"O site Football Leaks transpirou informação que é, no mínimo, desagradável para o meu clube. Não vou aqui desenvolver as minhas opiniões sobre os complicados processos de compra de Bruno Paulista, o processo de Cervi e a tentativa de compra de Mitroglou. Falta-me informação e a pouca que tenho não me oferece suficiente segurança. O Football Leaks não é um órgão de comunicação social, não está sujeito ao mesmo escrutínio e não pode ser citado como se de fonte jornalística se tratasse. Mas há um facto inelutável: as relações do Sporting com o Recreativo Caála de Angola e sobretudo com o empresário António Mosquito são e continuarão a ser um problema. Se não por outra razão, por gestão de imagem.
Escusam as virgens de ocasião de se arrepiar com as companhias leoninas. Conversas puritanas sobre relações empresariais, no futebol é como rezar o pai-nosso num congresso de banqueiros. Acontece que esta direcção do Sporting foi eleita num espírito de renovação e moralização de um clube há muito dominado por negociantes de gestores bancários. Deste ponto de vista, a posição de Bruno de Carvalho em relação aos fundos sempre foi exemplarmente correta: tudo o que torna os negócios do futebol ainda menos transparentes e permite que se criem bolhas especulativas, pondo em perigo a sustentabilidade desta actividade económica, deve ser combatido. Por isso, mais do que conhecer os pormenores de cada um destes negócios, esta relação, que mesmo que declarada e pública tem contornos pouco claros, preocupa-me. Porque ela me parece incoerente e ainda pode vir a rebentar na cara de um presidente em quem confio. Bem sei que o Sporting tem necessidades e que a procura de novos parceiros e investidores é fundamental. Mas nem por isso este parceiro e este investidor me deixa descansado."
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