"1. «A Noite e o Riso» é um belo romance de Nuno Bragança. Nele li pela primeira vez a expressão «a lucidez do riso».
2. Se me chamassem mentiroso com todas as letras, poderia dar-me vontade de rir mas não estaria lúcido. Das duas, uma: ou a acusação era por sua vez uma mentira, o que me causaria indignação; ou era verdadeira e provocar-me-ia embaraço e até vergonha. Riso é que nunca. A menos que fizesse da mentira um divertimento, o que é de garotos; a menos que fizesse da mentira um hábito, o que é de canalhas.
3. Não digo riso, mas um sorriso: o Azeiteiro-da-Cabeça-d'Unto promete abandonar a arbitragem se o Mundial correr bem. Vai correr, certamente. Deus (se é que ele existe, coisa que duvido muito) na sua infinita misericórdia não deixará que se perca uma tão boa oportunidade de tornar o futebol um jogo mais agradável.
4. Entretanto, o Senhor-de-Cócoras na sua infinita inconsistência (???) já se dá ao luxo de participar em eventos promovidos por clubes. Não será isto contra todas as regras de isenção? Que importa? No pântano do futebol português estar de cócoras é uma benção."
Afonso de Melo, in O Benfica
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!