quarta-feira, 30 de abril de 2014

Arquivado, mas...


Infelizmente o futebol está repleto de corruptos. Em Portugal, na UEFA, na FIFA... As máfias das apostas parecem invisíveis em Portugal, mas eles andam por aí... Doping em dose industriais... Entre muitas outras coisas, que nós adeptos, não merecemos.
Mas existe algumas diferenças entre os corruptos internos, e os pavões da UEFA (e da FIFA). Enquanto em Portugal, chamar corrupto (ou outra coisa parecida...) a um corrupto na cara, é recebido na maioria das vezes com indiferença, ou mesmo orgulho... Na UEFA, eles ainda têm algumas preocupações com as aparências!!! Quando acusados publicamente, ficam incomodados... e quando são desmascarados, tremem...
Se o Benfica tivesse ficado calado com esta tentativa de castigar o Enzo: o Enzo tinha sido castigado. Se em Portugal, não tivesse havido uma reacção imediata da comunicação social (especialmente da A Bola... sou critico em muitas ocasiões, mas desta vez tenho que elogiar a atitude da redacção da A Bola, e nós sabemos que A Bola, é lida atentamente em Nyon!!!), se os Benfiquistas não se tivessem mobilizado, nas redes sociais (e em Nyon, à porta da UEFA), muito provavelmente o Enzo tinha sido impedido de jogar.

Mas todo este folclore serviu pelo menos para confirmar mais uma vez, o tratamento rasteiro, que alguns dão ao Benfica. Ontem o Santolas, mais uma vez, resolveu armar-se em paladino do anti-Benfiquismo e 'exigiu' o castigo do Enzo... mas não pediu o castigo do Chiellini!!!

Agora, não se pense que o pior já passou... Já vi muitos jogos da Juventus, para saber que para eles 'vale tudo' para ganhar... e amanhã vai ser preciso, uma equipa muito personalizada do Benfica, para sair de Turim com a qualificação para a Final... No jogo da semana passada, na Catedral, descrevi uma reacção patética do banco da Juve, a um suposto erro do Turco na Luz (depois de todos os erros efectivos que os beneficiaram)!!! Amanhã, essa pressão será ainda mais descarada... e o Inglês que foi nomeado, apesar de à partida não fazer parte dos piores, também ainda não me convenceu...
Por tudo o que fizemos esta temporada, estou convicto que vamos honrar as nossas camisolas. A mensagem antes do jogo é simples: concentração, inteligência, garra, e ambição... O jogo de ontem do Real em Munique, até pode facilitar a compreensão: ontem foram os jogadores da casa, que entraram nervosos, depois dos seus dirigentes, terem tentado incendiar o ambiente... Amanhã, só temos que ter a mesma atitude, sabendo que marcando um golo, temos tudo para triunfar.

Não resisto a deixar o meu bitaite técnico-ou-táctico: se eu fosse o treinador, escolhia o André Almeida para jogar ao lado do Enzo!!! Não tenho nada contra o Rúben, bem pelo contrário, mas o nosso '6' amanhã, vai ter muitos confrontos físicos com o Pogba... e para esse papel, o André parece-me mais qualificado.

Senhor Roubado e Anfield Road

"Do final da Calçada de Carriche até ao mítico estádio do Liverpool vai a distância entre a história que esteve na origem do Senhor Roubado e a história que Anfield Road transporta do clube dos Reds.
Com as épocas futebolísticas perto do fim, por cá ainda alguns (cada vez menos, diga-se) insistem na teoria aritmético-conspirativa dos erros de arbitragem unilateralmente apreciados e, na ausência de contrafactual, ousam imaginar resultados, classificações e taças diferentes. Por lá, na Velha Albion assistiu-se, no domingo, a um jogo de um notável índice de competitividade, em que a sagacidade de Mourinho bateu a generosidade do seu ex-colaborador e agora treinador do Liverpool Brendan Rodgers, pelo que, no fim, o Liverpool não pôde saborear a vitória que seria uma via verde para festejar a Premier League.
Por cá, a conspiração, a inveja, a desculpa. Por lá, a competência, a ousadia, a responsabilidade.
Lá, em Anfield Road e apesar da derrota comprometedora, os indefectíveis adeptos continuaram a aplaudir a equipa e a cantar You'll Nerver Walk Alone.
Cá, o senhor Roubado (agora escrevo senhor com minúscula para não confundir com o Menino Jesus Roubado da Igreja de Odivelas em 1671 e que está na origem daquele nome) continua a estar no subconsciente de quem tem dificuldade em aceitar a supremacia dos outros.
Dirão os mais distraídos que é apenas uma questão geográfica: Anfield Road, onde se espera à 24 anos, versus a estação do Metro do troço Campo Grande/Odivelas que dá pelo nome sugestivo de Senhor Roubado, onde parece não haver tempo para saber esperar. Será?"

Bagão Félix, in A Bola

terça-feira, 29 de abril de 2014

Final em Turim sem a Juventus?


"A UEFA é fantástica. E trabalha bem. E depressa. Bastou uma reclamação da Juventus - esse paladino do fair-play - para que em Nyon se antecipasse em uma semana a reunião do Comité Disciplinar para julgar um lance, envolvendo Enzo Pérez, descortinado numa repetição televisiva do recente Benfica-Juventus. Não há memória de tanto zelo por parte da organização presidida por Michel Platini (que bela carreira fez ele pela Juve, 147 jogos, Bolas de Ouro, campeão europeu no Heysel Park...), que concedeu ao Benfica 24 horas para apresentar defesa. Provavelmente, bastaria aos encarnados, se tivessem tempo, mostrar mil lances daqueles que não receberam qualquer reparo a posteriori da UEFA. Em tempo útil, é duvidoso que o consiga...
Sejamos absolutamente claros. À UEFA não basta ser séria. precisa parecê-lo. E esta decisão em cima da hora, que objectivamente pode favorecer a Juventus, que por acaso tem por estádio a sede da final da presente Liga Europa, cheira a esturro à distância. Como se não bastasse terem enviado a Lisboa, para dirigir a primeira mão, um dos árbitros de maior confiança do italiano Pierluigi Collina, surge agora esta tentativa atabalhoada (mas, se calhar, eficaz, porque a justiça de Nyon nunca se prendeu com pormenores como a equidade ou os precedentes...) de tirar Enzo Pérez do jogo de Turim.
A vitória do Benfica sobre a Juventus, na passada quinta-feira, foi mal digerida pelos italianos que pareceram surpreendidos por verem posta em causa uma eliminatória que davam por garantida. Provavelmente por ter uma boa equipa - a caminho do terceiro scudetto consecutivo - que jogou bastante bem em Lisboa, aliás, à Vecchia Signora nunca passou pela cabeça falhar a final marcada para o seu estádio. Porém, esse cenário passou a tomar forma após a desvantagem na Luz, que só não foi pior porque o apito do turco Cuneyt Cakir teve um problema técnico, ficando sem som, quando Cáceres fez uma falta claríssima sobre Enzo Pérez, dentro da área bianconera, num lance que poderia dar o 2-0 para o Benfica. Já alguém imaginou o que seria uma final da Liga Europa, marcada para o estádio da Vecchia Signora, entre o Benfica e o Sevilha ou o Valência?
Do ponto de vista do clube italiano, que depois de ter sido despromovido à Série B em 2006 pelo pior caso de corrupção de que há memória no futebol - o calciocaos - tem vindo a regenerar-se e aponta agora aos holofotes da UEFA, seria uma tragédia. E do ponto de visita da UEFA? Manda o politicamente correcto que se diga que a UEFA não tem, nessa matéria, ponto de visita. Manda o senso comum que se diga que uma final em Turim sem a Juventus seria como ir a Roma e não ver o Papa."

