segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O 'crime' do Estado nas apostas 'on line'

"Enquanto lá fora os países e os clubes beneficiam dos proveitos das apostas 'on line', Portugal nada faz e só perde dinheiro. Incrível!

Bilhetes caríssimos e estádio da Luz cheio para o jogo com o Barça. Quatro dias depois, contra o Beira-Mar, novamente em casa, apesar da liderança na Liga Zon Sagres, os encarnados, novamente em casa. A crise está aí e o dinheiro não estica. E houve muita gente que para ver o Barcelona em Lisboa vai deixar de ir aos estádios, nos próximos tempos. Tivemos uma refeição de lagosta à qual se seguem tempos a pão e água.
É, pois, neste contexto de aperto e crise por que o País passa e a que o futebol não foge que custa ver que, por inércia, recursos que podiam ajudar os clubes portugueses e que constam das receitas mais importantes dos grandes emblemas internacionais, estão a ser desprezados. Refiro-me, concretamente, ao impasse em que permanece a situação das apostas on line. Quem observar, com atenção mínima, os jogos dos principais campeonatos europeus, identificará, nas camisolas dos jogadores, na publicidade estática dos estádios e por vezes, até, no nome das competições, as várias casas de apostas on line que deixam muitos milhões não só nos cofres dos Estados. Se calhar, por pensarem assim é que esses países são ricos e Portugal se situa no rol dos pobres. Porque, ao contrário de Portugal, não desprezam fontes de receita e recusam a economia paralela.
A situação que se vive hoje em Portugal relativamente à proibição de actividade das casas de apostas on line é má de mais para ser verdade. Por um lado, quem quer apostar continua a fazê-lo, basta entrar no www devido e jogar. Ao fazê-lo, ao movimentar verbas que não são desprezíveis e ficam de fora do controlo do Estado, só está a beneficiar terceiros sem que nos cofres portugueses entre seja o que for. A única coisa que o Estado português consegue é impedir que a riqueza por cá fique.
O assunto está em estudo há demasiado tempo e as promessas de uma fórmula de licenciamento, que regule o sector, já estão para lá do prazo de validade.
Resumindo, a situação do País é difícil e os clubes não estão imunes à realidade global. Por isso precisam de reduzir despesas e aumentar receitas, mesmo que, assim, fiquem desportivamente menos fortes. Porém, se por inépcia de quem manda há receitas a que os outros, lá fora, têm acesso, e por cá são vedadas, que concluir? Que somos um País de masoquistas? De incompetentes? De lobbies poderosos, capazes de travar o que devia estar já desbloqueado? A verdade, nua e crua, é só uma: enquanto as apostas on line enriquecem os clubes estrangeiros e, por via dos impostos, os outros países, nós, por cá, só vemos a banda passar...

(...)

REI
Maxi Pereira
Um golo de Playstation, importantíssimo para o Benfica no embate com o Beira-Mar, não chega para mascarar a má forma física do internacional uruguaio. Um problema para Jorge Jesus, que tem visto a sua equipa sofrer defensivamente ao lado direito. E Maxi nem pode queixar-se de falta de apoio de Toto Salvio...

(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola

2 comentários:

  1. O Super Maxi mesmo em "má forma" dá sempre a "litrada". Se fosse o Cristiano ou o Messi aparecia em grandes parangonas nas jornais e telejornais. Este joga à Benfica.

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  2. o crime das apostas online nao é so em Portugal entao em Espanha com um clube de Madrid nem vale a pena dizer nada... mas uns santos e os corruptos sao os outros.....

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