segunda-feira, 19 de março de 2012

Tiago Aperta

A notícia chegou um 'pouco' atrasada, mas além do recorde nacional do Marco Fortes, o Tiago Aperta no lançamento do Dardo, na Taça da Europa de Lançamentos de Inverno, em Montenegro, também bateu o seu próprio recorde nacional. De 73,95m, passou para 75,55m. Para alguém tão jovem como o Tiago a marca é realmente muito boa... estamos em ano Olímpico, mas o mínimo B é de 79,50m, são praticamente 4 metros de diferença, o que não será fácil, mas seria uma boa surpresa se isso acontecesse...

Objectivamente (Armindo)

"Manuel Armindo, delegado da Liga dos Clubes, foi suspenso por violação de forma grosseira dos deveres e responsabilidades do papel que desempenha no organismo. Este ex-funcionário do Futebol Clube do Porto, proferiu ofensas gravíssimas, quer ao Benfica, quer ao seu presidente, Luís Filipe Vieira, quer ao seu treinador, Jorge Jesus.

As frases: «Segundo o porco do J. Jesus todos gostariam de ir no lugar do Benfica!!! (...) nem tem jeito de treinador, parece um chulo do Bairro Alto».

-«O Vieira descascou no árbitro e viram o que resultou, logo mandaram um árbitro prejudicar o FCP. Agora VAMOS ficar calados?».

-«Marco Ferreira (árbitro do jogo com a Académica) fez o que o Benfica lhe pediu. A PRENDA seguirá amanhã para a Madeira».

-«Péssima arbitragem. O pedido do Benfica era mostrar amarelos a Hulk e James, assim ficariam receosos para o resto do jogo».

-«O que é preciso é o orelhas (a mesma expressão usada pela grande antiga paixão de Pinto da Costa, Carolina Salgado, para com o presidente do Benfica) fazer barulho e logo os árbitros beneficiam o Benfica. Entreguem-lhes as faixas...».

É uma preciosidades linguística e intelectual o que esta repugnante figura escreveu sobre a Instituição e os seus representantes.

Ainda no passado domingo esta ISENTA e insigne figura foi observar para a Liga o Penafiel, 2 - Arouca, 1. E na sua página do facebook elogiava as grandes vitórias do seu FêCêPê aconselhando Pinto da Costa a «abrir a boca e a falar sem medo...». Como se ele não fizesse já há muitos anos...

A Comissão Executiva da Liga mandou-o suspender e, entretanto, retirava os seus belos comentários da tal rede social onde vomitava estes nauseabundos pensamentos.

É DISTO que o futebol português vive há algumas dezenas de anos! E depois ainda dizem que eu bato sempre na mesma tecla!

É uma praga inacabável e nem a falar todos os dias neles consigo acabar com estes vermes!"


João Diogo, in O Benfica

As virgens

"From: Domingos Amaral
To: Vítor Pereira

Caro Vítor Pereira
A época passada, dias depois do célebre Benfica-FC Porto do “apagão”, a SAD azul e branca deu uma conferência de imprensa onde listava, com imagens, os mais de dez graves erros do árbitro do jogo, Duarte Gomes. Registe-se que esta original inovação comunicacional foi proferida depois de um jogo que não só o FC Porto tinha vencido por 2-1, como lhe tinha dado a possibilidade de ser campeão em casa do seu principal rival. Nada disto impediu contudo um ataque feroz e incisivo ao árbitro. Da mesma forma, o presidente do FC Porto, já este ano, atacou pessoalmente o árbitro Jorge de Sousa, com adjectivos que roçavam o inaceitável.
Em nenhuma das situações descrita os atingidos protestaram ou ameaçaram os acusadores. Porém, mal Jorge Jesus criticou o árbitro assistente que cometeu um aberrante erro no último Benfica-FC Porto, caiu de imediato o Carmo e a Trindade e logo se ouviram inúmeras virgens ofendidas. Os árbitros amigos, os dirigentes da arbitragem e até o próprio árbitro assistente, urraram os seus protestos e ameaçaram com tenebrosos processos disciplinares.
O senhor é capaz de explicar a que se deve esta duplicidade, esta diferença de tratamento? Por que será que os seus árbitros comem e calam quando as críticas são do FC Porto e praticam boicotes e processos quando as críticas são provenientes do Benfica ou do Sporting? Às vezes, depois de um jogo ouve-se muito a expressão “dualidade de critérios”, e para mim é disso que se trata. Há os protegidos, por quem se nutre um “respeitinho” subserviente e cobardolas, e há os outros…As virgens pudicas são assim."



