de jogo em Alvalade quando o árbitro Luís Ferreira assinalou grande penalidade contra o Sporting e mostrou o cartão vermelho a Rui Patrício. No banco dos leões, onde se sentavam treinador e presidente, a reacção de Bruno de Carvalho foi mais emotiva do que a de Jorge Jesus; o presidente disse ao árbitro assistente algo que o fez chamar o chefe de equipa, enquanto que Jesus tentava, puxando o braço do bandeirinha, evitar danos a Bruno, que viria a ser expulso. Neste instante, ficaram plasmadas duas abordagens distintas à arbitragem na casa leonina, que viriam a ser ainda aprofundadas no final da partida. Consumado o empate que custou, inesperadamente, dois pontos aos leões, Jorge Jesus mostrou-se crítico do árbitro, mantendo-se, contudo, dentro de padrões razoáveis. Disse o técnico verde-e-branco: «O árbitro não deixou o Sporting ganhar o jogo? Quem não deixou foi o Tondela. O árbitro, quando, em casa, vir as imagens de trás da baliza, vai perceber que foi enganado pelo avançado do Tondela. Penalizou-nos, ficámos a jogar com menos a um, mas isso não é desculpa». Já o presidente dos leões teve uma abordagem diferente, Anteontem, citado pelo Diário de Notícias de ontem, terá dito em público: «Podem ter a certeza de que lhe disse (a Luís Ferreira) o que nem o pior inimigo lhe diria. E só não lhe dei um chuto no rabo porque, olhando para a figura dele, tive medo de que gostasse.»
Estamos, pois, perante duas estratégias de comunicação em Alvalade, uma da lavra de Jorge Jesus, afirmativa mas mesmo assim dando alguma margem de manobra às relações entre o Sporting e a arbitragem; e outra fundamentalista, disposta à rotura, protagonizada por Bruno de Carvalho. Daí a sugestão: Organizem-se, vão por um lado, ou vão pelo outro. Pelos dois, em simultâneo é que não. Porque Jesus fica sem jeito perante a agressividade de Bruno de Carvalho e este deve sentir-se desautorizado pela forma mais branda como o seu treinador aborda o problema. Em suma, o Sporting precisa de definir quem tem a primazia no discurso externo sobre a arbitragem. Porque, assim, a sede de protagonismo do presidente leva-o a ir além daquilo que é a mensagem que o treinador quer fazer passar. Ou se acertam, ou há um que se deve calar...

Depois de 'Flopetegui', uma escolha dedicada
«Fernando Pessoa não é certamente (...) Mas sei que é uma pessoa, ainda não sei é o nome; prognósticos só no fim...»
Pinto da Costa, Presidente do FC Porto
Pinto da Costa procurou mascarar de ironia uma das questões mais sensíveis do seu mandato: não repetir o fiasco na contratação do treinador do FC Porto. Depois da inadaptação de Paulo Fonseca, Julen Lopetegui foi um ato falhado e deixou o clube com um plantel caro e de escolha pessoal, sem que daí adviesse qualquer mais-valia desportiva. Quem será o próximo?

ÀS
Rui Vitória
O Benfica tem crescido a olhos vistos, apesar das ausências de peças importantes. Isso só pode ser mérito de um treinador que se mostra cada vez mais à vontade e vai sentido crescente apoio dos adeptos. Parece que a parte mais ingrata da transição para o pós-JJ está ultrapassada. Hoje, este Benfica já tem assinatura de Rui Vitória.

ÀS
Rui Pedro Soares
O Belenenses venceu fora, para a Liga, pela primeira vez nesta época e o presidente do Belenenses, que foi desencantar o treinador Júlio Velázquez ao país vizinho, deve estar radiante com a opção. A meio da tebela e mais perto da Europa do que da relegação, os azuis do Restelo estão a caminho de uma temporada sem sobressaltos...

ÀS
Sérgio Conceição
Depois de uma semana muito ingrata, a melhor das respostas, em forma de triunfo do V. Guimarães sobre o FC Porto. Penalizado na imagem, embora sem culpa, por todas as notícias que o davam como o próximo treinador dos dragões na semana em que ia defrontá-los, Sérgio Conceição... saiu por cima!

Erro como incidente e não como acidente
O Chelsea conseguiu empatar em casa a três golos com o Everton graças a um golo marcado aos 90+8, em fora-de-jogo claro, pelo capitão John Terry. Apesar da dimensão do erro do árbitro assistente, o caso foi visto como um incidente próprio do futebol do que como um acidente grave. Mentalidades...

Luta de Classes
Até ontem era preciso recuar a 1956 para ver o Real Madrid marcar três golos em 'La Liga', ainda antes do minuto 11. Este registo foi igualado por Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo, que desfizeram, sem piedade, o Sporting Gijón, no Bernabéu. Continua assim, dividida entre ricos e pobres, a desequilibrada Liga espanhola que vai mantendo o mediatismo essencialmente graças a Messi e Ronaldo e à dimensão planetária de Real Madrid e Barcelona, mas perde, de goleada, em espectáculo, para a Premier League, muito mais consistente e emocionante."

José Manuel Delgado, in A Bola

2 comentários:

  1. Se Hitler fosse lagarto diria que só não venceu a guerra porque ficaram por marcar dois penaltys descarados. E em vez de II Guerra Mundial seria a Guerra dos Vouchers. O próprio D.Afonso Henriques só fundou Portugal para se rir com as derrotas do Sporting. O ridiculo está-lhes nos genes. É deixá-los ladrar.

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    1. Anti, esse presidente lagarto é totalmente esquizofrénico so pode. Para psicopata falta pouco. Essa afirmação sobre o árbitro é surreal. Imaginas a figura à frente dos destinos da Alemanha? Ui ui. Raça benfiquista era para desaparecer do mapa na certa!

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