quarta-feira, 16 de maio de 2012

Milagre financeiro ?

"Acabei de receber um correio com uma série de links para um excelente texto publicado pelo Enorme Boloposte no BnRB e para outro no BENFIQUISTASDESDEPEQUENINOS, ambos (de dia 11 de Maio) a propósito de um slide show (www.slideshare.net) que está a ser divulgado pelos anti Vieira e que pretende ser uma critica aos resultados da gestão do Glorioso (essencialmente da Benfica SAD).
Uma vez mais e por tratar-se de um documento relativo ao tema da minha competência profissional, sinto-me na obrigação de escrever para os leitores d’ OBELOVOAR, por forma a esclarecer e desmentir o que esse documento sugere e afirma. Uma vez mais e como os autores atacam o Benfica porque, aparentemente, não sabem atacar a Direcção sem o fazer, sinto-me na obrigação de os vir desmentir, esclarecendo os nossos leitores.
Entretanto, parecem-me exigíveis dois pontos prévios, a saber:
1. Que este vai ser um texto longo, mas que me comprometo a evitar escrever em “economês”; e
2. Que este vai ser um texto “para adultos”, porque eu não tenho o talento dos escribas acima citados e não considero que quem tenta manipular os Benfiquistas, ainda mais quando o fazem a coberto da cobardia do anonimato, mereça que usemos de diplomacia para adjectivar as atoardas que escrevem.
Cabe aqui um esclarecimento dirigido aos (muitos) que pensam que o debate entre Benfiquistas se deveria pautar pela máxima elevação e evitar todo e qualquer excesso de linguagem, maioria essa á qual me juntaria de bom grado e me juntarei de pronto, desde que os que desejam atacar o Nosso Presidente e, eventualmente, substitui-lo, o não façam a qualquer preço, sobretudo quando fazem com que seja o Glorioso a pagar esse preço.
O que me move é, exactamente, isso mesmo: defender o Benfica destes ataques “enviesados”!
Por isso me insurgi contra o “desabafo” (sem titulo) do Companheiro Nunomaf, que não hesitou em apoucar o Clube (chegou a apelidá-lo de “edifício decrépito”), nem achincalhar o “suposto director desportivo cheio de problemas familiares”, tal como, antes, me tinha insurgido contra as mentiras do Enorme Bcool e contra a suprema demagogia daquele Companheiro que nos agitava o espantalho de uma divida de 2 mil euros.
Vontade de os ofender? Nunca!
Como seria possível tal coisa quando se trata de Companheiros que não conheço.
Vontade de “agredir” esses seus comportamentos? Absolutamente!
Tratando-se de comportamentos que, na minha humilde opinião, colocam em causa o Benfica e contrariam, frontal e expressamente, os Valores que emanam da Nossa História Gloriosa, sinto que cumpro o meu dever de Benfiquista ao desmascarar esses comportamentos, ao criticá-los sem contemplações, advogando a respectiva erradicação definitiva.
Não gostam do meu estilo, ou não concordam com esta justificação?
Estão no vosso pleno direito, tal como eu estou no meu. Eu exerço esta minha opção de escrever e cada leitor exercerá a sua, quer criticando-me, quer deixando de ler o que escrevo, pura e simplesmente.
O que me não parece intelectualmente honesto é considerar que esta Democracia funciona melhor quando temos a liberdade de mentir, achincalhar e fazer demagogia integral, desde que tal venha em favor das nossas preferências enquanto exigimos que os outros, os que discordam de nós, se tenham aos mais rigorosos princípios de civilidade e respeito democrático.
Além de tudo isto, ainda acresce que eu não sei muitos sinónimos “meigos” para palavras como mentira, cobardia ou hipocrisia.
Posto tudo isto (e foi muito), passo a uma critica ao tal “slide show” …

Desde logo, não vou contestar nenhum dos números avançados no documento, não só porque, confesso, não tenho tempo para os ir confirmar, como, principalmente, porque ainda tenho esperança que Companheiros Nossos não cheguem ao ponto de aldrabar os “R&C” da Nossa SAD.
