quinta-feira, 12 de junho de 2014

Carlos Nicolía

Interrompo o defeso das modalidades, para rejubilar com a confirmação da contratação de um dos melhores Hóquistas do Mundo da actualidade!!! Para mim, repartia com o Espanhol Bargalló o título de melhor do Mundo, mas a partir de agora, é de longe o 'melhor´!!!
Havia algumas dúvidas, se seria possível, convencer o Nicolía a vir para Lisboa, mas tudo acabou por correr bem...
Não exagero, quando digo que desde do Panchito não tínhamos um talento destes, e provavelmente na nossa História sobre patins, artistas destes, só Livramento, e o Panchito...
Deixo aqui alguns vídeos, inclusive a nossa derrota com o Valdagno na Final 8, de 2012!!!
Com o regresso do Tiago Rafael, o plantel do Hóquei ficou fechado. Só saiu o Coy, e entraram estes dois jogadores. Ficamos claramente com um plantel mais forte. Apesar de continuarmos a não ter no plantel um jogador com as características do Luís Viana, um goleador nato...!!! Tanto o Nicolía como o Tiago são especialistas nas bolas paradas, portanto espero que finalmente o 'trauma' termine!!!
Agora é preciso ser inteligente na gestão dos jovens talentos que temos... os regulamentos de transferências do Hóquei são diferentes de outras modalidades, mas alguns têm que ser 'emprestados' a equipas da 1.ª Divisão!!!

PS: Aproveito para fazer um balanço das movimentações no mercado nas outras modalidades, principalmente o Voleibol, que também já tem o plantel fechado!!! Saíram o Coelho, o Perini, e o Marcel, e entraram o Ivo Casas, e regressou o André Lopes e o Vinhedo. O Marcel Gil só foi contratado devido à lesão do Zelão, assim acaba por ser normal a sua não continuação... em relação aos nossos Liberos, compreende-se a troca de dois jogadores com valor idêntico, mas com o Ivo ainda com muitos anos pela frente de alta competição... O regresso do Vinhedo acaba por ser uma surpresa agradável...
A grande novidade, é mesmo a ida às competições Europeias!!! Vamos disputar a Challenge Cup, e o sorteio já se realizou... o nosso primeiro adversário é o CV Andorra. Os jogos só se vão disputar em Novembro, e em Andorra vamos ter seguramente muitos Benfiquistas.
No Andebol, a revolução está a 'meio': saíram os dirigentes, que deviam sair; foi contratado um treinador Espanhol (não creio que o Rito fosse o culpado!!!); já saíram alguns jogadores, mas falta saber quais serão as contratações, e vão ser muitos, pelo menos 4 !!!
No Basket, a grande dúvida neste momento é a continuação do Doliboa... muito sinceramente, da parte do Benfica não deve haver dúvidas, o Seth tem que continuar (se ele assim o desejar...)!!! A renovação do contrato com o Jobey Thomas foi uma excelente notícia, ao 'nível' do Nicolía!!! No Basket também existe a possibilidade de regressar à Europa, vamos ver...
No Futsal, só foi confirmado a saída do treinador, que foi a decisão correcta, agora vamos ver como será a construção do plantel: o Marcão saíu, fala-se do guarda-redes da Selecção Espanhola, e o Ré está quse confirmado (espero que seja o goleador que a equipa precisa), mas vamos ver...

Vou pela comiseração e descarto o resto

"Que Paulo Fonseca faça temporada de tal modo excelente com os castores que depois seja, de novo, contratado pelos dragões - é o anseio dos adeptos mauzinhos dos rivais directos do FC Porto.

