segunda-feira, 4 de maio de 2015

Foi de Lotopegui

"Em mais de 12 anos de crónicas neste jornal, enganei-me muitas vezes e, sempre que achei que valia a pena, emendei a mão. Tenho, por isso, que voltar ao meu 'Canto directo' de há duas semanas, em que elogiei, acredito que merecidamente, Julen Lotopegui - sim, Lotopegui, agora também me apetece trocar-lhe o nome.
Não quero alterar o sentido desse texto, escrevi, aliás, que o manteria mesmo que as coisas corressem mal em Munique, como infelizmente correram. Mas louvei o 'positivismo do discurso' do treinador, que o próprio tem tornado negativo desde então, de uma forma despropositada, ressabiada e até desrespeitosa, que veio denunciar o verdadeiro carácter de um homem que admiti ter outra categoria.
A minha convicção sofreu ainda o golpe fatal quando Lopetegui interpretou aquela cena macaca com Jorge Jesus, cena que assumiu, aos meus olhos, uma tripla decepção: por o ter julgado incapaz de se 'passar' daquela maneira, por revelar mau perder - empatando de facto, falhou no objectivo que era a vitória - e, o pior de tudo, por ter aproveitado o momento de despedida do adversário para o agedir verbalmente. Por muitas razões que tivesse, foi feio. Terminada a refrega, o que fica à mostra é a grandeza dos contendores: dos que ganham, pela forma como tratam os vencidos; dos derrotados, pelo modo como encaram o insucesso. E aí, Jesus voltou a marcar pontos e Lopetegui perdeu os que lhe restavam.
Creio ter visto em Antero Henrique o rosto da desilusão quando tentava, discretamente, afastar o treinador portista de Jesus. E sabendo embora como Pinto da Costa defende a sua gente, sou capaz de acertar se disser que Lopetegui acabou, na Luz, de cavar a própria sepultura. Fica por um fio."

1 comentário:

  1. Mais um artigo de merda. De quem comenta apenas em função dos resultados.
    O que lopetegui fez na Luz foi o que todos os treinadores, jogadores e dirigentes portistas têm feito nos últimos 30 anos, na Luz e por esses estádios fora. Se tivesse ganho, Lopetegui continuaria a ser educado. Mesmo continuando jornada após jornada a desrespeitar o Benfica e a pressionar acintosamente os árbitros.
    A. Pais é um biltre, que sempre branqueou as sovas que os seus colegas de profissão levaram (algumas em directo). Não lhe reconheço nenhuma moral para emitir juízos de valor sobre quem quer que seja.
    À boa maneira dos fracos de carácter, e dos diminuídos intelectualmente, irá descarregar a sua azia perante os resultados desanimadores.
    Contam-se pelos dedos das mãos os jornalistas e adeptos do porto, com categoria em Portugal.

    CARREGA BENFICA!

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