Ainda assim e numa apreciação global ao documento, posso dizer que se trata de uma compilação de tudo o que nas “Contas” da SAD pode ser apresentado sob uma forma negativa, como algo de mau (ou menos bom) e sem nunca, nunca, nunca, referir quais seriam as alternativas de gestão que poderiam inverter esses aspectos.
Vale a pena recordar que o que o Autor (ou Autores) do documento apenas pretendem atacar a gestão de LFV, tentando desmentir um suposto “milagre financeiro” que eu nunca ouvi ser apresentado pelo Presidente como uma das obras da sua Direcção. O que todos lemos, ouvimos e vemos, isso sim e é bem diferente, é um Benfica pujante, capaz de fazer todo o tipo de investimentos e sem que se levante nem a mais leve ponta de incredibilidade sobre a sua solidez. Essa é a realidade que, desgraçadamente, os que fizeram aquele documento tentam escamotear, em prejuízo claro do Nosso Clube e sem, por isso, merecerem compaixão.
Como sempre, esta gentalha omite que até uma Empresa irremediavelmente falida pode ser gerida com brilhantismo (e eu conheço vários exemplos), ou seja: a qualidade de uma gestão não se pode medir pelo último balanço conhecido e ainda menos quando se “elegem”, demagogicamente, apenas algumas rubricas do último balanço.
Por mais que os anti Vieira gostassem, os factos demonstram que os sucessivos mandatos deste Presidente trouxeram o Clube de um abismo económico e financeiro (que prescindo de descrever, para não nos expor á dor dessa memória) para uma situação que é, de muito longe, a mais sólida de todos os clubes portugueses, mesmo com a ajuda negativa que tem constituído a péssima remuneração pelos direitos televisivos e ao ponto de prenunciarem a entrada do Glorioso no grupo dos 20 mais ricos da Europa.
Esta é a verdade indesmentível, chamem-lhe “milagre” ou outra coisa qualquer (eu prefiro chamar-lhe uma excelente gestão) e seria bom que todos os anti Vieira deixassem, de uma vez por todas, de tentar apoucar o Benfica por esta via. Qualquer aluno do primeiro ano de um curso de Economia e/ou Gestão, se confrontado com os Nossos “R&C” de há uma década e comparando-os com os mais recentes, ditará esta mesma conclusão geral que enunciei.
Entremos pelos detalhes …

“Sabia que o Passivo do Benfica, as dividas do Benfica, quadruplicaram nos últimos 10 anos?”
Começa assim (e poderia lá não ser assim) esta difamação nojenta e, confesso, já me surpreendem pela falta de imaginação: ao baterem, sistematicamente, nesta mesma “tecla” do “Passivo igual a Dividas” estes candongueiros da contabilidade perdem, de imediato, toda a credibilidade, quer a técnica, quer a Benfiquista.
Mas quando será que esta gente deixará de confundir (manipulando) Passivo com dividas?
Quando é que um deles, um só que seja, nos dará um exemplo de uma Empresa que não tenha Passivo?
Será que as melhores Empresas não “sofrem desse mal”?
Não podemos afirmar que estão nesta mesma situação – um Passivo quadruplicado em 10 anos, todas as Empresas que viveram um crescimento rápido na última década e que realizaram investimentos determinantes?
Como eles não se cansam de esgrimir este espantalho do Passivo da Nossa SAD, eu não posso cansar-me de repetir que qualquer Passivo só assume relevo negativo se não tiver uma relação equilibrada com o correspondente Activo.
E não, não chega referir que o valor do Activo é ligeiramente superior ao do Passivo!
Ao falarmos do Activo da Nossa SAD, temos, obrigatoriamente, de referir que ele está claramente subavaliado e que os cerca de 400 milhões de euros (ME), deveriam ser entre 600 e 700ME, tais são as diversas mais valias potenciais que ele encerra.
Quais?
Pois, uma vez mais, falemos delas e façamo-lo para que, de uma vez, se aquietem estes agitadores:
1) O contrato de exploração da Marca Benfica, que vale um mínimo de 150ME (pelo critério do valor actual dos cash flow, aplicado em moldes pessimistas) e que deve estar em balanço por menos de 10ME; e
2) O valor total das partes detidas dos “passes” dos Atletas, que eu já avaliei (num texto publicado há cerca de um ano) num mínimo de 250ME e cujo valor de balanço não chega aos 100ME.