O Mundial começa amanhã. A selecção portuguesa tem estreia marcada na próxima segunda-feira. Quando tudo acabar (o mais tarde possível para os portugueses, é o que se deseja) se fará o balanço. Quem brilhou, quem desiludiu, quem surpreendeu, quem deitou tudo a ganhar, quem deitou tudo a perder, enfim, essas coisas…
Para já, e no que diz respeito à nossa selecção (que é o que nos interessa) é possível fazer o balanço dos jogos de preparação pré-Mundial contra gregos, mexicanos e irlandeses. Resumidamente: foi em crescendo.
E de tal modo em crescendo que até quem há, entre os pessimistas, os que lamentam a goleada imposta à República da Irlanda porque, temem, pode induzir não só a selecção mas também a nação num estado pernicioso de euforia.
Discordo, respeitosamente. É bom ganhar. E marcar golos, muitos golos, é melhor ainda.
Nestes três jogos destacaram-se três jogadores. Poderão não vir a ser as figuras do nosso Mundial mas foram, certamente, as figuras do nosso pré-Mundial. A saber: o guarda-redes Eduardo (garantindo o triunfo sobre o México), Fábio Coentrão (a defesa-esquerdo, a médio esquerdo, autor de golo e meio contra a República da Irlanda) e Hugo Almeida (assinando dois golos no único jogo em que foi titular).
Cristiano Ronaldo deu bons sinais de saúde contra os irlandeses mas o melhor do mundo só jogou uma hora em Newark e nem pisou a relva no Jamor e em Boston. Por isso mesmo pode-se dizer, e com toda a propriedade, que nestes três jogos de preparação a selecção portuguesa foi Fábio Coentrão e mais dez. E não foi nada mal.
Para a semana já é a sério. Boa sorte!

O momento Quim Barreiros do presidente eleito do Sporting terá afastado do último congresso leonino alguns nomes de peso do universo do clube, como Marçal Grilo. O antigo ministro, de acordo com a imprensa, ficou «desagradado com as polémicas declarações» e solicitou que o seu nome «fosse retirado da comissão de honra» do evento. Está no seu direito. Trata-se de alguém que foi, precisamente, ministro da Educação.
De um modo geral e sintomático, detectou-se nos dias que se seguiram ao momento Quim Barreiros do presidente do Sporting a quase total cobertura do referido momento por um manto de silêncio da imprensa, dos opinadores, etc…, quando, e houvesse vontade para tal, haveria ali matéria para um sem número acutilâncias analíticas. Quer pela importância do tema propriamente dito (as eleições na Liga), quer pelo inusitado das imagens gráficas.
A verdade é que não houve vontade de mexer no assunto. A meu ver, bem. Logo surgiram, dos mais diversos quadrantes, tentativas de explicação para o fenómeno. Porque se trata de um fenómeno sempre que um presidente de um clube de futebol produz afirmações contundentes e não encontra por parte da comunicação social apetite para fazer render o peixe.
Há quem justifique essa pouca valia emprestada pelos jornais ao momento Quim Barreiros do presidente do Sporting como um acto de cobardia (em função do ataque ao Benfica e ao FC Porto) ou como um acto de puritanismo (em função das metáforas) ou como um acto de hipocrisia (em função da humanidade que as todos assiste) ou como, muito simplesmente, um acto de comiseração (em função do respeito devido ao Sporting).
Eu vou pela comiseração e descarto o resto. Era só isto.

