Com a globalização, os nomes dos jogadores constituem uma verdadeira torre de Babel e um exigentíssimo esforço de memória para os fixar. Além disso, há a rotatividade à velocidade da luz, que nos impede de reter a constituição de uma equipa. Ainda hoje me lembro de equipas do Benfica, claro está, mas também dos outros grandes e até de clubes mais pequenos de há 30, 40 ou mesmo 50 anos. Ao invés, recordar-me do plantel titular de há 10, 5 ou mesmo 2 anos, é um quebra-cabeças.
No defeso, tudo se torna superlativo. Confusão total. Eu, por exemplo, tenho que arranjar mnemónicas para fixar o nome de um tal de Carcela ou de Taraabt, que vão jogar no Benfica.
Lembro-me quando quase todos eram portugueses. Quando havia dois jogadores com o mesmo nome, a solução era apor-lhes um número romano.
Assim havia o Fonseca I e o Fonseca II, ainda que, às vezes, o segundo fosse bem melhor do que o primeiro...
Agora não é assim. Por isso, quando ouço falar de Danilo não sei se é da equipa A, B ou C. Ou de Alex, outro nome habitual na bolosfera. Ou, ainda, de Carrilho, Ricardo, Bruno, Marçal, Marco, Fábio, Mateus (com ou sem h), Douglas, Hassan, Diego, Tiago, Tó Zé e tantos outros.
Já para não falar nos diminutivos e aumentativos que, agora, abundam. Por exemplo, Luisão e Luisinho, Paulinho e Paulão (pena não haver um novo Pauleta), Carlitos e Carlão, Marinho e Marocas, Rafa e Rafinha, Serginho, Nelsinho, Ricardinho, Bruninho, Jorginho, Rochinha, Juninho, Dieguinho, Rodrigão (mesmo sem rodriguinhos), Chapinha, Ruizinho, Chiquinho, Simãozinho, Huguinho. E até há o Baixinho (ainda que de apelido)... com 1,87 m.
Bagão Félix, in jornal A Bola
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