quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Porto e Jesus

"Já escrevi o que tinha a escrever sobre Lopetegui: acho que está errado. A sua rotatividade funciona mal. Dir-se-á que outros também a fazem. Mas não é a mesma coisa: no Benfica, mesmo quando há rotação de jogadores, sabe-se qual é a equipa titular, enquanto no Porto reina a balbúrdia. Não se sabe quem são os titulares e os suplentes, nem se sabe bem quais são as posições dos jogadores. Ninguém se entende.
Entretanto, os adeptos do Porto insurgiram-se contra declarações de Jorge Jesus em que este substimou a Champions, dizendo que 'a prioridade é o campeonato'. Compreendo Jesus: o Benfica nunca ganhará a Champions e a vitória neste campeonato é mais importante do que nunca.
Porquê? Porque Pinto da Costa está de saída, e a derrota na Liga portuguesa pela segunda vez seguida pode significar o fim de um ciclo de 30 anos. Inversamente, a vitória do Benfica pode representar a reconquista da hegemonia no futebol português. Por isso, os portistas estão tão irritados com Jesus. Eles preferiam que não privilegiasse o campeonato - e desse uma oportunidade ao Porto...

No desespero de querer sair pela porta grande, Pinto da Costa deu carta-branca a Lopetegui para uma revolução de mentalidades e para constituir um plantel caríssimo. Mas o treinador pode estar a ser vítima dessa ambição. Tendo tantos e tão bons jogadores, Lopetegui foge a definir uma equipa-base, até para não ter estrelas a protestar por não serem titulares. E é isso mesmo que provoca a balbúrdia!
O momento decisivo está à porta. Para a sucessão de Pinto da Costa ser feita convenientemente, a equipa tinha de estar na mó de cima. Ora, estando na mó de baixo, o dragão pode ficar ferido de morte."


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