"Diz-se por aí, especialmente por parte dos nosso clássicos adversários, que se aproxima o descalabro para o Benfica esta época. Da minha parte, concordo com o Luís Fialho: podemos facilmente ceder o título de campeões da pré-temporada a qualquer um dos nossos adversários! Qualquer um!
Tal como podemos explicar que um clube da dimensão do Benfica tem a obrigação de ser financeiramente responsável e de operar num mercado global altamente competitivo garantido as condições financeiras necessárias à estabilidade e ao superior interesse do clube. É por isso que não basta gritar aos quatro ventos que não se devia vender jogadores, ou, como ouvi de alguns ex-dirigentes encarnados esta semana, que seguindo este trilho se aproxima 'o descalabro'.
Já neste espaço defendi que têm necessariamente de ser criados mecanismos jurídicos e de cooperação capazes de imprimir alguma dose de fair-play financeiro e equilíbrio nas contratações no seio do mercado futebolístico, mal terminam os respectivos campeonatos nacionais.
Porém, enquanto tal não suceda, temos de agir (e reagir) com o que temos. E, quanto a este ponto, penso que Luís Filipe Vieira tem agido ponderadamente, aliando a grandeza do coração benfiquista ao realismo pragmático de um homem habituado às lides da gestão empresarial. Uma entidade, qualquer que seja, que actue num mercado global e altamente competitivo como é o futebol, não se pode fechar sobre si própria, ignorando os ímpetos do mercado, dos concorrentes, dos círculos financeiros e (arrisco-me a dizer) do próprio peso psicológico que tal dimensão tem sobre os jogadores profissionais. É irrealista mantermo-nos no nosso canto, ferozes, a defender que tudo devia ter ficado na mesma. As coisas, pura e simplesmente, não funcionam assim. Contas feitas, dúvidas desfeitas! Basta olhar à nossa volta!
De resto, o Benfica precisa de tempo de qualidade que permita a Jesus afinar hábitos."
André Ventura, in O Benfica
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