"Uma exibição categórica e serena, a do Benfica no sábado. Tal como há um ano, diante do Porto. Em ambas celebrando Eusébio. E homenageando o número 13 (da sua camisola nacional) ao 13.º minuto, com golos que sempre foram o alfa e o ómega do seu inigualável virtuosismo. Há um ano com Rodrigo, este ano com Jonas.
O Benfica jogou apenas com dois jogadores dos que, há um ano, derrotaram categoricamente o rival: Gaitán e Lima. Entre saídas, castigos e lesões não jogaram Luisão, Maxi, Siqueira, Garay, Enzo, Matic, Salvio, Markovic e Rúben Amorim! Jogou agora um quarteto defensivo e um pivô que, há um ano, seriam todos suplentes. Ter o mesmo treinador à frente da equipa há 6 épocas tem sido decisivo para superar essa situação. Afinal, algo de - passe o forçado neologismo - manchesterismo-united, que foi o símbolo universal da estabilidade como elemento patrimonial de coesão e de eficácia colectiva. No clube inglês, saiu Ferguson e tudo ficou pior com a, de todo inabitual, dança de treinadores.
O futebol é também pródigo em situações aparentemente imprevisíveis ou menos explicáveis. É que mesmo desfalcada, por múltiplas razões, a defesa do Benfica só sofreu golos em 5 dos 16 jogos da Liga. Não sofre golos para a Liga há 6 jogos, 4 dos quais sem Luisão. Teve que adaptar um utilíssimo polivalente, André Almeida, a quase todos os lugares excepto guarda-redes. E, como sói dizer-se, se os jogos (e as exibições) se conseguem com excelentes ataques, só com defesas sólidas se ganham competições longas. E que tal é possível quando um conjunto é superior à soma das partes. Este é um dos grandes méritos de Jorge Jesus."
Bagão Félix, in A Bola
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