Aviso...

"1. Foi uma semana bem positiva: já estamos entre as oito melhores equipas da Europa e recuperámos dois dos três pontos (e meio...) de atraso na Liga. Mas foi demasiado sofrido. Na Liga dos Campeões perdemos uma série de oportunidades que deveriam ter resolvido bem mais cedo uma eliminatória na qual nos mostrámos bem superiores ao adversário. No jogo de Paços de Ferreira aquele início de segunda parte foi um autêntico electrocardiograma ao nosso coração benfiquista. Acabámos por ganhar mas o jogo foi um aviso: daqui até final, todos os encontros vão ser bem sofridos e dificilmente qualquer das três equipas candidatas ao título não deixará de perder vários pontos. Quem perder menos será campeão. Nós (felizmente!) temos um problema suplementar: o desgaste terrível da Liga dos Campeões.

2. Volta e meia - principalmente quando o futebol falha - o Sporting fala das modalidades. E muitas vezes fá-lo lançando números para o ar para fazer crer que é (e ter sido sempre) o nº1 em Portugal. Avançando até com números falsos. Desta vez, a par do anúncio de novas secções de râguebi e basquetebol - o que é positivo e cá estaremos para o regresso 8se houver...) de antigos clássicos - surgiram a falar mais uma vez, pela voz de um vice-presidente, nas medalhas olímpicas que terão ganho: agora referem nove (o site do Sporting só assinala oito...), mas, neste número, para além das quatro verdadeiras (duas de Carlos Lopes, uma de Francis Obikwelu e outra de Rui Silva), englobam aquelas que foram obtidas por atletas estrangeiros 'alugados' apenas para o fim-de-semana da Taça dos Campeões Europeus, única competição em que representaram o clube (nem chegaram a vir a Portugal!). E contam também, imagine-se!, com um atirador, Armando Marques, que em 1976, quando ganhou a medalha de prata, representava o Clube Português de Tiro a Chumbo. Nessa altura, o Sporting nem secção de tiro tinha! E assim fazem a história..."


Arons de Carvalho, in O Benfica

Acontece

"Já na televisão soavam o requiem pela equipa do Benfica e o Hino da Alegria pelo «grande vencedor da jornada» - que seria o SP Braga - quando, em cinco minutos, o Glorioso deu a volta ao resultado. Primeiro foi a solução que saíra do banco - cruzamento de Nelson Oliveira e encosto de Nico Gaitán -, depois foi o livre magistral de Bruno César. Com o Benfica há que que contar com ele até ao fim, seja de em qualquer jogo ou competição, como do Campeonato, e sejam quais forem as ajudas por fora dos adversários. Porque não é lá pelo Benfica ter ganho ao Paços de Ferreira e de este ter feito os últimos minutos com nove jogadores em campo que as denúncias dos casos das arbitragens deixam de estar na ordem do dia.

Ou será que alguém me sabe dizer qual a semelhança e a diferença entre o derrube a Bruno César na área do Paços de Ferreira, aos 42 minutos, e o derrube de um jogador do Paços, por Luisão, aos 48 minutos? A semelhança é que de ambos os casos resultou cartão amarelo para o jogador do Benfica.

Penso que daqui até final do Campeonato os benfiquistas têm que se mentalizar para que as coisas se encaminhem de volta aos tempos e métodos mais negros do Sistema: golos fora de jogo validados por árbitros cegos, para o outro lado penalties aos 93 minutos, alguns adversários levados ao colo, tudo e mais alguma coisa.

