quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Cena de Charlot

"A cena entre Luisão e o árbitro Fischer parecia retirada de um filme de Charlot: o matulão vai contra o pequenote, e este cai inanimado com o simples impacto do choque.
Isto explicará os sorrisos de Jesus, dos jogadores do Benfica e certamente do público. As quedas aparatosas dão muitas vezes vontade de rir - mas aquela assemelhava-se, de facto, a um filme cómico.
Não sei o que terá justificado o suposto desmaio do árbitro, já que o contacto, por muito grande que Luisão seja (e é), foi corpo contra corpo, não parecendo ter havido nada de especialmente grave.
Demasiado rígida foi a conduta posterior de Fischer, recusando-se a reatar a partida. Eu sei que tinha a lei do seu lado. Mas podia, por respeito para com o público, considerar que o gesto de Luisão não fora intencional, dialogar com ele, esclarecer a situação - e prosseguir o encontro. Até porque, como as imagens documentam, saiu do campo pelo seu pé em perfeitas condições: Interrompendo a partida, Fischer mostrou desrespeito pelos espectadores que pagaram o seu bilhete e tinham direito a ver 90 minutos de jogo e não apenas 39.
Ficou a ideia de que o árbitro quis fazer uma birra. Ainda por cima, estavam do outro lado uns portugueses selvagens, que não mereciam nenhuma consideração.
É que, a par da lei - que permitia ao árbitro interromper o jogo naquela situação - há o bom senso. Ora aquilo que justifica o espectáculo futebolístico são os espectadores - e estes foram lamentavelmente desprezados pela equipa de arbitragem, que fez uma demonstração de autoridade à custa de quem gastou o seu dinheiro para ir ao futebol."



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