quarta-feira, 6 de maio de 2015

Lopetegui à capela, já!

"Lopetegui tinha razão. Capela teve uma influência decisiva em Barcelos. Sem ele, o Benfica não marcaria cinco golos, ao esforçado Gil Vicente.
Lopetegui não sabe falar bem português, mas sabe soletrar sem sotaque CA-PE-LA. Claro que tem dificuldades em dizer Martins, Calheiros, Guímaro e outros incomuns nomes.
Lopetegui é um estudioso da história do Benfica. Pena que não se tenha especializado em algumas partes douradas da história do clube que treina.
Lopetegui lê, de fio a pavio, todos os jornais. Tanto assim é que debitou, com grandiloquência, sobre uma entrevista que J. Jesus deu ao semanário Sol. E, logo aí, inferiu, visionariamente, uma qualquer ligação ao árbitro João Capela. Curioso é que Jesus deu a entrevista na 2.ª-feira, ainda nem sequer se sabia quem seria o árbitro.
Lopetegui dispensa assessores de comunicação, tal a sua competência nesta área. Quem sabe até se não acabará como assessor de um qualquer treinador.
Lopetegui não terá apreciado o desportivismo dos seus jogadores no jogo da Luz. Percebe-se a razão: queria ter o monopólio do fair play evidenciado nos quase-ósculos no aparelho auditivo de Jesus e no forte amplexo com que o envolveu.
Lopetegui deveria ler a objectiva resenha das suas próprias afirmações ao longo deste campeonato que Miguel Cardoso Pereira trouxe à estampa na edição de A BOLA do passado sábado e intitulada 'Diz Lopetegui:'. Ali se constata que o homem é de uma coerência infinita.
Lopetegui deve, por tudo isto e muito mais, ir confessar-se a uma Capela. Se possível, onde o prior assistente diga impecavelmente o seu nome."

Bagão Félix, in A Bola

1 comentário:

  1. O confessionário dele é em contumil ou na madalena com o diácono local...

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