José Manuel Delgado, in A Bola

Arrogância e despudor

"1. O futebol italiano vive em sobressalto. Encara como uma ignomínia que o seu ranking da UEFA possa ser superado pelo de um pequeno e arruinado Portugal. Para eles, tetracampeões mundiais, seria o auge da humilhação. Por isso, fazem cálculos às milésimas e concluem que, neste preciso momento, temos 0,455 de vantagem porque na próxima época deixarão de contar os pontos acumulados em 2009/10. Uma só frase de La Gazzetta dello Sport basta para avaliar o drama: «Fomos alcançados na classificação pelos portugueses, que nem sequer deveriam estar à altura de atar os atacadores das nossas chuteiras.» Parente este quadro tão chauvinista, é de crer que não faltarão milhares de preces à Virgem do Loreto para que quinta-feira a Juventus elimine o Benfica e conquiste a Liga Europa na final de 14 de Maio. Mais valia que as suas preocupações incidissem sobre a situação alarmante a que chegaram: só 34 por cento das transferências são feitas a título oneroso; a idade média dos jogadores é a mais elevada da Europa; os estádios (propriedade dos municípios em mais de 90 por cento) ameaçam ruína; vários clubes estão à venda ou já foram vendidos (Roma e Inter) e outros como o Milan procuram sócios endinheirados...
2. O futebol não merece os dirigentes que tem, gente corrupta e desonesta, desde logo nas altas instâncias da FIFA e UEFA. Platini lançou o pânico nos clubes europeus ao anunciar urbi et orbi a criação de um fair play financeiro que excluísse das competições europeias os clubes que contraíssem dívidas excessivas e passivos incapazes de pagar. O ano passado o Málaga e o Besiktas já pagaram por isso. Esperava-se que agora fosse a vez do PSG e do Man. City, mas não. Basta ver o que diz o roi: «Se esperais lágrimas e sangue ficareis desiludidos. Haverá penas duras mas não a exclusão das provas europeias»! Vejam até onde vai a hiperbólica falta de vergonha destes senhores a quem estamos entregues. A justiça para os pobres é uma e para os ricos é outra. Tudo isto é um enorme bluff."

Manuel Martins de Sá, in A Bola


Uma velha Julieta e um Romeu negro

"O interesse da Juventus em Eusébio em 1962 foi um caso que encheu páginas de jornais. Dinheiro grande! Dinheiro gordo! Vinte mil, trinta mil, cinquenta mil, cem mil contos!!!!

JUVENTUS outra vez. A semana passada falei daquele golo extraordinário de Eusébio à Juventus em Turim para a Taça dos Campeões, um pontapé quase de meio-campo, livre directo e imparável. Isso em 1968. Hoje falo da paixão que a Juventus sempre teve por Eusébio. Talvez não tão grande como a do Inter, e do histórico presidente Moratti, mas uma paixão que durou anos a fio.
Franklin Foer: jornalista norte-americano, editor no «New Republic», escreveu um livro interessantíssimo - «How Soccer Explains the World».
Franklin Foer: «A Juventus é conhecida pela alcunha da 'Velha Senhora', um nome estranho para uma equipa governada com tanto estilo por Gianni Agnelli. Exceptuando algumas 'estrelas' estrangeiras de grande qualidade que lhe deram, em certas ocasiões, uns laivos de futebol espectacular, a Juventus tem um estilo de jogo que não é mais do que a extensão dos seus maçadores uniformes pretos e brancos. A sua obsessão por tácticas defensivas deixa uma pequena margem para o erro e muito na mão dos árbitros».
Ah! Quem diria?
Por isso a Juventus é das equipas mais detestadas no Mundo. Sempre envolta em escândalos, em polémicas, condenada a descer de divisão por via de resultados combinados. Uma mancha muito negra num emblema a preto e branco.
A Juventus está aí, a jogar com o Benfica outra vez. E está também na memória de muitos de nós.
Por isso recordo. Recordo a paixão intensa de uma velha Julieta pelo Romeu negro Eusébio.
Vamos até 1962, por exemplo...

A propaganda italiana saiu de graça
FEVEREIRO. Fevereiro de 1962.
O Benfica era convidado para jogar em Itália, frente à selecção italiana. Cachet: 700 contos; despesas de deslocação e estada pagas para vinte pessoas durante três dias. Valores impressionantes. O jogo fica marcado para Milão, no dia 14 de Março. Os italianos vão ver Eusébio ao vivo. Afiança a imprensa que emissários da Juventus e do Inter estarão presentes, talvez com propostas em branco no bolso dos casacos.
Uma súbita febre de milhões parece trepar no mercúrio dos termómetros da Juventus, do Inter e dos jornais italianos e portugueses.
Como distinguir a verdade da mentira; a realidade da mistificação?
«Vinte mil contos, oferece a Juventus por Eusébio», diz-se à boca cheia.
Maurício Vieira de Brito, presidente do Benfica: «Fantasia. Nada mais do que fantasia. Já ouvi de tudo: oito, dez, quinze, vinte mil contos. Pois eu digo: o Benfica exige cinquenta mil. E se continuam com essa história, nada me custa passar para cem mil».
A Juventus desmente. Desmente de forma categórica.
Mas a seguir já não desmente tão categoricamente.
Depois, confirma. Finalmente revela, com requebros de Velha Senhora: tem interesse em Eusébio, mas Eusébio é caro demais.
Entretanto deixa correr tinta numa jogada publicitária. É um dirigente do clube de Turim, Barone Mazzonis, que confessa a estratégia: «Tenho que reconhecer que sim, que a Juventus gostaria de assegurar o concordo de Eusébio porque sabemos que se trata de um grande jogador. Mas não fizemos junto do Benfica nenhuma tentativa para negociar a sua transferência. O facto de os jornais portugueses, franceses, ingleses, espanhóis e italianos afirmarem que a Juventus está disposta a pagar vinte mil contos por um jogador, constitui uma tremenda propaganda para o nosso clube, pois só um clube muito rico e muito poderoso poderia pagar tão importante soma por um futebolista. De mais a mais, é uma propaganda que não nos custa um centavo. Logo, por que haveríamos nós de nos dar ao incómodo de o desmentir? Falem de trinta, quarenta, ou cinquenta mil contos. Quanto mais, melhor! Não mexeremos um só dedo para o desmentir».
Valores extremos para um tempo de pobreza. Eusébio no topo do Mundo. Namorado por uma senhora velha e rica..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Coragem, união e determinação

"Não existem receitas mágicas para se concretizarem objectivos. Mas que existe magia no Benfica, lá isso existe! Sociologicamente, a articulação dos factores sociais é um incógnita. Nada melhor do que a metáfora da Fig.I.
(-Você não tem vergonha de gostar destas músicas?
- Teria vergonha se deixasse os outros controlarem o que eu gosto.
...)
Psicologicamente a resiliência define-se como a capacidade que uma pessoa tem de interagir com os problemas, superando obstáculos ou resistindo à pressão de situações adversas sem que isoo lhe provoque caos psicológico.
Essa relação passa obrigatoriamente pela tomada de decisões emergentes da dicotomia entre a tensão envolvente do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam capacidade na pessoa para enfrentar a adversidade.

Contextualização, percepção, força, psicológica, capacidade de análise e entendimento persistência, vontade, anti-depressão, sorte e principalmente, coragem, 'lots and lots' de coragem!
Os parabéns são endereçados a todos sem excepção, mas que existe um, ou dois, que os tem bem colocados no lugar correcto, isso ninguém poderá negar!