A arte plena do humor quando toca a futebol é, nas mais das vezes, uma grande impossibilidade porque o futebol exige tanto aos seus adeptos em termos de devoção e de monomania que se torna uma tarefa hercúlea fazê-los rir quando o foco extravasa o limitadíssimo território do chamado amor-próprio.
De uma maneira geral, que julgo ser uma característica muito enraizada no nosso povo, domina uma liberdade ruidosa e sem freio para nos rirmos dos males dos outros enquanto, no polo oposto, o dos nossos males, a regra é o silêncio e a censura e, pior ainda, vigora uma intolerância abaixo de zero para o encaixe de qualquer boa graça que seja do contra aos nossos afectos, interesses e egos.
Vivo desde sempre com a ideia, porventura romântica, de que rir é desobedecer ao mais alto nível. E, tratando-se de futebol, desobedecer a si próprio e aos ditames do humor-de-Estado não é para todos. É só para alguns que, por essa mesma razão, se distinguem dos demais.
Como são os casos de Ricardo Araújo Pereira, que toda a gente conhece, e de Joana Marques, que se vai dando a conhecer com bravura. Nenhum deles é banal no modo de trabalhar o humor porque, constantemente, se colocam em causa a si próprios e aos seus amores. E fazem isso com uma graça imensa. 
Na semana passada, Ricardo Araújo Pereira levou Jorge Jesus, o próprio, a protagonizar a seu lado um brevíssimo sketch em Melhor Do Que Falecer, o momento de humor com assinatura de autor que se segue diariamente ao jornal da noite da TVI. Quem não viu não sabe o que perdeu.
Dentro daquele sentido de humor pobrezinho, apanágio de qualquer dispensador de etiquetas, as graças recorrentes quando se trata de Jesus, visam o uso do português, gramatical e semântico, do treinador do Benfica.
Ora Ricardo Araújo Pereira, adepto do Benfica 24 horas por dia, pegou no assunto pelo lado contrário. Sentou Jesus a seu lado, um Jesus professoral a corrigir o português do comediante, a acusá-lo de gritar demais com os jogadores da play-station num curto desfilar de temas-anti-Jesus transformados em temas-pró-Jesus interpretados pelo próprio. Foi brilhante. E que bom foi ver que o treinador do Benfica também sabe brincar com as suas peculiaridades.
Joana Marques, adepta do FC Porto, trabalha o seu humor nas manhãs da Antena 3 e no Canal Q das Produções Fictícias onde, todas as noites de segunda-feira, assina um comentário futebolístico no decorrer da emissão de Inferno, o serviço diário de notícias do dito canal.
Joana Marques é, também ela, uma desobediente sempre capaz de nos surpreender porque, assumindo como Ricardo Araújo Pereira o seu fervor clubista, desfaz a cartilha do humor expectável, do humor-de-Estado, com um atrevimento e um esplendor dignos de nota.
Quando, há coisa de semanas, Paulo Bento divulgou os seus convocados para o Mundial, vi Joana Marques, no seu espaço de intervenção no Inferno, a protestar energicamente contra a exclusão do «melhor jogador do mundo» da lista do seleccionador nacional.
- Mas o Cristiano Ronaldo foi convocado – retorquiu-lhe Pedro Vieira, o pivot.
- Refiro-me ao Licá – rematou a jovem humorista com o ar mais sério deste mundo.
Benditas sejam, portanto, as pessoas que nos fazem rir.

PAULO FONSECA vai regressar a Paços de Ferreira, lugar onde foi muito feliz na temporada de 2012/2013 o que lhe valeu o ingresso no FC Porto em 2013/2014. Onde já não foi tão feliz, como é do domínio público. 
As repetições em futebol acontecem.
Os adeptos do Paços, que muito sofreram na última época, anseiam com toda a legitimidade pela repetição do sucesso de Paulo Fonseca na capital do móvel, se possível com nova qualificação para a disputa do acesso à Liga dos Campeões, situação bem mais agradável do que a de ter de lutar ferozmente até ao último segundo pela permanência na primeira divisão.
E que Paulo Fonseca faça uma temporada de tal modo excelente com os castores que no ano seguinte seja, outra vez, contratado pelos dragões! – é o anseio dos adeptos mauzinhos dos rivais directos do FC Porto. 
Repetição por repetição, pois que seja levada até às últimas consequências.

NA semana passada, Luisão foi condenado por um tribunal alemão a pagar 70 mil euros ao árbitro alemão que atirou ao chão num jogo particular do Benfica, em Dusseldorf, no já distante mês de Agosto de 2012. 
Vejam só como é lenta a justiça alemã. E com evidente prejuízo para o Benfica.
Tivesse o tribunal de Dusseldorf decidido em prazo decente a pena a aplicar ao capitão do Benfica, talvez o árbitro alemão que em Maio de 2014 calhou ao Benfica na final da Liga Europa tivesse entrado em campo com uma disposição, enfim, menos corporativa e menos vingativa."

