"Os primeiros dias de Rui Vitória no Benfica não estão a fugir um milímetro ao guião: empatia com o balneário, forte apoio da estrutura, aceitação dos adeptos. Exactamente o que se esperava. Ontem, no Seixal, no primeiro dia em que a bola saltou, Luís Filipe Vieira, Rui Costa e Lourenço Coelho fizeram questão de estar ao lado do treinador. No dia da apresentação, no Cosme Damião, já tinham aparecido todas as figuras de peso do clube e, sobretudo, da SAD. E o mais provável - e natural - é que este estado protector se mantenha enquanto o técnico não conquistar o seu espaço de afirmação. E esse, como é evidente, é um processo que só está concluído quando chegam as vitórias.
Até lá, porém, há muitos passos a dar. E o primeiro, no caso de Rui Vitória, é esta aproximação ao futebol de formação do Benfica, tal como Vieira tinha prometido. A porta que liga os sonhos dos mais novos ao futebol profissional das águias está agora aberta. A notícia que lhe contamos na página 11 desta edição é um importante sinal de viragem nos bicampeões nacionais.
Rui Vitória já tinha explicado na BTV que não era "tonto" e que sabia "muito bem" que não se ganham campeonatos "apenas com jogadores vindos da formação". É difícil haver quem não concorde. E o próprio presidente, que tem sido o motor da ideia, será o primeiro a reconhecer que é impossível ser campeão apenas com Bernardos Silvas.
A questão, no entanto, deve ser vista a partir de outra perspectiva. Ter três, quatro ou cinco jovens - formados em casa - integrados no plantel é vantajoso para o treinador e para os próprios jogadores? Há talento no Seixal que justifique a aposta de forma consistente? Deve dar-se aos técnicos da formação a possibilidade de assistir aos treinos da equipa principal? A mesma resposta a todas as perguntas: sim."
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