Só nestas duas rubricas do Activo da Nossa SAD e sem optimismo, ficam identificadas mais valias potenciais de quase 300ME.E o que é que isto representa?
Considerando a “equação básica da contabilidade” à
Activo = Passivo (Capitais Alheios) + Situação Liquida (Capitais Próprios)
Essas mais valias potenciais “transformariam” os Nossos Capitais Próprios (hoje quase nulos) em mais do dobro do Capital Social (115ME) !!!
Espera lá, Companheiro, que essa análise só seria correta se fosse possível vender todo o Plantel e o tal Contrato de Exploração da Nossa Marca, dir-me-ão vocês e … cheios de razão.
Só que eu respondo que não só não é possível vender isso tudo (e a Catedral e todos os outros itens do Activo), como não seria desejável, nem, sobretudo, temos disso necessidade!
A mais valia potencial “escondida” no Contrato de exploração da Marca, que “custa” uma amortização anual de poucas centenas de milhar, concretiza-se em cada exercício económico em Proveitos de alguns ME, tal como vai acontecendo com as relativas aos passes de Atletas, sempre que alguns vão sendo vendidos e por valores bem acima do que estavam “em balanço”, ou seja, com um Proveito.
Ora como nem todo o Passivo é Exigível (tem de ser pago), aqueles (e outros) Proveitos vão assegurando um “cash flow” suficiente para responder a todas as responsabilidades que se forem vencendo e ainda sobram fundos para reforçar investimentos. A isto é costume chamar-se uma Gestão equilibrada, controlada e responsável.
Outros Benfiquistas perguntarão se não poderíamos “apressar” a redução do Passivo, ao que eu, mesmo recordando que não temos disso necessidade, respondo que sim e indico que há duas grandes alternativas, a saber:
3) Promover um aumento do Capital Social por entrada de fundos “frescos” e utilizá-los, directamente, para ir pagando quaisquer responsabilidades que se fossem vencendo (ou, mesmo, antecipando o respectivo vencimento); ou
4) Executar uma politica de desinvestimentos e redução geral de custos (não renovando contratos com Atletas, não aumentando salários, não investindo em mais Atletas, ou investindo em passes mais baratos, por exemplo), suportando os inerentes riscos (mau desempenho desportivo, saídas “a custo zero”, por exemplo) e tentando obter, por essa via, um aumento dos resultados dos exercícios (pelo menos a curto prazo).
Então, Companheiros?Qual destas duas vias preferem?
A primeira, em que, tal como a osgalhada, perderíamos o controlo da SAD para investidores externos?
Ou a segunda, ficando a competir internamente com as osgas e os pedreiros e externamente, fora da Champions (com o “bónus” de aliviarmos esta pressão sobre o crac que os está a aproximar do precipício)?
Ainda numa linguagem muito simples e numa derradeira tentativa para que todos possam entender a diferença que há entre um negócio que é gerido sem recurso a Capitais Alheios (Passivo) e um outro em que a gestão se faz com recurso exclusivo a esses capitais, aceitem um convite e olhem para o Balanço como aquilo que ele também é: um mapa que mostra a origem do dinheiro envolvido e em que é que ele está aplicado …
Assim, teremos que, de um lado (no Activo), temos os edifícios, os carros, os móveis, o contrato que nos dá o direito a explorar a Marca e os passes dos nossos Atletas, entre outras coisas.
Entretanto, do outro lado, verificamos que aquele dinheiro teve duas origens diferentes: uma parte que pertence á própria Empresa (o Capital Social e as Reservas de Lucros que não foram distribuídos aos accionistas) – os Capitais Próprios, e uma segunda parcela, a dos Capitais Alheios, constituída com toda a guita que conseguimos convencer terceiros a confiar-nos (empréstimos, crédito de fornecedores, etc.).
Vendo as coisas por este prisma, o que podemos concluir?