Leonor Pinhão, in A Bola

Vergonha maior

"«É uma evidência matemática que (...) para se perfazer o número de vinte e quatro clubes a disputa o campeonato da II liga na época desportiva 2014/15 é condição necessária que nenhum clube participante nesta competição na presente época de 2013/14 seja relegado para divisão inferior.»
Comunicado da Liga, 21 de Maio de 2014

O regabofe das eleições da Liga faz correr muita tinta, mas não é o mais ridículo do ano. O mais ridículo, o maior sinal de incompetência (espero eu) dos dirigentes do organismo, está no facto de não ter havido descidas da Liga 2 para o CNS no final da época.
A Liga criou disposições transitórias para prever alargamento caso o Boavista se conseguisse inscrever. Faz sentido. Ou faria. Só que, como já tantas vezes nos habituo (goal avarage na Taça da Liga, por exemplo), fez mal o regulamento.
Para resumir: a directora-executiva da Liga, Andreia Couto, ou não sabe fazer contas e não percebeu que a partir do momento em que ou descia menos um clube da Liga ou subia mais um da Liga 2, via play-off, iria faltar alguém no segundo escalão na próxima época; ou faz tudo de má-fé para tentar disfarçar aquilo que a Federação chumbara no ano anterior.
Federação que é, obviamente, conivente. Aprovou um regulamento que na verdade previa aquilo que não aceitara um ano antes, um campeonato sem descidas - mais uma vez, ou por não saber fazer contas, ou para não levantar ondas.
Seja como for, o comunicado em que se  convida o Atlético a inscrever-se na Liga 2 na próxima época é ridículo. Pinta o caso como se a Liga tivesse sido apanhada de surpresa. Mesmo que Andreia Couto, que o assina juntamente com Mário Figueiredo, não sabia fazer contas, já fora alertada em Dezembro para o que iria acontecer. A Liga, claro, decidiu esperar, para disfarçar a coisa. Só que nos clubes há quem saiba fazer contas. Na Liga 2 já muita gente sabia que não ia haver descidas. Aquela corrida pela manutenção foi uma coisa absolutamente ridícula.
Vai uma aposta?"

Hugo Vasconcelos, in A Bola

Géneros

"De acordo com o Dicionário Terminológico em vigor, «nos nomes, o valor de género corresponde, tipicamente, a uma distinção de sexo, excepto no caso dos nomes epicenos (como 'sapo' ou 'corvo'), sobrecomuns (como 'vítima' ou cônjuge') e comuns de dois (como 'estudante' ou 'jornalista')». Uma classificação sofisticada com variantes ao que, nos meus tempos de escola, era, tão-só, o masculino e o feminino.
Vem isto a propósito do género dos clubes. Que é masculino para a esmagadora maioria. Será por os clubes de futebol serem de origem e tradição macha? Ou por seguirem, obedientemente, o masculino da palavra clube?
Mas há excepções, como a (Associação) Académica e até hesitações como os clubes que são «União». Dizemos o União da Madeira ou de Tomar, mas hesitamos entre a União de Leiria e o União de Leiria. Utilizando a nova terminologia, tratar-se-á  de um nome comum de dois?
E se não vislumbra excepções nos clubes ingleses, alemães ou franceses, há muitos clubes femininos, claro está, na bela Itália: a Roma, a Lazio, a Fiorentina, a Udinese, a Sampdoria (que são Associazione Calcio, Calcio Societá ou Unione Calcio). Além da Juventus que, apesar de jovial nome, é conhecido por La Vecchia Signora.
Em Espanha há a Real Sociedad e no Brasil a excepção é lusitana: a Portuguesa de Desportos.
Estranho é o Estrela e os Vitórias serem masculinos apesar de a estrela e a vitória serem femininas. É como a moral e o moral. A primeira é fundamental, o segundo - que significa ânimo - é necessário, mesmo que às vezes o ouçamos, erradamente, no feminino! Que ambos os géneros estejam com Portugal no Brasil."

Bagão Félix, in A Bola