"Benfica, FC Porto e Sporting acabaram o ano a festejar as derrotas e insucessos dos rivais, mais do que eufóricos com as suas prestações. O União da Madeira deu mais alegrias aos portistas em oito dias do que Lopetegui em quase dois anos. O Benfica venceu o Rio Ave com mais uma inacreditável arbitragem. Três penalties num jogo só, depois de se ver o que vem acontecendo nos jogos do FC Porto, faz pensar que o campeonato foi negociado antes do seu início. Mesmo sem deslumbrar havia sido um jogo tranquilo, sem incidências arbitrais. Fez bem o Benfica em falar porque ganhou. Jonas levava mais de dez golos de vantagem na Bola de Prata, se as regras fossem cumpridas, e os penalties marcados quando são. Mesmo assim leva cinco.
Em época de balanço, 2015 foi muito bom para o Benfica. Esperemos um 2016 em linha com o anterior, no futebol e nas modalidades. A cinco pontos do líder, que teremos receber na Luz, só resta acreditar, porque Jorge Sousa não vai arbitrar os jogos todos. (se houver vergonha, não arbitra mais nenhum dos três primeiros). A arbitragem voltou ao tempo dos Guímaros e dos Calheiros. Queria era perceber o porquê? Última referência para o jogo mágico do nosso hóquei em patins. A perder a três minutos do fim, com um jogador a menos, com um livre directo e um penalty defendidos, e oito segundos finais com dois golos. A vitória foi inesquecível e projectou o Benfica para um título que ainda não está ganho, mas está muito bem lançado."
Sílvio Cervan, in A Bola
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