sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Obstáculos

"Dez anos depois, o Benfica ultrapassou o obstáculo de vencer na primeira jornada do campeonato. Obstáculo difícil, a julgar pelos últimos tempos, frente a um Paços de Ferreira novamente treinado por Paulo Fonseca. Foi um Paços felizmente longe daquela espécie de 'táctica da santola' (bem aberto à espera do recheio) que Paulo Fonseca apresentara no seu último jogo como treinador dos pacenses, na derradeira jornada do campeonato 2012-23. Assim, as vitórias sabem melhor, pois ficamos com a sensação de que ultrapassámos um obstáculo esforçado e bem treinado. Além disso, sentimos na bancada que havia um outro obstáculo oriundo de Famalicão e ao serviço do Conselho de Arbitragem.
Foi um obstáculo já de há muito conhecido e que demonstrou boa forma, diligência no cumprimento da missão e deu garantias a quem o nomeou de que, até ao final da época, pode continuar a contar com ele. Como de costume, e enquanto vou ou venho do Estádio, acompanhei o pré e o pós jogo de ouvidos nas emissões radiofónicas (velho hábito que não quero perder). Ouvir os teóricos de serviço dá um tom pitoresco à coisa. Desta vez, senti que, à falta de outros motivos, o palrador de circunstância na estação pública de rádio começou o jogo a querer especular com a ausência do lateral esquerdo Benito dos convocados, e no final do mesmo insurgia-se com o facto de Jorge Jesus chamar o futebolista Tiago pelo seu nome de baptismo e não pelo seu 'nome de guerra' (Bebé). Obviamente que as vitórias do Benfica são um obstáculo para quem vive e sobrevive no afã de fazer prova de vida à custa dos maus momentos do Glorioso. Mas, nesse particular, o tal radialista não está sozinho. São muitos a afiar as facas. Esses, para a semana, terão mais noventa minutos de esperança, enquanto a nosso Benfica tentará ultrapassar mais obstáculos."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

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