Muito simplesmente e uma vez que os Capitais Próprios da Nossa SAD são muito pequenos, concluímos que a Administração anda a gerir este negócio com … o dinheiro de outros!
Outros que confiam na Nossa Administração e na capacidade da SAD para continuar a gerar suficiente valor para os compensar por essa confiança (pagando juros, por exemplo)!
Outros que, mesmo sem controlar o nosso negócio (esse controlam-no os que elegemos e em Nosso nome), nos confiam o seu dinheiro (ou o dos seus depositantes).
Nesta situação, ninguém pode ficar surpreendido ao verificar que uma boa parte dos Resultados Operacionais (sempre positivos) da SAD tenha de ser “compartilhada” com quem nos financia o negócio (pagamento de juros).
Espera lá, isso quer dizer que, caso tivéssemos Capitais Próprios em montante suficiente, poderíamos ter mais lucro? Exato! Nesse caso, deixaríamos de ter de entregar a outros uma fatia que já foi de menos de 10ME (antes da crise e da alta das taxas de juro) e que agora se aproxima do dobro.
E agora que todos os leitores ficaram a pensar o pior de todos os Empresários que recorrem a empréstimos (ou qualquer outra forma de Capitais Alheios remunerados), permitam que vos volte a confundir com este pequeno exemplo meramente pedagógico.
Eu vou começar um certo negócio que exige um investimento de 100 e tenho duas alternativas:. na alternativa A, invisto só com o meu dinheiro; na alternativa B, não invisto um cêntimo meu e só uso dinheiro de um empréstimo (que garanto com um aval, ou uma hipoteca sobre um imóvel, por exemplo.
Na situação A e no final de um ano, tenho um Lucro (antes de impostos) de 20. Para simplificar, imaginemos que pago 20% de impostos (20% sobre 20 = 4) e embolso os 16 remanescentes, ou seja, tive uma remuneração liquida do meu capital de 16%, o que não é nada mau.
Já na situação B e face ao mesmo Lucro (antes de impostos e Encargos Financeiros) de 20, terei de pagar os juros a quem me emprestou o capital, no valor de, digamos, 10%. Ou seja, agora o meu Lucro antes de Impostos “desceu” para 10 (= a 20 – 10) e, por isso, já só terei de pagar 2 (20% sobre 10) de impostos e embolsarei 8 (= 10 -2).
Chegou a hora da … pergunta “capital”. Aquela pergunta que vos vai confundir. Qual das duas formas de investimento me foi mais rentável?
A formula A que me permitiu uma rentabilidade de 16% num ano?
Ou a B, em que eu tive um lucro “limpo” de infinito%, porque não investi nem um cêntimo (e fui, por exemplo, investir os tais 100 num outro negócio que me deu a mesma rentabilidade)
Recorri a este exemplo simplista para vos convencer de que, em cada negócio e em cada momento, há um equilíbrio óptimo entre as origens (próprias ou alheias) dos capitais que devem ser investidos. Espero que a minha argumentação tenha sido suficientemente clara.
Entretanto e se me perguntarem se eu considero, ou não, que a estrutura de capitais da Nossa SAD é a mais adequada, evidentemente que terei de responder que seria preferível termos mais capitais próprios e mais … direi que estou certo de que os capitais próprios da Nossa SAD vão crescer nos próximos exercícios (com o corrente incluído), na exacta medida em que a exploração vai ser lucrativa, apesar da pesada parcela dos encargos financeiros (juros) e apesar de continuarmos a receber uma miséria pelos direitos televisivos.
Nem sequer considero que possa falar-se de “insuficiência de Capitais Próprios”, na medida em que a Administração tem dado provas de não ter a sua actividade limitada por esse desequilíbrio.
Se assim não fosse e ao contrário do que afirmam os anti Vieira, a SAD não poderia ter recusado uma oferta do mamão chupista que significava um aumento de 14ME nos nossos proveitos anuais, durante os próximos cinco anos após 2013.
O facto de o mercado não ter “penalizado” a cotação das Nossas acções após esse comunicado á CMVM (ao contrário, os papeis valorizaram), constitui prova insofismável quer da credibilidade da Administração, quer da confiança que os especialistas depositam na capacidade do Grupo Benfica para gerar e gerir alternativas.