E pluribus unum
Literalmente quer dizer «De muitos, um'.
Analisado por outro prisma, significa que as partes permitiram a existência de um todo único! As partes fomos todos nós, sem excepção e o todo único, é, obviamente, o Sport Lisboa e Benfica.
E curioso observar que o Grande Selo dos Estados Unidos, (em Inglês, Great Seal os the United Stades) que é utilizado para autenticar determinados documentos emitidos pelo governo dos Estados Unidos, ou seja, o equivalente ao nosso selo branco, tem o desenho que reproduzimos:
Lá está a inscrição E PLURIBUS UNUM.
Ninguém pode ficar indiferente ao reconhecimento que para as gerações vindouras, possa ficar aqui escrito no nosso Jornal para todo o sempre.
Qualquer leitor futurista, que leia, seja em que momento, forma ou modo for, terá acesso a esta frase indesmentível!
O Benfica foi Campeão Nacional de futebol de 2013/2014 e fica a devê-lo a todos os Benfiquistas, todos sem excepção, parafraseando o presidente: 'A vitória é de todos, mesmo dos que não acreditaram.'
Isto é o Benfica!
Uma lição para o presente, retirada do passado e com uma lança no futuro.
Nunca nos poderemos esquecer que somos todos diferentes, mas simplesmente, somos todos iguais numa coisa - no Benfica!
O momento em que sentimos que fazemos parte da mesma comunhão, esse é o momento mágico! Mítico!
Jamais nos poderemos esquecer que a luta continua e temos de continuar a 'batalhar' e a viver em função dessa luta e dessa crença. Os tempos que se avizinham não serão fáceis, mas creio que todos aprendemos com os nossos próprios erros cometidos.
Para a história ficará a bravura de um conjunto de Homens, pertencentes ao tal todo que sempre irei defender até à morte!
Há muito a aprender na vida e jamais alguém poderá dizer que é dono da verdade eterna e definitiva.
Mas existe uma verdadeira indesmentível - o Sport Lisboa e Benfica é afinal o que nos une, mesmo perante aqueles que não acreditaram!
Mas que eles existiram um, ou dois, que os tiveram bem colocados no lugar correcto, isso ninguém poderá negar!
A última diferença do Sport Lisboa e Benfica é que de todos rezará a História!
É isso que nos faz ser Benfica! Sempre!"

Pragal Colaço, in O Benfica

A cigarra e a formiga

"Filipe Vieira lutava e Pinto da Costa ironizava: primeiro, elogiou os «olheiros» do Benfica depois, deu chama à novela Jesus, cantando as virtudes do treinador encarnado.

OS bons resultados esfumaram-se e a confusão instalou-se na família do dragão. Julgo que ainda não se chegou à gritaria, mas o mal-estar é iniludível. Não só de agora, note-se. Os mais avisados pressentiram que transformação significativa estaria iminente em função da ostentação da cigarra, promovida pelo FC Porto, e do labor da formiga, desempenhado pelo Benfica, como na fábula. O que se pretendia proclamar como »princípio da imortalidade» tudo a leva a crer que tenha os dias contados, dando fôlego aos que sugerem o fim de um «ciclo» e o início de outro, justificando-se as aspas por causa de novas teorias sobre o verdadeiro significado do vocábulo. É por isso que prefiro a expressão «fim do império», no sentido da derrocada de um edifício que o poder de influências ergueu e o mérito desportivo manteve de pé. Como este emite claros sinais de debilidade verifica-se que, afinal, por debaixo dele, pouco se enxerga de suficientemente forte para amparar. os tais alicerces à prova de fenómenos da natureza que o projecto encabeçado por Antero Henrique, sob a bênção de JNPC, amparado na competência, no rigor e na disciplina, talvez não seja o que se pensava: nem tão competente, nem tão rigoroso, nem tão disciplinado. Beneficiou, sim, ao longo dos últimos anos, de uma conjuntura favorável à qual o «formigueiro» da Luz se tem oposto, com muita discrição, imenso sacrifício e cada vez mais segurança em cada passo que dá.

EM declarações à Renascença, António Figueiredo, antigo vice-presidente benfiquista, concordou com a aproximação do final do «ciclo» do FC Porto, o terceiro que testemunha: o do Sporting dos cinco violinos foi o primeiro e o do Benfica europeu o segundo. Adiantou também tratar-se de situação normal, desejando, dada a sua filiação clubista, que o seguinte liderado pelo emblema da águia.
À TSF, José Guilherme Aguiar, no tom ponderado que o define, reconheceu a má temporada portista e admitiu a eventualidade de uma transição de «ciclos». No entanto, colocou o acento tónico na hegemonia portista e essa não será beliscada pelo sucesso alheio, a não ser, sublinhou, que quadro idêntico ao actual se repita por vários anos, hipótese que rejeita.
Posição aproximada expressou Octávio Machado na Antena 1, com o senão de ver na linha de tiro da sua crítica o grande líder, considerando deselegante dizer-se que quando se ganha «é o Pinto da Costa» e quando se perde «são os jogadores, o treinador e os dirigentes».

POIS é, enquanto no «cigarreiro» do dragão se desfrutavam as mordomias geradas pela hegemonia futebolística e que aludiu José Guilherme Aguiar, no «formigueiro» da Luz, ou do Seixal, como se quiser, Luís Filipe Vieira projectava uma estrutura moderna e preparada para vencer os desafios de futuro, investindo em ousado plano a partir dos escalões de formação, com resultados já bem visíveis, embora pouco valorizados, ao mesmo tempo que dotava a área profissional de condições de excelência, no patamar dos mais ricos e poderosos.
Filipe Vieira lutava e Pinto da Costa ironizava: primeiro, elogiou o desempenho dos «olheiros» do Benfica a propósito dos «desvios» de Danilo e Alex Sandro, de Falcao e James Rodríguez; depois, deu chama à novela Jesus, nunca se cansando, de viva voz ou por terceiros, cantar as virtudes do treinador encarnado, em mal amanhado namoro de efeitos perversos.

VIEIRA aprendeu depressa com os próprios erros e nunca abdicou do seu caminho. Apenas foi agilizando a progressão.Sabe que para concretizar a sua enorme empreitada falta-lhe a última e mais sensível fase que visa recolocar a águia na rota dos títulos e das conquistas e devolver-lhe o lugar que lhe pertence por força da história: entre os grandes da Europa e do Mundo. Há comando, há equipa, há treinador, há tudo quanto é preciso para triunfar em todas as frentes. Era assim ontem e será assim amanhã: eis o Benfica de Vieira!"

Fernando Guerra, in A Bola

Benfica notável a jogar com dez

"Não pode deixar de ser curioso pensar que o Benfica, nos seus dois mais recentes sucessos no confronto com o FC Porto, impressionou mais a jogar com dez do que a jogar com onze. Tanto mais que em ambos os jogos, um na Luz e outro no Dragão, esteve em cada um deles cerca de uma hora em desvantagem numérica e utilizou sistemas diferentes para encarar e vencer essa enorme contrariedade.
Na Luz, o Benfica precisou de ser uma equipa de ataque para poder marcar os dois golos de que precisava para eliminar o FC Porto na meia final da Taça de Portugal; no Dragão, o Benfica soube ser uma equipa superdefensiva para evitar que o FC Porto marcasse na meia final da Taça da Liga.
Em ambos os casos, o Benfica eliminou o FC Porto. Apesar de ter apenas dez jogadores, marcou os dois golos na Luz de que precisava para se qualificar para a final; e embora tivesse apenas dez jogadores no Dragão controlou toda a segunda parte e impediu que o FC Porto marcasse, levando a decisão para onde queria: os penaltis, que lhe viriam a ser favoráveis.
Os dois diferentes sistemas arquitectados por Jesus foram, de facto, notáveis e a verdade é que se torna difícil escolher qual o que mais devemos elogiar, se a surpreendente dinâmica ofensiva da equipa da Luz, se a excelente qualidade e solidez defensiva, conseguidas à custa de duas linhas muito próximas, que bloquearam o ataque portista no Dragão.
Dito isto, algo de não menos decisivo nos dois jogos: mentalidade, diversidade e rigor na equipa de Jorge Jesus; Desorientação, previsibilidade e desunião na equipa de Luís Castro. E o que ainda impressionará mais nesta evidência é a maneira como, num ano apenas, tudo ficou no avesso."

