"Amanhã vai haver casa cheia na Luz para receber o SC Braga. Apesar da importância do jogo e da dificuldade que os arsenalistas representam para os encarnados, não pode dizer-se que seja normal que se juntem 65 mil pessoas para presenciar este embate. Há, de facto, outro factor que explica o aviso de lotação esgotada nas bilheteiras do anfiteatro benfiquista e que tem a ver com a onda vermelha que está em movimento, de norte a sul, para apoiar o actual campeão nacional da sua demanda pelo bi.
Olhe-se, então, para as assistências, nos jogos para a Liga, no estádio da Luz, em 2015:
V. Guimarães - 44065; Boavista - 40346; V. Setúbal - 40564; Estoril - 46712. São números que traduzem uma adesão muitíssimo significativa e que se explicam pelo crescendo de confiança dos adeptos do Benfica na conquista do bicampeonato, proeza que foge aos encarnados desde 1982/84, aquando da primeira passagem de Sven-Goran Eriksson pela velha Luz. Mas é possível identificar um outro motivo para uma mobilização tão significativa: há, de uma forma geral, a percepção de que este Benfica joga em superação constante, não se atira para fora de pé à procura de nota artística nem vive na abundância de grandes nomes. É uma equipa voluntariosa e organizada, que faz do trabalho a arma principal. Por isso, caiu no goto aos adeptos que não têm parado de apoiá-la, mesmo em situações de adversidade, como sucedeu nas desvantagens revertidas de Moreira de Cónegos e Arouca. Não é a primeira vez que este movimento popular do benfiquismo se mostra em favor de uma equipa. Em 1986/87 (época da derrota em Alvalade por 7-1), verificou-se um fenómeno semelhante. E o FC Porto, campeão europeu e com melhor equipa, não chegou ao título. Semelhanças..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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