segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Um indesejado retrocesso civilizacional

"Enquanto a indústria do futebol em Portugal for um espaço de agressão e confronto, não haverá condições para o crescimento

O aumento da escalada bélica no futebol português representa um indesejado retrocesso civilizacional, que atrasará o crescimento da indústria e não deixará de penalizar todos os seus agentes. O que está a acontecer no nosso país seria impensável em sociedades em que o negócio do desporto é acarinhado - e por isso frutifica - subordinado a parâmetros bem definidos e que passam pelo primado do respeito. Os melhores sistemas europeus - Inglaterra e Alemanha - ou o exemplar funcionamento de todas as modalidades profissionais nos Estados Unidos, deviam ser suficientemente fortes para inspirar os dirigentes dos clubes no sentido de não matarem a galinha dos ovos de ouro, transformando uma actividade lúdica e de lazer na III Guerra Mundial. Esta falta de perspectiva não deixará de provocar danos graves na indústria, acabando por, inapelavelmente, virar-se contra os prevaricadores. É lamentável que se sinta que, depois de alguns tempos de acalmia, a crispação tenha regressado com uma inusitada força, arregimentando, com argumentos básicos, as franjas mais vulneráveis das massas adeptas. Lamentavelmente, ao contrário do que acontece noutras paragens, a Liga não mexe um dedo para proteger a indústria, paralisada pela teia de interesses de que faz parte. Não há sequer a vontade de fazer prova de vida, avançando com uma qualquer intervenção pedagógica...
A indústria do futebol não prosperará com debates incendiários, acusações soezes, peixeiradas públicas ou tochas voadoras das claques. O sucesso deste negócio terá de ser construído com base no bom senso, na educação e no bom exemplo, de forma a transformar os estádios em espaços de alegria, emoção e segurança. Não perceber isto, promovendo o contrário, é um crime que não deve ficar sem castigo. Porque - e isso está à vista de todos especialmente nos jogos da Selecção Nacional - há no nosso País um público familiar que quer ir ao futebol para apoiar a sua equipa e divertir-se, sem que, para isso, tenha de correr riscos de agressão física ou verbal. É com esses que é possível construir um futuro melhor. O futebol português será aquilo que os dirigentes dele quiserem fazer. E, por isso, devem ter a possibilidade de exigir comportamentos individuais que não provoquem danos colectivos.

Muita água vai correr debaixo das pontes...
«Apelo aos benfiquistas que ignorem o ruído, que não beneficia ninguém»
Luís Filipe Vieira, Presidente do Benfica
O ataque de Bruno de Carvalho ao Benfica vai deixar marcas no desporto português. Depois do que foi dito pelo presidente do Sporting, nada será como dantes nas relações institucionais entre os dois clubes rivais, pelo menos enquanto as atuais gerências estiverem em funções. O Benfica prefere, para já, não alimentar a polémica mas promete não esquecer. Uma rotura irreversível.

ÁS
Fernando Santos
Pegou numa Selecção Nacional deprimida (além da derrota caseira com a Albânia, os problemas do Mundial do Brasil estavam por resolver), recuperou activos que estavam ostracizados e soube criar uma equipa que carimbou, sem recurso a calculadora, um lugar na fase final do Europeu de 2016. Uma questão de competência.

ÁS
Fernando Gomes
Ao sucesso desportivo, tanto na Selecção A como nas equipas mais jovens, os consulados de Fernando Gomes têm sabido juntar projecção nos aeropagos internacionais e uma segurança financeira só superada pela requalificação de património, de que a Cidade do Futebol é o expoente máximo. Nota máxima.

ÁS
João Moutinho
Foi a chave para o recorde nacional de Fernando Santos (sete jogos oficiais consecutivos a ganhar) ao apontar dois golos (Dinamarca e Sérvia), ambos com cortes de pé direito, de execução perfeita. Uma peça essencial para a turma das quinas, assim consiga manter, na sua etapa monegasca, a regularidade física.

Brasileiros não perdoam Messi
As dificuldades de Messi com a justiça espanhola não passaram ao lado da imprensa brasileira e o jornal 'Meia Hora' levantou a hipótese de Leo Messi se juntar, como presidiário, a Bruno, ex-'goleiro' do Flamengo, que cumpre pena pelo assassínio da noiva. A rivalidade entre Brasil e Argentina não conhece limites ou... tréguas.

Festa é festa
À medida que vão sendo conhecidas as selecções finalistas do Campeonato da Europa de 2016, sucedem-se as celebrações, umas com sabor a 'déjà vu', outras com o esplendor das coisas raras. Nas principais páginas dos jornais de Espanha ('ÁS') ou Itália ('Gazzetta') a normalidade é a regra, ao invés do que sucede na Irlanda do Norte ('Belfast Telegraph'), em Gales ('Wales on Sunday') ou na Noruega ('VG'), onde a festa não conhece limites. E há ainda a Turquia ('Fanatik') que celebrou a vitória em Praga com pompa e circunstância, para desgosto da Holanda, quase fora..."

José Manuel Delgado, in A Bola

1 comentário:

  1. .....quando temos um CRETINO CHEFE DE CLAQUE,QUE FALIU EMPRESAS,UMAS REAIS,E OUTRAS FRAUDULENTAS,"FUGINDO"(ENGANANDO TOLOS)PARA A PRESIDENCIA DOS OSGAS,(PARA SOBREVIVER).....qual a admiração que o CRETINO se esteja a borrifar para o negocio futebol????...(Constantino

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