Vítor Serpa, in A Bola

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Foi mais ou menos assim...

O Zé Manel pegou no Táxi, e meteu-se na A1...


... dirigiu-se ao nosso Salão de Festas...


... o local não cheira muito bem, mas lá para o fim da festa a música até não foi má...


... o nosso Zé não resistiu ao embalo, e abanou o capacete!!!


As más-linguas dizem que a meio do jogo, o Zé Manel foi ao mijatório... fez um pequeno desvio a Gulpilhares, e limpou a casa do Cigano!!! Mas eu não acredito nisso!!!


O Maxi gostou da dança, e os restantes Benfiquistas acompanharam...


No final, houve algumas queixas de atentado ao pudor (o próprio Zé Manel ficou intrigado com as inclinações do Santo Ressuscitado!!!)...


... mas o pessoal não se importou, e acabou a Festa a cantar...


A meio da viagem de regresso, para os lados de Coimbra, o Zé Manel foi surpreendido!!! O Markovic (ainda tem dificuldades no português, e não percebeu que ontem, não havia forró...!!!), que tinha começado a correr logo após o último penalty, em direcção ao Marquês, tinha desaparecido entretanto... O Zé Manel encontro-o a correr no meio da A1 e deu-lhe boleia, senão tinha feito a viagem toda até Lisboa, a correr...!!!


E assim terminou mais um Domingo, passado em boa companhia... e com muita alegria!!! Só o Zandiga do Freixo, qual Bruxo de Fafe, é que não gostou muito!!!




 ... mas a melhor resposta aos Mestres da Cebolada, é a alegria genuína Benfiquista!!!

Nem assim, FC Porto!...

"Benfica lançadíssimo para a temporada de ouro que por um triz falhou há um ano. No outro polo: esta foi temporada de rotundo zero para o FC Porto (conquista da Supertaça, perante o V. Guimarães, está tão longínqua e, decerto, tem sabor a migalhas).
Na meia-final de ontem houve gritante confirmação dessa tremenda diferença entre os grandes rivais: o FC Porto, em sua casa, alinhando a sua melhor equipa e sedento de ao menos um êxito, foi incapaz de derrotar o Benfica que só 3 habituais firmes titulares colocou no onze inicial (Oblak, Siqueira, Lima) e teve menos um jogador durante uma hora... Aliás, por aí (10 contra 11 ao longo de uma hora, impondo-se o inferiorizado!), repetição do que, noutro jeito, então com firme superioridade benfiquista, aconteceu na Luz, para a Taça de Portugal...
Duríssimo para o FC Porto: a ironia de tudo ter apostado para ganhar a Taça da Liga que andara anos a ridicularizar (desde a final perdida para o Benfica, por 3-0, no estádio do Algarve). Nem assim, face à reserva que Jorge Jesus levou ao Dragão...
Jorge Jesus, o subitamente vilipendiado há um ano, tem enorme mérito: a estrutura táctica e mental do futebol benfiquista é... notável."

Santos Neves, in A Bola

domingo, 27 de abril de 2014

A caminho da Glória

Corruptos 0 (3) - (4) 0 Benfica

Já começam a faltar adjectivos para descrever a época desportiva de 2013/14 da equipa profissional do Sport Lisboa e Benfica!!! Estamos a escrever História, daquela que vai ser contada por todos nós, daqui a muitos anos, a quem não teve a sorte de assistir a estas exibições fenomenais, cheias de competência, qualidade, garra, ambição... Independentemente daquilo que acontecer na próxima quinta-feira em Turim, esta época, tenho a convicção, será memorável...
Ao passar pelas televisões neste rescaldo do jogo, parece que todos são unânimes: o Benfica venceu hoje, porque teve sorte, o Marco Ferreira ao expulsar o Steven, obrigou o Jesus a meter o Garay, e assim o Benfica fechou a sua baliza!!! Este Marco Ferreira é um maroto lampião!!!
Uma nota para os elogios ao Marco Ferreira: eu também acho que o Madeirense é dos melhorzinhos, mas... hoje por exemplo, depois de expulsar o Steven, mostrou uma condescendência enorme para os Corruptos, principalmente para o Alex Sandro, Danilo, Fernando e Mangala; isto depois no último Corruptos-Benfica ter perdoado duas expulsões claras a Fernando e Herrera. Mesmo, não sendo tão mau (corrupto) como os outros, parece que não é totalmente imune, ao 'encanto' Corrupto...!!!
Uma última recomendação para os Corruptos: já se tinha visto que com 10 para 11, durante 1 hora, o Benfica ganha; hoje ficou provado que com os habituais suplentes, com 10 para 11, durante 1 hora, o Benfica também ganha; sendo assim, acho que devem alterar a estratégia, quem sabe 9 para 11, ou mesmo 8 para 11 ?!!! Quem sabe, com uma destas combinações, talvez possam vencer...!!!
As opções não me surpreenderam, na minha antevisão do onze, só me enganei no Lima, jogava com o Djuricic... De resto, tudo normal. É óbvio que com estas opções, não podia ser o Benfica a dominar a partida, e/ou criar as grandes oportunidades, mas curiosamente nos primeiros minutos, até gostei da atitude da equipa... mas os Corruptos, começaram a criar perigo, aproveitando algum desacerto posicional na nossa defesa. Com a expulsão do Steven, fomos obrigados a recuar, perdemos capacidade de atacar, mas fomos extremamente eficazes a defender... Mas também temos que admitir: as movimentações ofensivas do nosso adversário, também não são muito fortes, portanto acabámos por fazer a nossa 'obrigação'!!!
Sim, é preciso sorte nos penalty's... mas, mais do que a sorte, é preciso atitude!!! Sim, atitude vencedora. Por isso é que existem equipas (principalmente Selecções!!!) que tradicionalmente perdem sempre nos penalty's!!! É preciso ter uma atitude positiva... porque a este nível, todos os jogadores tem qualidade técnica suficiente para marcar as penalidades... Por isso, desta vez, quando fomos para penalty's estava bastante confiante, enquanto os outros estavam todos com medo de falhar, nós queríamos ganhar... e isso, mais do a sorte, foi decisivo!!! A forma como a equipa reagiu aos falhanços do Garay, e do André Gomes, é outro indicador, tanto do espírito de união do grupo, como a tal atitude vencedora que paira sobre os nossos jogadores!!!
Não vai ser fácil arranjar bilhete para Leira, mas vou tentar arranjar, estive lá em 2009, naquele jogo onde enchemos o Estádio, com uma vitória difícil por 2-1 (com um penalty marcado pelo Jorge Sousa...!!!) perto do final!!! Mas mais uma vez, é preciso relembrar que nenhuma das Taças está ganha. O Rio Ave, tem um plantel competente, e que vai fazer os 2 jogos da vida deles, nestas duas Finais... A vitória por 4-0 na Luz, recentemente, é passado, não vai influenciar em nada os resultados das duas Finais... Um dos factores que vai, de certeza, equilibrar os jogos, é a falta de qualidade dos relvados!!! Podem achar que é um pormenor de menor importância, mas não é... o Benfica faz da circulação de bola, uma das nossas principais armas, e nestes relvados não é fácil passar e receber as bolas...
Depois de Turim, vamos poder definir o nosso calendário até ao fim da época, mas para já, sabemos que em Leiria e no Jamor, vamos pôr toda a carne no assador...; e com o Setúbal na Luz, e no antro Corrupto (novamente), é para rodar e descansar...