Mas isto não quer dizer que o Benfica deva desistir das vitórias e de lutar até ao fim pelos títulos e pela verdade desportiva. Em Paços de Ferreira quem não chegou a pensar que era impossível furar a barreira? E, no entanto, foi possível. O Benfica é assim: querer é poder e de tanto querer que aconteça, e de fazer por isso, acontece."


João Paulo Guerra, in O Benfica

Que Liga é esta?

A Liga está relançada, depois do último fim-de-semana.

Relançada? Duplamente relançada. Duplamente? Em termos competitivos, a um ponto apenas do FC Porto, o novo horizonte é de optimismo. Mas porquê duplamente relançada? Também ao nível do sector da arbitragem se encontra (mesmo) relançada.

A Liga está relançada numa perseguição brutal ao Benfica. Que dizer do desempenho dos juízes de campo? Como foi em Coimbra? Como foi na Luz, perante o FC Porto? Como foi em Paços de Ferreira? Ao invés dos nossos principais antagonistas (a última ronda provou-o de forma inequívoca), o Benfica está ser prejudicado em todos os embates.

Estamos a entrar na fase conclusiva da Liga. O universo vermelho vive indignado. Indignado, mas atento. Não se pretendem favores (aqueles que os outros têm tido), pretende-se equidade, isenção, justiça.

O Benfica ainda pode sair vitorioso na Liga? Pode, sem reservas. Mas não pode continuar a ser vítima de arbitragens nocivas que mais parecem encomendadas. Os próximos jogos vão ser fulcrais. O colectivo tem capacidade bastante para atingir o seu grande objectivo, mas não pode lutar sempre contra prestações arbitrais inquinadas.

Tantos milhões de adeptos têm de fazer ouvir a sua voz, impor respeito à sua instituição predilecta. Luís Filipe Vieira já deu o mote, Jorge Jesus não se tem poupado a criticar as injustiças de que a equipa tem sido vítima.

Uma verdade é irrecusável, custe a quem custar. Haja igualdade de tratamento por parte dos árbitros e o Benfica tem possibilidades acrescidas de ser Campeão Nacional."


João Malheiro, in O Benfica

Os mornos

"Nestes tempos estranhos, os mornos – aqueles que para aquecerem o lugar têm de arrefecer a honra – conquistaram o poder da Liga de clubes. Fizeram-no como fazem todos os que são mornos: de cócoras, fazendo cedências a interesses pouco limpos. Já todos tínhamos visto, ao longo de muitos anos, gente que chegando à Liga de Clubes fazia do seu consulado uma distribuição de palmadas nas costas e favores por baixo da mesa, fazendo do atropelo à ética uma prática banal.

O actual líder foi inovador: anunciou o atropelo à verdade desportiva como trunfo eleitoral. Para garantir a eleição, prometeu aos fiúzas da vida que adulteraria as regras da competição com esta a decorrer. Conquistado o poder, havia que pagar a factura. Os fiúzas da vida exigiram e os cordéis fizeram mexer as influências do títere de circunstância. Ao atropelo das regras e da decência, a Liga quer impor o absurdo: que nenhum dos clubes actualmente em competição na primeira divisão seja despromovido. Isto não fere a verdade desportiva, mata-a. Já vi latrinas públicas menos fétidas do que o odor que emanou da infame reunião da Liga da passada segunda-feira.

Terminada a reunião, veio a tentativa de defender publicamente o indefensável. Que a argumentação parola sirva para entreter os fiúzas da vida é um problema do novo presidente da Liga. Que queiram defender perante os portugueses o absurdo, estabelecendo, em tom sério e de ameaça, paralelismos com a Liga norte-americana é já uma tolice ofensiva, pois tomam-nos a todos por fiúzas.

Tudo tem limites e o futebol português já não tem capacidade para tanto entulho. Ou se afunda o futebol ou se atira com o entulho pela borda fora. E, como sabemos, até Deus vomita os mornos."


Pedro F. Ferreira, in O Benfica