quarta-feira, 8 de abril de 2015

Estrangeiros

"Vários comentadores, alguns com formação económica, têm escrito que FC Porto e Benfica vão ser obrigados a deixar de comprar futebolistas estrangeiros, tendo de apostar nos jogadores da formação - pois, com a crise financeira e o fim dos fundos, deixará de haver dinheiro para isso. A propósito, os ditos comentadores apresentam o exemplo do Sporting, que joga com base na prata da casa.
Ora, esta teoria está completamente errada, visto que as compras de jogadores estrangeiros não são uma despesa mas sim um investimento rentável. Ou seja, os clubes ganham dinheiro com esses jogadores, comprando-os a baixo custo, valorizando-os e vendendo-os caro. É certo que há negócios que se revelam autênticos flops, mas há outros tremendamente lucrativos, como os de Di Maria, Falcão, Hulk ou Enzo Pérez. No Benfica, o balanço de perdas e ganhos na era Jesus apresenta um saldo positivo de quase 25 milhões de euros, segundo o Record. E ainda aí não figuram jogadores como Salvio, Gaitán, Samaris ou Talisca , que vão render bom dinheiro.
Mas há mais. Esta política, além de ser financeiramente lucrativa, é desportivamente um sucesso, porque permite aos grandes clubes portugueses constituírem plantéis mais fortes, dispondo durante dois ou três anos de futebolistas de top do futebol mundial.
O Sporting representa o reverso da medalha. Investindo pouco, também lucra pouco. E não consegue com os jogadores da formação constituir equipas que lhe permitem grandes êxitos desportivos. O certo é que o clube não ganha um campeonato há 13 anos.
Aqueles que falam do 'fim de um ciclo' têm, pois, de rever a teoria."

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