Juniores - 11.ª jornada - Fase Final

Raphael Guzzo
Benfica 8 - 2 Leiria

Goleada das antigas, num jogo que até deveria ter acabado com 9-1 no marcador: já o 1.º golo do Leiria nasce de um penalty inexistente; e o Benfica viu um golo limpíssimo anulado!!! Este apitadeiro, Luís Reforço, já tem um curriculum bastante vasto nos jogos da Formação do Benfica...!!!
Admito que temi o pior quando o Leiria reduziu para 3-2, foi uma espécie de déjà vu do jogo com o Leixões (permitimos o 3-3, após uma vantagem de 3-0)!!! Mas a equipa não perdeu a cabeça, manteve a pressão alta, e os golos foram aparecendo, com os adversários a não aguentarem o ritmo alto do nosso jogo...
Não podia acabar esta crónica, sem dar destaque ao golo do Guzzo e ao golo do Nuno Santos, em pouco mais de 3 minutos, o Benfica marcou dois golos da antologia!!!

Benfica..........26
Braga.............24
Corruptos........21
Sporting.........20
Oeiras............11
Leixões...........8
Guimarães.......7
Leiria..............5

Justo e legítimo

"Jogo com a Juventus foi digno de Champions e mostrou a excelência técnica e táctica do Benfica e a qualidade dos seus jogadores.

1. O Benfica conquistou, com todo o mérito, o seu trigésimo terceiro título nacional. Foi uma conquista justa e legítima. Justa como bem afirmou o Presidente do Conselho de Arbitragem Vítor Pereira. Legítima em razão do momento em que já foi alcançada e em face do conjunto de provas em que está, ainda, envolvido. E se dúvidas existissem - o que não acredito! - elas teriam sido dissipadas depois do enorme jogo da passada quinta feira no Estádio da Luz. Jogo digno da Liga dos Campeões. E que mostrou a excelência táctica e técnica do Benfica e a qualidade dos seus jogadores. Que a Europa está a ver e a rever. Para nossa angústia desportiva e felicidade económica-financeira. Esta terrível contradição destes tempos modernos. O Benfica está a fazer, uma vez mais, uma época extraordinária. Conquistou, repetindo, a presença na final da Taça de Portugal e num ano em que o Estádio Nacional atinge uma idade bem adulta. Merecendo páginas e fotografias, com respeito pelos seus autores, de recordação! Luta, neste domingo, pela presença, outra vez, na final da Taça da Liga. Competição que alguns menorizaram durante alguns anos. E não esquece mesmo (e nada!) que, na próxima quinta feira, Dia do Trabalhador, disputará, em Turim, e frente À forte equipa da Juventus, a presença, o que seria repetente, na final da Liga Europa. O que lhe permitiria o regresso, surpreendente para parte da Europa e da UEFA, a Turim e à mesma Arena! E pelo que lemos e escutamos a partir de Itália, e após a vitória suada na passada quinta-feira, os conhecedores do futebol exigem uma atenção bem mais cuidada do Benfica, seu treinador e seus jogadores. O que eram favas contadas passou para um osso duro de roer. Coisas que o futebol potencia e proporciona em noventa minutos!

2. A festa do Benfica foi bonita. Foi uma festa sentida e partilhada. Vivida e reconhecida. Foi uma festa em múltiplos lugares e com idênticos sentimentos. Foi uma festa bem organizada e com instantes únicos de partilha. Aquela descida do autocarro é um acto de proximidade que toca e que nos leva a acreditar que o prazer é sempre legítimo. Foi uma festa, ainda, e como vimos, com muita alegria e um imenso entusiasmo. E foi uma festa, ainda, e como vimos, com muita alegria e um imenso entusiasmo. E foi uma festa com memória. A evocação por parte de Luís Filipe Vieira, no seu curto e comovido discurso, de Eusébio e de Mário Coluna foi um acto de consciência. E a consciência, como escreveu Quintilliano, «vale por mil testemunhas». Mas ali estavam, em júbilo, muitos e muitos milhares de testemunhas. E muitas delas e muitos deles nunca viram jogar nem Eusébio nem Mário Coluna. Mas sabem bem que foram dois dos maiores jogadores do Benfica e que partiram neste arranque de 2014. E para este Benfica, e ainda bem, «a memória é essencial»!

3. (...)

4. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

Uma vitória à campeão

"Benfica começou bem e terminou melhor.
Com o título fresco na bagagem, os encarnados cumpriram o seu primeiro teste nessa qualidade de campeões e fizeram-no com acerto e determinação. Uma vitória sempre importante sobre a poderosa Juventus (2-1), à custa de uma entrada fulgurante e de uma saída também ela heróica. Pelo meio, ficou uma vez mais provado que a formação italiana é concorrente de respeito.
Já de si virado para uma atitude mais ofensiva, o Benfica mais se galvanizou com o golo madrugador de Garay (2'), na sequência de um canto, chegando nesse período inicial a confundir o adversário. Sulejmani e Siqueira, na esquerda, e Markovic, no outro flanco, carrilaram muito jogo atacante e a reacção da Juve, que não contava com tamanho atrevimento, demorou a surgir.
Mesmo sem Fejsa nem Gaitán - já para não falar de Sílvio e Salvio - tinham sido 20/25 minutos de intensidade encarnada. Contudo, o quinteto do meio-campo italiano, bem comandado por Pirlo, passou então a controlar e a subir mais no terreno, com Pogba, sobretudo este, e Asamoah nos flancos e com o apoio mais no meio de Lichsteiner e Marchisio.
Então sim, a Juve deu um ar da sua graça nas acções ofensivas - até aí de fraca monta - através da acção de Vucinic e, em especial, de Tevez, este a assinar um lance de muito perigo anulado in extremis por Artur, numa das raras vezes em que, na primeira metade, o guardião da Luz seria chamado a intervir. Algo que conheceria radical mudança na parte complementar.
De facto, no 2º tempo, os italianos carregaram ainda mais e o Benfica viu-se obrigado a recuar, sentindo cada vez mais dificuldades em anular o opositor. A falência de André Almeida, no meio, trouxe problemas para o seu parceiro de sector, Enzo, e, afinal,para todo o conjunto. À retaguarda, os laterais tentaram compensar, vendo-se então Maxi a flectir com mais frequência para o eixo, desguarnecendo o flanco.
Foi por aí que a Juve apostou no ataque, depois de o ter feito preferencialmente pela direita, na 1ª parte. À segunda vez, o espaço concedido por Maxi naquele corredor permitiu a Asamoah fazer a assistência para Tevez. O argentino, ao seu jeito, ludibriou Luisão e empatou o jogo (73'). Parecia tudo consumado, ainda por cima frente à Juve, cuja retaguarda não tem por hábito facilitar.
Nessa altura, já André Almeida, feito trinco, tinha rendido Sulejmani, reforçando o bloco defensivo, enquanto Lima substituíra Cardozo, na frente. O empate fez soar o alarme e Jesus foi lesto a agir de novo, não tendo dúvidas em apostar ainda mais no ataque. Tirou então André Gomes, que tinha sido desviado para a direita, para fazer entrar Ivan Cavaleiro, que, por seu turno, trocou de flanco com Markovic.
Assim rearrumada, a equipa encarnada ganhou nova alma e voltou a pegar no jogo, enquanto a Juve terá subestimado o adversário. Da conjugação destas duas atitudes nasceu o segundo golo do Benfica, numa assistência de Cavaleiro para o tiro de Lima que fuzilou Buffon. Estava feito o resultado da partida, embora algumas falhas de parte a parte ilustrassem ainda a parte final do ajuste.
Foi um triunfo que o Benfica fez por merecer. Quer na forma como abordou o jogo, quer na maneira como o concluiu, não se deixando abater com o golo da igualdade. Esta capacidade de os encarnados se reerguerem perante a fatalidade que se anunciava, e logo frente a um opositor de peso como a Juve, foi o aspecto que mais marcou a sua actuação.
Um resultado escasso, que, naturalmente, não dá grandes garantias para o encontro da 2ª mão. Tivesse o juiz turco Cakir assinalado uma clara grande penalidade, por falta de Cáceres sobre Enzo, e a tranquilidade seria maior. Mas não se pode ter tudo. Para lá da vantagem de um golo, assim possa o Benfica ter também, em Turim, Fejsa e Gaitán, ou mesmo Salvio. Já era uma boa ajuda."

sábado, 26 de abril de 2014

Só mais uma !!!

