"De súbito, eis que a polémica passou da bola para o selim. Tudo por causa da bola propriamente dita (não confundir com este jornal) e porque, em 2 de Janeiro, as bicicletas estacionam em Alvalade. De facto, só cá faltava o ciclismo para agitar o... futebol!
Escreveu o presidente do Sporting, a propósito de uma tal ciclista organização W 52, que a transumância da dita para o FC Porto tem a ver, entre outras coisas, com a «falta de pedalada para o futebol» dos portistas quando, a tremerem, entrarem em Alvalade.
Confesso que, pedalada por pedalada, comecei por me lembrar da forte oposição à presidente do Brasil acusada de algumas «pedaladas fiscais», que é o que lá chamam a truques e buracos orçamentais. Mas, certamente, nesta polémica de pedais, esta questão não se põe. Dinheiro não falta, sobretudo em Alvalade.
Mas, agora que surgiu esta crucial celeuma, gostaria que fossem tornados públicos alguns pontos. Por exemplo, quanto aos pára-lamas em que sentido vão ser direccionados? E para as superfícies mais irregulares, qual a qualidade dos amortecedores? E que raio de raios a usar e com que material? E se a corrente sair da roda livre, quais as consequências na corrida? E se, porventura, o quadro se partir, como é substituído?
Li também que o contrato terá abortado por causa de umas suspeitas da prática de doping. Pormenor que parece ter surgido mesmo junto à meta. Daí que o entusiasmo leonino se tenha esvaído subitamente e, voltando a citar o presidente do SCP, tenha proporcionado «um sprint do FCP para ganhar uma meta-volante».
Assim vai o nosso futebol. Perdão, ciclismo."
Bagão Félix, in A Bola
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