segunda-feira, 21 de maio de 2012

O ingénuo 'olimpismo'

"Com o final da época desportiva completa-se mais um ciclo na vida de Clube e, por consequência, na própria carreira do Jornal 'O BENFICA'.
Mais do que lambermos as feridas próprias, agora é tempo de se fazerem os balanços, as sínteses e os relatórios. Sem piedade nem condescendências e sem nenhuns falsos optimismos.
Devemos começar por nós mesmos, dentro de casa; usando um impenitente espírito crítico, mesmo quando e onde tínhamos saído vencedores, já que aí as nossas responsabilidades terão aumentado, por força das vitórias e das marcas atingidas.
Com consciência analítica mais apurada ainda, nas áreas em que nos deixámos vencer, ou fomos batidos por adversários que desportivamente nos superaram. Ou então, escancarando à claridade do dia a nossa mais contundente indignação e um mais vigoroso protesto, relativamente àqueles que traíram a nossa boa-fé, ao se revelarem displicentes e manhosas no uso das nossas valências e da grandeza do Benfica para seu benefício pessoal ou de grupos. É preciso que, de uma vez por todas, passemos a denunciar - em vez de lhe darmos corda - os idiotas úteis que ainda há bem pouco tempo nos pediram mercê e apoio, para, logo depois, se continuarem a revelar sem vergonha, ao serviço dos mesmos que lhes estabeleceram a perversidade e a corrupção como modelos de vida.
Sem tréguas, eles podem abanar e abanam; mas depois, servindo-se de desavergonhados capazes e de estratagemas canalhas, quase sempre acabam por se levantar e serem dados como vencedores. Podem usar máscaras, mas sabemos bem quem são esses mandaretes. Aonde estão e como agem. E não podemos continuar a ignorá-los.
Nestas circunstâncias, não podemos conceder-lhes por mais tempo o nosso ingénuo 'olimpismo'.
E neste fim de época desportiva, depois de procedermos ao cuidadoso inventário de todos os erros próprios (e muitos foram, de novo), perante contumazes adversários como estes 'lobos' que se dissimulam de 'borregos', teremos de recorrer a novas estratégias de relação negocial.
Sem equívocos.
(...)"

José Nuno Martins, in O Benfica

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