Benfica 3 - 0 Fonte do Bastardo
25-18, 25-19, 25-19

Indiscutivelmente melhores... Fizemos um grande jogo, verdade. Mas esperava mais dos Açorianos, não sei se a derrota na Final da Taça de Portugal, a semana passada, com o Castêlo da Maia, teve algum impacto no animo da equipa deles... mas o mais importante é que o Benfica, não vacilou. Fomos mesmo implacáveis!!!
Este foi daqueles jogos, onde tudo foi feito com competência: serviço, recepção, distribuição, remate e bloco...
Mas nada está decidido, uma derrota nos Açores, e volta tudo à estaca zero...!!! Seria bonito sermos Campeões no Pavilhão da Luz, mas não me importa, mesmo nada, de celebrar à distância... além disso os Benfiquistas da Terceira, já mereciam uma grande festa na Ilha, já que apoiam sempre a equipa nas deslocações à Praia da Vitória. Espero que não se repita o bloqueio que se deu no último jogo nos Açores, onde tivemos o jogo na mão, é permitimos que o adversário se galvanizasse... com o apoio do público!!! Depois de todo o sofrimento e irritação do ano passado contra o Sporting de Espinho - a época dos 'dois títulos'!!! - estou desejoso por um Bicampeonato, o mais prematuramente possível!!!

Nas meias-finais...

Barcelos 71 - 75 Benfica
19-28, 27-11, 14-18, 11-18

Vitória muito complicada, após um 2.º período suicida!!! O jogo só ficou decidido nos últimos segundos, com o Benfica a demonstrar eficácia na linha de lance livre...
Com o regresso do Carlos Andrade, na minha opinião, não existe razão para uma rotação tão curta da equipa: tivemos 5 jogadores acima dos 30 minutos!!! Hoje, também perdemos a luta dos ressaltos, algo estranho para esta equipa...
Agora que venha as Meias-Finais: Algés ou Sampaense, neste está 2-1 para a equipa de São Paio de Gramaços!!!

PS: Já o disse anteriormente, gostaria de ver o Lonkovic no Benfica, hoje 23 pontos; 7 ressaltos...

Dormir... para acordar mais tarde !!!

Mealhada 4 - 8 Benfica

Mais um inicio de jogo desastroso, com o Mealhada a chegar ao 3-0 !!!  Esta equipa da Mealhada em casa, tem conseguido alguns resultados surpreendentes, por isso não havia razões para o Benfica ser apanhado de surpresa...!!!
Antes do intervalo, reduzimos para 3-1... Mas a 2.ª parte trouxe um jogo completamente diferente. É verdade que o Mealhada ainda fez o 4-2, mas depois só deu Benfica... Mesmo com os apitadeiros a marcarem penalty's e Livres Directos contra o Benfica em catadupa... mas o Trabal defendeu tudo!!! O jogo parecia 'preso' no 4-4, mas o Carlos López, conseguiu inventar alguns grandes golos, e o jogo ficou resolvido a nosso favor...

No próximo fim-de-semana temos a Final-Four da Liga Europeia. Como detentores do troféu, temos que dar tudo... mas jogar a Meia-Final, contra o Barcelona, no Palau Blaugrana, não será nada fácil. Acredito que o jogo será bastante diferente, da maioria dos jogos que temos em Portugal. Em Barcelona será o Benfica a jogar no erro adversário... mas temos que fechar a nossa baliza, algo que este ano não temos conseguido, e o Trabal na maioria dos jogos é um dos melhores no ringue!!!

Tremer que nem varas 'vermelhas'!!!

Benfica 21 - 20 ABC

Quando parecia que finalmente iríamos ter uma vitória confortável, a tremedeira voltou, depois de ao intervalo estarmos na frente por 15-10 (a maior vantagem foi o 14-7), em toda a 2.ª parte só conseguimos marcar 6 golos!!!
A equipa não está bem... qualquer coisa serve para entrar em bloqueio, hoje, mais uma vez, tivemos uma arbitragem incompetente, mas pelo menos chegou ao fim do jogo com 10 exclusões para cada lado!!! Mas não posso de achar absurdo a forma, como é permitido defender o nosso Pivot, que hoje não marcou um único golo!!! É um autêntico vale tudo...
Neste momento o título está longe, os maiores beneficiados por esta vitória são mesmo os Corruptos, que assim só tem que se preocupar com os Lagartos, que ainda andam entretidos com as competições Europeias!!!

Juvenis - 1.ª jornada - Fase Final

Aurélio Buta
Guimarães 0 - 2 Benfica

Jogo decidido na 1.ª parte, numa vitória esperada. Que ainda soube melhor, depois de se saber, do empate em Alcochete entre os Lagartos e os Andrades!!!
De todos os escalões de Formação, a nossa equipa mais forte, aquela que tem mais responsabilidades em conseguir o título, é esta. Na convocatória para o próximo Europeu de Malta - nesta categoria -, foram convocados, 12 jogadores do Benfica (o seleccionador ainda vai ter que dispensar 2 jovens, antes do embarque para a Malta). Aliás, creio mesmo que o principal entrave à conquista do título, pode ser mesmo o Europeu, que se vai realizar de 9 a 21 de Maio, interrompendo assim esta Fase Final, vamos ver como é que os nossos jovens regressam de Malta. A próxima jornada, é somente a 25 de Maio, se Portugal chegar à Final do torneio, não será fácil, recuperar os jogadores... Recordo que tanto na 1.ª, como na 2.ª Fase, esta equipa já teve algumas (poucas...) 'brancas', portanto todo o cuidado é pouco...

Benfica............3
Corruptos..........1
Sporting............1
Guimarães.........0

Entrada suicida !!!

Benfica B 0 - 2 Farense

O ciclo negativo continua. A máquina de fazer golos, emperrou!!! Início de jogo desastroso... e depois, quando quisemos ir à procura do golo (principalmente na 2.ª parte), fomos extremamente perdulários...
Várias ausências, creio que alguns vão estar na convocatória da equipa principal de amanhã, mas mesmo assim, não deveríamos ter facilitado tanto na entrada do jogo. Durante algum tempo os jogadores tinham o título da II Liga como claro objectivo, com os recentes maus resultados, a crença fugiu... mas os miúdos têm que perceber, que no Benfica, nada nos é oferecido, os adversários dão sempre o máximo, sendo que todos os jogos são para ganhar, mesmo a feijões.
Eu sei que isto é repetitivo, mas o Bernardo voltou a ser o melhor: nunca mais começa a próxima época para ver o Bernardo na equipa principal!!!
Uma última nota para mais um penalty descarado a favor do Benfica, que o Bruno Esteves, resolveu não assinalar!!!

Grande!

