quarta-feira, 22 de abril de 2015

O hóquei campeão

"Nesta coluna já escrevi sobre o fascínio que, para mim, tem o hóquei em patins. Do ponto de vista clubista, é o título que considero mais saboroso a seguir ao hegemónico futebol. Do ponto de vista nacional, é onde mais sinto a ideia desportiva de Portugal. Há vários factores que para tal contribuíram: a expressão deste desporto no tempo em que era criança e jovem e que guardo afectuosamente na memória e no coração, o fascínio da rádio e o empolgamento dos relatos no tempo em que não havia desporto televisionado e - sinal de outrora - o sabor do nosso país vencer a Espanha, o rival sempre temido.
Com o tempo, o hóquei que, entretanto incluiu a força e magia argentinas, perdeu protagonismo diante do avassalador futebol. E, paradoxalmente, com a televisão o hóquei perdeu para a concorrência, por ser um desporto tão rápido e com uma bola tão minúscula que, no pequeno ecrã, nem sempre somos capazes de a acompanhar. Ainda hoje me pergunto - talvez por ignorante na matéria - por que razão a bolinha não tem uma cor bem viva e fluorescente.
Escrevo também este texto para saudar a equipa do meu clube, que acaba de se sagrar campeã nacional e passa a deter o maior número de títulos (22). Um pavilhão do Benfica cheio, um jogo empolgante, uma vitória indiscutível e um final de grande desportivismo entre vencedores e vencidos, que é justíssimo salientar. E eu, vendo o jogo, misturando passado e presente (e espero que futuro): Matos, Trabal, Cruzeiro, João Rodrigues, Livramento, Nicolia, Lisboa, Jorge Vicente, Paulo Almeida, Valter Neves, Panchito, Ramalhete, Diogo Rafael, Perdigão e tantos outros..."

Bagão Félix, in A Bola

1 comentário:

  1. O Hóquei é um desporto lindíssimo ao vivo. Na TV teriam que colocar uma bola e as linhas mais visíveis. Com certeza que se consegue!

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