quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Asneiras

"Nas televisões, nas rádios e nos jornais vale tudo. Vale o que não devia valer. Vale ver gente a debitar sobre Futebol com escrita, voz ou pose autoritária. Gente que jamais deu um pontapé (bem dado) numa bola, gente que jamais entrou num balneário, gente que jamais ouviu os profissionais de Futebol de orelhas atentas e com a humildade de quem não domina o ofício.
Há dias, num diário desportivo, o reputado médico e não menos histérico sportinguista, Eduardo Barroso, escorreu prosa contra Jorge Jesus, a propósito do castigo que foi aplicado ao nosso treinador, em consequência as declarações que proferiu no termo do Benfica-FC Porto da pretérita temporada.
Recorde-se que o terceiro golo portista, que resultou no triunfo azul, foi marcado num fora-de jogo escandaloso (estavam 2 jogadores deslocados), sem que o assistente de Pedro Proença tenha assinalado a correspondente infracção.
Jorge Jesus disse que o árbitro auxiliar viu. E só podia ter visto. Ele e todos os que estavam no anfiteatro da Luz. Eduardo Barroso considera que a crítica de Jesus é a mais dura e desapropriada de que tem memória, sugerindo que ao treinador do Benfica deveria ter sido aplicada uma pena de muito maior severidade.
Barroso nada disse sobre o lance. Barroso nada disse sobre a incompetência do juiz. Barroso não disse, mas farta-se de berrar por justiça quando o seu Sporting está em causa. Importante? Nada disso, apenas revelador. É que Barroso, bem vistas as coisas, percebe tanto de bola como eu de medicina."

João Malheiro, in O Benfica

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