"Na noite da passada quinta-feira senti-me verdadeiro lampião. Quero com esta assombrosa confissão dizer que dei por mim a torcer pelo Benfica na meia final disputada com a Juventus como se fosse mesmo o meu clube do coração. Digo isto apesar de suspeitar que muitas das declarações públicas e politicamente correctas no sentido de garantir que nas provas internacionais mais não são do que o revestimento exterior de um diferente desejo íntimo. Tão íntimo como inconfessável. Tão inconfessável quanto mesquinho. Tão mesquinho que inconfessável. E esse é o de, lá no fundo, bem no fundo, também nesse dia se desejar o pior para o adversário de todos os dias. Mas estou certo que quem assistiu a esse desafio, qualquer que tenha sido o estado de espírito com que iniciou o jogo, não pode deixar de ter sentido um empolgamento pela forma como ele se finou. De alguma forma, esta exibição dos encarnados vale quase como um epítome de toda a temporada. Voltando a provar que a sua capacidade defensiva está num ponto verdadeiramente notável. Feiro ainda mais relevante por a natureza vocacional da equipa ser, naturalmente, atacante. Também serviu para nunca mais se discutir se Jesus é ou não um grande treinador. E também para, mais uma vez, se provar que vale a pena apostar na formação. As coisas são assim: o Benfica na época transacta não venceu nada quando poderia ter vencido tudo. Mas este ano voltou à mesma situação - com a diferença que ainda nada perdeu. Não há acasos nestas coisas. Mérito dos jogadores, sem dúvida, mas não menos do seu treinador. E de quem, contra a voz da turba, soube ser um verdadeiro líder, renovando a confiança do treinador na pior das horas. Aqui está o reto."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Obrigado, Jesus

"Jorge Jesus foi o melhor até na hora de ganhar. Quando o apito soou, no fim do jogo contra o Olhanense, houve a natural explosão de alegria nos quatro cantos do mundo onde vivem portugueses, e não só, apaixonados pelo Benfica. Isso é repetido e não constituiu novidade. São 33 títulos de campeão nacional, cada um com a sua história, e todos juntos são muito da nossa história.
Num clube onde treinadores húngaros ganharam o dobro dos títulos que treinadores portugueses, escutar Jorge Jesus foi o desmentido de todos o quantos o atacavam. Foi simples e natural, estava feliz e foi autêntico, dedicou o título um por um a todos, não esqueceu adeptos, colaboradores, jogadores e dirigentes. Dedicou e lembrou à nossa memória colectiva, honrou a nossa história e passou a fazer parte dela em letras gigantes. Eu que aqui tantas vezes o defendi nas derrotas e nos resultados menos bons, deixo-lhe o mais sincero dos obrigados.
É bom ir ao futebol, ver equipas treinadas por si. Não faz tudo bem, não faz sempre bem, mas é indiscutivelmente um dos melhores treinadores de futebol da história grandiosa do nosso Benfica.
Jorge Jesus pode, 27 anos depois, conseguir a dobradinha. Vencer no Jamor é tudo que lhe peço, na última dobradinha, não tinha sequer idade para votar.
No ano em que vimos partir Eusébio e Coluna, sentimos que o passado glorioso está amarrado a um futuro de igual dimensão, essa é a nossa maior alegria. Este título tem uma grande novidade, foi o primeiro visto por milhões na televisão do clube, ser campeão na Benfica TV é como festejar o Natal em Belém, reforça o sentimento de pertença e aumenta o orgulho de cantar o hino.
Somos mesmo de um 'clube ganhador' e vamos continuar a cantá-lo por muitos e muitos anos, contra ninguém mas apesar de muitos.
Com tantas limitações e uma arbitragem como a de ontem, sair vivo para disputar em Turim a presença na final é um feito."

Sílvio Cervan, in A Bola

Mas que grande jogo de futebol!

"Noite de gala na Luz. Jogo de altíssimo nível, frenético, emocionante, duas equipas que se encararam olhos nos olhos, em 90 minutos do melhor futebol que passou este ano por Portugal. Frente a uma Juventus que vai a caminho do terceiro scudetto consecutivo, o Benfica demonstrou organização, ambição e dimensão. Por isso vai a Turim com tudo em aberto. E com certeza de que os italianos pensavam que a final, que se joga no seu estádio, era como a pescada, que antes de o ser já o era, já mudaram de ideias.
Entre Lisboa e Turim o Benfica vai ainda fazer escala no Porto, onde discutirá com os dragões a presença na final da Taça da Liga. Na presente temporada, se há mérito que Jorge Jesus teve, foi o de saber identificar com cristalina clareza as prioridades para a equipa que dirige. Ganho o campeonato e com o Jamor ainda distante, nada deverá perturbar o sonho de repetir uma final europeia. Assim, sem menosprezo nem pelo FC Porto, nem pela própria Taça da Liga (competição que precisa de uma calendarização mais inteligente), o Benfica deverá apresentar no Estádio do Dragão uma equipa que não hipoteque as possibilidades de ser feliz em Turim. Sendo normal, note-se, que o FC Porto coloque toda a carne no assador e tente fazer da Taça da Liga um bálsamo que embora não cure, possa aliviar as mazelas de uma temporada mal construída, mal disputada e mal querida.
PS - Pode dizer-se que o inferno da Luz está de volta. A jogar em casa o Benfica transformou-se num temível adversário e na presente temporada aí foram derrotados, entre outros, FC Porto e Sporting (duas vezes cada), Paris Saint-Germain e Juventus. E não é por acaso que quase um milhão de pessoas foram à Luz..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Converteu-se!

"Não é muito normal ver-se um treinador celebrar um título como Jesus celebrou, no último domingo, no Marquês de Pombal.

O mais comum dos benfiquistas parece definitivamente convertido a Jesus. E o Benfica é sobretudo feito dos mais comuns benfiquistas. Jesus é, portanto, hoje, entre os mais comuns dos benfiquistas, o mais desejado treinador para a próxima época. E se perguntássemos aos mais comuns dos benfiquistas o que esperam, talvez digam que esperam que Jesus continue por muitos e bons anos. Ou, no mínimo, por mais um.
O que aconteceu, mais uma vez ontem na Luz, numa grande noite europeia de futebol, ainda mais gente converte a Jesus, por ser capaz de levar a equipa a enfrentar de peito aberto e coração na mão uma poderosa Juventus, mesmo não tendo o melhor jogador, Gaitán, o jogar que mais em forma começava a estar, Salvio, e o jogador que melhor equilíbrio vinha dando aos movimentos defensivos da equipa. Fejsa.
Apesar de tudo isso, o Benfica atacou, sofreu, reergueu-se e venceu um grande jogo de futebol e prepara-se para discutir até ao fim esta meia-final europeia frente a um adversário que deitará mão de tudo o que puder para não deixar fugir a final da competição que se joga na sua própria casa.
Quantos benfiquistas serão agora capazes de negar que Jesus é grande?!

NÃO é, por outro lado, muito normal vermos um treinador celebrar o título de campeão como celebrou Jesus o título do Benfica, no último domingo, sobretudo quando chegou à praça do Marquês de Pombal e parecia muito mais um adepto do que o líder técnico da equipa, como se viu, até, pela inesperada e surpreendente reacção das autoridades, quando o confundiram por causa daquele tremendo disfarce.
Apesar de ser um treinador de futebol e de tudo o que ele próprio se impõe como profissional - ele e todos os treinadores -, nunca foi segredo para ninguém o sportinguismo de Jorge Jesus. Mas agora, depois do que se viu no domingo, também ninguém deve ter dúvidas de que Jesus se converteu à Luz.
Foi uma invulgar explosão de alegria e uma invulgar forma de a manifestar.
Sendo verdade que se esperava que Jesus celebrasse o título de forma absolutamente vibrante - tendo especialmente em conta o que sucedeu na última época e depois de tudo o que ele próprio sofreu de contestação - também não precisava Jesus de ter ido tão longe na manifestação da sua imensa alegria.
Mas foi, e os benfiquistas gostaram, certamente, muito.

