quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Mundial de râguebi

"Enquanto no futebol planetário se transaccionam influências, se vem conhecendo a ponta do iceberg da corrupção e pouco se avança na adaptação das regras aos novos tempos, temos podido ver o que se passa, de bem diferente, em redor do Mundial de râguebi.
Confesso que não conheço todas as regras deste desporto, mas mesmo assim dá para perceber a emoção do espectáculo. Um torneio jogado com tanto entusiasmo, como de suficiente lealdade desportiva. Num desporto duro e intenso, de constante contacto físico, as quezílias e querelas à volta do jogo são incomparavelmente menores do que noutros desportos.
Disputado na tradicionalista Grã-Bretanha, os estádios estão sempre cheios, sem claques estúpidas e violentas, onde não há lugares reservados para os apoiantes dos contendores, antes pelo contrário todos se misturam na alegria do jogo. Neste Mundial, os estádios estão cheios e bateu-se até o recorde de espectadores (89.019) no jogo inaugural entre a Nova Zelândia e  a Argentina.
Haverá algum desporto colectivo onde o que o árbitro diz durante o tempo de jogo é ouvido e escrutinado por todos? E que dizer de recorrência às imagens para esclarecer dúvidas legítimas deste decisor? E alguém vê discussões estéreis e inconsequentes dos atletas e técnicos sobre as decisões tomadas?
A superabundância do dinheiro (para poucos) e a apoplexia de passivos (para quase todos) que constatamos no futebol não residem neste desporto que, apesar do primado monetário, ainda guarda algumas interessantes características amadoras, no melhor sentido da palavra."

Bagão Félix, in A Bola

2 comentários:

  1. Com todo o respeito pelo Bagão Felix, mas comparar clubes com seleções é incomparável.

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  2. Denuncio aqui infiltrados que andam pelo NGB:

    MPP
    A.Martins
    Kafka
    Quid
    Viper
    Adoro o Benfica

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