"Segunda-Feira importante para as contas do título. O Sporting precisava de ganhar ao Belenenses e, à falta de melhores argumentos, recorreu à estrelinha que há mais de dois milénios acompanha o nome de Jesus e arrecadou os três pontos, ao sprint, sobre a meta; o Benfica, que tinha uma empresa bem mais complicada, em Braga, depois do triunfo leonino estava obrigado a regressar à Luz com um triunfo, sob pena de não só deixar fugir para além do razoável Sporting e FC Porto, como ainda de colocar-se em posição de grande vulnerabilidade face aos arsenalistas.
Com golos madrugadores e uma exibição quase sempre competente, os encarnados acabaram por levar a água ao seu moinho. Valerá a pena, olhando para o que aconteceu na pedreira que Souto Moura transformou em obra de referência, falar um pouco de Renato Sanches, de 18 anos, conhecido pelos amigos de infância por Bulo. Assinou uma exibição sólida, mostrou que pisa com segurança os terrenos de meio-campo e provou que muitas vezes a solução está dentro de casa. Não será abusivo dizer que estamos perante um jogador que pegou de estaca na primeira equipa do Benfica, mais um que se junta a uma ínclita geração de centro-campistas que vai fazer história no futebol português. Pelos vistos, Red Bulo ganha asas...
Já em Alvalade, para contrariar uma exibição pálida que fazia pairar o espectro do empate, Jorge Jesus também não teve dúvidas em recorrer à juventude que é prata da casa e acabou por ser feliz. Moral da história? Recorrer ao mercado externo é necessário; só se deve fazê-lo, porém, depois de avaliar bem o que existe dentro de portas. A isto chama-se uma gestão racional de recursos."
José Manuel Delgado, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!