"Rui Vitória disse, no final da partida disputada em Alvalade, e com razão, reconheça-se, que "basta! Têm de respeitar o Benfica". No entanto, este desabafo peca por tardio, uma vez que poderia ter sido feito no Algarve, após a supertaça, em Aveiro, no rescaldo da partida frente ao Arouca, ou na Luz, depois do Moreirense e Sporting. Se a estas arbitragens desfavoráveis ao Benfica, acrescentarmos os benefícios ao Sporting (nos três dérbis e, pelo menos, Tondela, Nacional, Estoril e Arouca), torna-se evidente que a estratégia de guerrilha montada ao Benfica, bem como as jogadas nos bastidores do futebol empreendidas no último defeso, estão a resultar.
É certo que a nossa equipa está aquém das expectativas e urge perceber e corrigir as razões do seu desempenho. Sou coerente e reafirmo que concordo com o rumo traçado, o qual acredito que nos trará benefícios a médio prazo. Os desaires no imediato, ao invés de motivarem uma inversão da estratégia ou soluções de recurso dispendiosas e porventura ineficazes, deverão antes ser analisados para que possamos compreender o que necessitamos de melhorar.
Mas sejamos claros, o Benfica é o alvo a abater. Pelos vistos, as estratégias "à anos 90" mantêm-se válidas no século XXI, persistindo algo, no nosso futebol, que julgava erradicado: A arbitragem permanece frágil e permeável às pressões e à percepção de onde reside o poder. A insídia, a calúnia, a difamação e alguma comunicação social conivente continuam a ter a capacidade de marcar e evitar golos, além de conferir impunidade a futebolistas talhados para as artes marciais. As razões da má época até ao momento não se esgotam nas nossas carências..."
João Tomaz, in O Benfica
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