COM o Benfica campeão, é inevitável falar-se do que terão sido os momentos da época encarnada, o que foi mais decisivo, que histórias ficam a marcar mais o título da equipa de Jorge Jesus. Elege, nesta página, José Couceiro o empate do Benfica em Alvalade, à terceira jornada, como o momento mais dos encarnados. Foi na verdade um momento muito importante, mas haverá outros.
Os golos de Markovic e Lima, o deste já na compensação do jogo com o Gil Vicente, à segunda jornada, depois do mau arranque com derrota no campo do Marítimo, não podem deixar de ser considerados como momentos altos, porque ter perdido mais pontos naquela altura, e logo na Luz, poderia ter conduzido a contestação para níveis ensurdecedores.
Contestação vinda das bancadas que terá terminado de vez à quinta jornada, quando em Guimarães, Joege Jesus perdeu a cabeça para defender um adepto das garras das autoridades. Outro momento-chave da época benfiquista porque a partir daí Jesus ganhou definitivamente o apoio dos mais fervorosos seguidores da equipa.
O desaparecimento de Eusébio veio deixar, já este ano, a marca mais profunda no caminho encarnado. O adeus ao maior jogador da história do clube aconteceu precisamente antes do grande Benfica - FC Porto, a fechar a primeira volta, quando as duas equipas, note-se, tinham o mesmo número de pontos - 33.
Um jogo sempre muito importante.

CLARAMENTE tocada pela emoção daqueles infelizes dias, a equipa de Jesus vence por 2-0, como se sabe, e chega à vantagem com um grande golo de Rodrigo, ainda por cima um golo à Eusébio, obtido num remate fantástico, supersticiosamente apontado ao minuto 13 de que Eusébio gostava muito.
Enfim, místico.
Isolado pela primeira vez no comando da Liga - graças a essa vitória bem no final da primeira volta -, e conseguindo então três preciosos pontos de vantagem sobre o grande rival das últimas décadas, o Benfica ganhou asas.
E realmente voou.

PS: Garante-se, nos bastidores da Luz, que Jesus só não será o treinador do Benfica na próxima época se lhe surgir um daqueles chamados convites irrecusáveis do estrangeiro. Caso contrário, fica. Está convertido!"

João Bonzinho, in A Bola

Iniciados - 3.º jornada - Fase Final

Filipe Soares
Benfica 2 - 1 Corruptos

Mais um jogo agradável, com domínio total sobre o adversário... e que não deveria ter acabado com o sofrimento que acabou...!!! O Benfica marcou cedo, levou algum tempo a conseguir o 2.º golo - após grande trivela do Lamba, e cabeçada do Zé 'golos' Gomes!!! Mas já nos descontos, num livre lateral, após um saída infeliz do nosso guarda-redes, sofremos um golo... e os Corruptos, sem merecerem, ainda acreditaram durante 2 minutos que podiam empatar!!! Mas tudo acabou bem...
Três jogos, três vitórias, sendo que a deslocação teoricamente mais complicada, já foi ultrapassada (Alcochete)... uma vitória no próximo jogo, no Seixal, com o Sporting, garante matematicamente o título (mas uma derrota pode complicar muitas as coisas)!!! Se isso acontecer, na 4.ª jornada, a duas do final, será mais um momento de grande sucesso da nossa Formação.
É verdade que esta geração, é uma das equipas da Formação do Benfica, actualmente, com mais jogadores de origem Africana, portanto a evolução de vários destes jovens é uma incógnita, mas neste momento temos tudo para sermos Campeões...

Benfica.........9
Sporting.........6
Leiria.............3
Corruptos.......0

'O Campeão voltou!', disse um adepto

"Estamos de novo muito felizes porque a equipa que representa o Benfica ao mais alto nível voltou a afirmar todo o esplendor desportiva do Glorioso, antes mesmo de completado o calendário da maior prova nacional de futebol. Logo na noite da confirmação da vitória, a impressionante explosão do nosso orgulho, tão ansiosamente contida até ao último minuto do jogo no Estádio da Luz, pulverizou literalmente, em todo o país e no estrangeiro, os já vastos limites atingidos em anteriores celebrações das nossas conquistas: sempre que o Campeão volta os Benfiquistas saem à rua por todo o lado, em incontidas manifestações de regozijo que a Benfica TV mostrava ao pormenor e a cuja dimensão e apelo nenhuma estação generalista e de informação de rádio e de televisão pode resistir. Mas o que é mais impressionante é que, no tempo presente, à demonstração do inquestionável poder desportivo do Benfica sobre os concorrentes se soma, de cada vez a afirmação de uma crescente popularidade do Glorioso.
Como é natural, a grandeza do Benfica e a formidável expansão do Clube alimentam-se dos recordes, das marcas e das vitórias conseguidas pelos atletas e pelos técnicos. Desta vez, porém, aqui dentro sentíamos que muitos factores comportamentais acresciam no espírito dos nossos heróis, relativamente ao que se havia passado em circunstâncias anteriores.
A determinação dos protagonistas parecia ser de um novo tipo; em face, até, de situações de infortúnio, solidificava-se  e era preservada a união do grupo em torno dos objectivos estabelecidos; o desaparecimento das grandes referências Eusébio e Coluna constituía poderoso elemento de motivação; e assistíamos à utilização de novos códigos de linguagem que denotavam novas atitudes e novas estratégias competitivas.
Mas, acima de tudo, sentiu-se no futebol profissional a liderança do presidente Luís Filipe Vieira. Não foi ele quem marcou os golos. Não foi ele quem treinou os jogadores. Não foi ele quem os incentivou nas bancadas dos estádios em todo o País. Mas verdadeiramente, foi ele que, mais uma vez visionário, voltou a acordar o Campeão!"

José Nuno Martins, in O Benfica

Campeões!

"1. A duas jornadas do fim, está feito! É o 33.º título nacional. Depois de duas épocas azaradas, fomos de longe a melhor equipa e agora só há que esperar por novos títulos nas épocas que se seguem. Este título foi a melhor forma de homenagear os nossos saudosos Eusébio e Coluna, que tantos campeonatos nos deram. Foi um título de todos nós e também deles. E, com festejos em todo o País (nota especial para os do FC Porto, mesmo com algumas provocações alheias...) e em muitos pontos do globo, o Benfica deu mais uma prova da sua grandeza.
(Um parêntesis... pessoal: fui fazer as contas e verifiquei que este foi já o 'meu' 26.º título nacional em 60 anos. O primeiro que me lembro já como benfiquista - ouvi o relato na rádio -, foi o de 1954/55, quando o Sporting foi empatar ao campo do Belenenses a quatro minutos do fim e o Benfica, que havia inaugurado meses antes o Estádio da Luz, ganhava ao Atlético por 3-0 e pode festejar o seu então apenas 8.º título. Dois anos depois, já assisti ao vivo ao Benfica, 2 - Académica, 0. E... nunca mais parei de festejar!).

2. Jogo histórico o da Taça de Portugal, há uma semana. A jogar uma hora com menos um, o Benfica superou o FC Porto sem margem para dúvidas: não só ganhou 3-1 como ainda desperdiçou as melhores oportunidades.
Mas, atenção, ainda falta a final do Jamor!

3. Curiosamente, dias antes do Benfica-FC Porto da Taça de Portugal, Pinto da Costa salientava que há um ano o Benfica nada havia ganho, enquanto neste o seu clube ainda poderia ganhar a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Isto em contraponto com os comentários acerca da 'excelente época' que o Benfica fizera em 2013 e da 'péssima prestação' do seu clube em 2014, segundo os comentadores. Afinal, a Taça da Liga ainda vale alguma coisa...

4. O estudo não é português, é europeu, e foi encomendado pela UEFA. Segundo essa sondagem, o Benfica é o clube de 47 por cento dos portugueses, quase tanto como todos os outros juntos. Não há na Europa outro clube que reúna tantos adeptos no seu país (segue-se o Steaua de Bucareste, com 45 por cento dos romenos). Essa liderança folgadíssima a nível nacional não é nada que não se conhecesse, mas há sempre quem duvide..."

Arons de Carvalho, in O Benfica