segunda-feira, 11 de março de 2013

Sinal de fumo

"Há quanto tempo não se ouvia um futebolista ter uma intervenção pública com voz firme e com autoridade, como a de Luisão após a incompreensível revolta dos adeptos do Benfica durante o jogo com o Bordéus! 
Fê-lo, até, em aparente desautorização do silêncio que os responsáveis do Benfica impõem aos seus atletas profissionais, em contraciclo a todas as políticas de comunicação recomendadas no desporto de alta competição. Fê-lo, servindo-se das redes sociais na Internet que os jogadores sul-americanos usam com perícia e bom senso, no seu dia-a-dia de ídolos de massas, envergonhando o “ermitismo” de conclave em que vivem, bem fora do seu tempo, praticamente todos os profissionais portugueses saídos das famosas formações das academias.
Luisão é, em si mesmo, uma autoridade no Benfica, sem precisar de recorrer aos “Pensamentos” de Pascal para exprimir e fazer sentir a razão e o coração, nos tempos certos. Pelos anos de casa, pelo carisma, pela intervenção decisiva em momentos históricos, pelo porte e postura pessoais. Fosse outro, não teriam faltado reprimendas dos que pensam que jogador é para jogar e ponto final. Não é!
Ajuda a Luisão o crédito enorme que a sua prestação desportiva continua a emprestar à figura. Só nesta época em que esteve afastado metade dos jogos, o Benfica sofreu mais do dobro dos golos nas partidas em que alinhou sem o capitão. Não apenas pelo que joga e defende, mas pela confiança e estabilidade que oferece ao colectivo e aos colegas do seu sector.
Em plena era das tecnologias de informação, quando já só uma instituição secular comunica na linguagem dos índios, com sinais de fumo a partir da Catedral, a clareza e alcance da intervenção de Luisão têm o simbolismo de uma afirmação, sem tibiezas, sacudindo um emblema que parece pouco convicto do lugar que ocupa. Sim, disse Luisão aos benfiquistas, habemus líder!"

1 comentário:

  1. patriarca disse:


    Óh João Manhoso, tentas falar bem, mas o sentido que dás ás tuas proprias palavras são manhosas, são setas envenenadas dirigidas não ao Luisão, mas ao Benfica e em Especial aos Benfiquistas. Olha lá óh João Manhoso, deves gostar muito de de apanhar cágados no deserto ou enguias na serra da malcata. Fala bem, óh João Invertido Manhoso. Porque não falas assim lá para as bandas de Cedofeita, óh João.

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