segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Sofrida...

"1. Vitória sofrida mas bem importante, a do passado sábado, frente ao SC Braga, com uma formação que se mostrou muito acima dos pontos que vem amealhando no Campeonato. A nossa equipa lutou muito (honra lhe seja feita) embora não estivesse nada inspirada. Mas vieram os três pontos, que era o mais importante, e, com o empate do FC Porto, a diferença para liderança, que estava em cinco pontos, já está reduzida a um só. Temos Campeonato! Promete ser disputado ponto a ponto e, por isso, todas as vitórias são importantes.

2. Cardozo não jogou e muita falta fez. Ele conseguiu calar todos quantos o assobiavam e não gostavam da sua forma de jogar. E seria curioso, agora, ler tudo quanto se escreveu a seguir à Final da Taça de Portugal. Que Jesus perderia o balneário se Cardozo voltasse, que seria um péssimo exemplo para todos os outros jogadores, que por muito menos outros jogadores foram afastados, etc., etc. Afinal, Cardozo até tem estado a fazer a sua melhor época de sempre, a correr mais, a lutar mais, até a marcar mais golos. Espero bem que recupere depressa da sua lesão. Faz muita falta à equipa, tal como Sálvio (e Rúben Amorim) - em termos de lesões (e estas traumáticas, não musculares) a época está a ser bem infeliz.

3. Espero que os ecos da arbitragem do Benfica-Sporting para a Taça de Portugal se tenham extinguido. Esquecendo o que se passou no Sporting-Benfica para o Campeonato (e até os sucessivos golos em fora-de-jogo de Montero), o Sporting fez uma das suas habituais campanhas contra as arbitragens. Já cansa...

4. Há dias, dei comigo a recordar o que se disse e escreveu aquando da operação a que Salazar foi sujeito, na sequência da sua célebre queda da cadeira, em 1968. No primeiro dia, jornais e rádios anunciavam que havia sido operado e que a intervenção havia corrido bem. Depois, dia após dia, que as melhoras eram evidentes. Uma semana depois, o seu médico pessoal anunciava (e os jornais faziam grandes parangonas): 'Devolvo Salazar definitivamente curado à Nação'. Duas semanas depois, era Marcelo Caetano o novo Presidente do Conselho, como então se chamava ao primeiro-ministro...
(Qualquer relação com um facto actual é pura coincidência...)"

Arons de Carvalho, in O Benfica

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