Finalmente e regressando aquela primeira pergunta dos anti Vieira, a minha resposta é muito clara: Claro que sabemos que o Passivo da SAD quase quadruplicou em 10 anos!Já o Passivo Global do Grupo Benfica ficou longe do quádruplo e, mesmo assim, ainda mais longe do crescimento do Activo do Grupo que, correctamente avaliado mais que se multiplicou por … 6!
E vocês, sabem por quanto foram multiplicados os Proveitos?
Bem sei que seria difícil falar de Proveitos em 2003, uma vez que os poucos que tínhamos estavam quase todos a caucionar dividas vencidas e não pagas por Direcções anteriores. Essas sim, DIVIDAS, e esses, poucos e pouco proveitosos Proveitos, que nem “descontados” podiam ser junto da banca, por já terem os seus destinos comprometidos para suprir os calotes que o Manuel Vilarinho herdou, numa situação que teria sido inultrapassável sem que o atual Presidente se tivesse “atravessado” com vários milhões de euro do seu património pessoal.

Adiante …
“Sabe que a SAD do Benfica esteve falida em 2009 e que só a retirada do estádio do clube para a SAD permitiu corrigir essa situação?”
Gente mentirosa que não evita nem as mentiras mais descaradas e a difamação mais asquerosa, na sua sanha sangrenta contra um Companheiro que elegemos, reelegemos e reconfirmamos com mais de 90% dos Nossos votos.
Mentira! A SAD nunca esteve falida em 2009, já que, tal como agora, a insuficiência aparente de Capitais Próprios assentava na mesmíssima subavaliação dos respectivos Activos.
Mentira! O estádio (deveria doer-lhes a boca quando assim se referem á Nossa Catedral) não foi “retirado” ao Clube (com maiúscula, sempre) e pela simples razão que nunca lá esteve.
A Catedral foi construída no quadro de uma Empresa que o Grupo constituiu para o efeito (a Benfica Estádio) e o que se fez foi a fusão dessa Empresa com a Nossa SAD.
E só é verdade que essa operação permitiu a correcção da insuficiência contabilística de Capitais Próprios, por que se tratava de um Activo que estava menos subavaliado (sim, que também ele vale mais que o respectivo valor de balanço).
O que é que se pode responder a esta cambada?
Sim, sabíamos! Nós, os Sócios e Accionistas, sabemos de tudo isso. Não só sabemos como votamos, esmagadoramente, essa operação, quer em AG do Clube, quer em AG de Accionistas.

“E sabia que se não for vendido nenhum jogador até ao final de Junho, a SAD terminará esta época novamente falida?”
O que eu sei é que essas contas de merceeiro, tipo “trouche e lebou”, que o Autor fez “presumindo que …” ainda podem vir a ser desmentidas pelos factos, bastando que não seja feita nenhuma venda até ao final deste exercício.Estas bestas de memória e presunções selectivas esqueceram-se de contar com as receitas da Champions no semestre corrente, só podem!
Só nessa linha, aldrabam cerca de 10ME! Coisa pouca, portanto.
Estes bandalhos não se envergonham nem de referir que os resultados operacionais positivos do primeiro semestre do exercício (o segundo de 2011) foram possíveis graças a “vendas muito grandes como Roberto e Fábio Coentrao”.
Roberto?Sim, Companheiros, eles citaram o Roberto.
Um Atleta (a este vou referir-me toda a vida com letra maiúscula, por tudo o que lhe fizemos e pela coragem com que ele nos suportou) cuja venda deve ter gerado um proveito de pouco mais de 1ME (o valor de 1 ano de amortização do respectivo passe)?
Confesso que há momentos em que me pergunto se estes Companheiros sabem mesmo do que estão a falar, ou se não passam de caloiros cábulas de um mau curso de contabilidade, caso em quase poderia sentir pena de tanta ignorância. Se querem um exemplo eloquente disto mesmo, reparem nesta citação: “… mais valias (normalmente um valor mais baixo pelo qual o jogador é vendido)”.
