"A pouco mais de duas semanas do arranque do futebol de primeira linha em Portugal, nenhum dos grandes tem particulares razões para estar optimista. O Benfica, nas Américas, continua sem vitórias e acumula sobretudo dúvidas; o Sporting mostrou fragilidades defensivas que devem preocupar Jorge Jesus, especialmente porque os adversários estavam longe de ser de primeira linha; o FC Porto, apesar do forte investimento, também somou exibições e resultados tristonhos quando o nível de dificuldade subiu.
Estamos em finais de Julho e, por esta altura, ninguém tem razões para se rir das desgraças do vizinho. Mas a experiência, sobretudo dos últimos anos, diz-nos que não devemos levar muito a sério os resultados de verão. Porque são treinos, em que cada treinador aproveita para testar novas soluções e variantes, e, acima de tudo, porque teremos o mercado aberto por mais um mês.
Há um ano, as goleadas sofridas na Emirates Cup fizeram soar os alarmes na Luz: chegaram Júlio César, Samaris e Jonas, três elementos fundamentais no sucesso que viria a acontecer depois. Por isso, é de esperar que também o jogo da Supertaça, com toda a carga emocional que tem em cima, ajude a definir o posicionamento de Benfica e Sporting para as três semanas que sobram de mercado. E mesmo o FC Porto terá ali uma indicação da real valia dos dois grandes adversários que lhe permitirá balizar as suas próprias necessidades competitivas.
A procissão ainda vai no adro. Por isso, fazer contas à força e ao valor de uma equipa neste momento é um exercício tão desnecessário como perigoso. Os jogos já disputados, em breve não serão mais do que uma memória vaga. Vamos entrar no mês mais importante do futebol europeu: o querido, ou maldito, mês de Agosto."
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