“Normalmente”, ó ignaros? E que tal escreverem … sempre e por definição (mais valia é a diferença, se positiva, entre o valor da venda e o valor de balanço) !
Mas não, Companheiros. Acreditem que eu consigo ler neste documento a capacidade técnica mais que suficiente para os poder acusar de má fé, de despudorada demagogia e de descarada mentira.
Porque será que nos não perguntam se sabemos que a Nossa SAD, enquanto estiver privada de um valor justo pelos direitos televisivos (faltam dois semestres, podem ficar descansados) e não querendo privar-se de manter os investimentos necessários para acompanhar a valorização do Plantel (seja por renovações, seja por novas aquisições), tem de realizar mais valias com a venda de passes de Atletas?Será porque todos conhecemos essa realidade e há anos? Ou será porque o Presidente o afirmou e reafirmou várias vezes?

“Sabia que o Benfica tem empréstimos a reembolsar no curto prazo (menos de um ano) superiores a 100ME?”
E um pouco mais adiante, na ponto 11 …
“Sabia que entre Dezembro de 2012 e Abril de 2013 o Benfica terá de reembolsar ao mercado mais de 90ME de empréstimos obrigacionistas?”
Entendamo-nos com clareza: o(s) Autor(es) deste documento entenderam começá-lo perguntando se sabíamos que as nossas “dividas” tinham quadruplicado nestes derradeiros 10 anos e que já montam a 400ME, depois, mais ou menos a meio do documento, perguntam-nos se sabíamos que vamos ter de pagar no próximo ano mais de 100ME e, no final do documento, perguntam se sabíamos que, entre Dezembro e Abril p.f., vamos ter de pagar 90ME em empréstimos obrigacionistas.
Perceberam bem?
Alguém ficou a pensar que “devemos” 400ME, mais 100ME que teremos de pagar dentro de um ano, mais 90ME que se vencem entre Dezembro e Abril?Não terá sido com essa intenção que “distribuíram” as três perguntas ao longo do slide show?
Pois que ninguém duvide que os 90ME fazem parte dos 100ME e que também estes fazem parte dos 400ME!Ou, melhor, nem sequer os dados são verdadeiros, porque estão incorrectas algumas datas de vencimento !
Depois disto ainda vos parece que devemos ser “meigos” com esta gente? Com quem se tenta servir da falta de informação e conhecimentos técnicos de muitos Benfiquistas para os alarmar, mesmo que isso prejudique o Glorioso?
Eu aplaudo quem consegue “dar a outra face” a este tipo de gente. Mais ainda aplaudo os que conseguem rir-se de tais comportamentos e sublinhar o desespero que confessam, mas … eu não sou capaz disso e não consigo deixar de sentir uma revolta profunda pelo mal que estão a fazer ao Nosso Clube.

“Sabia que o Benfica tem hoje uma massa salarial superior a do crac (esta é uma citação incorrecta, que eu recuso-me a escrever P….) e que duplicou nos últimos nove anos?”
“Sabia que temos mais de 60 (são 68) jogadores sob contrato?”
“… vista a desagregação dos valores relativos aos salários dos Atletas …”
Vergonha e repulsa pela mentira, não vos assistem?
Todos os Benfiquistas reconhecem o formidável enriquecimento, qualitativo e quantitativo, do Plantel conseguido durante o consulado do Presidente e, nestes termos, temos de considerar que um crescimento médio anual de pouco mais de 7% da massa salarial, ao longo de 9 anos, já seria um bom resultado, mesmo que não fosse acompanhado pela fusão com a Benfica Estádio e o consequente impacto nessa rubrica dos custos.Ou seja e na minha humilde opinião, a incompetência do(s) Autor(es) deste panfleto electrónico, á mingua de argumentos, vai ao ponto de sublinhar um evidente sintoma de excelente Gestão como se do oposto se tratasse.
E suportam essa interpretação nalguma(s) comparação(ões) com os valores de outros clubes que, tal como o Benfica, se tenham distinguido por um especial reforço dos seus planteis (como seria o caso, bem próximo, da sad de Braga)?
Ora, ora … como se fosse legitimo esperar tal coisa de Companheiros tão “normais”: claro que não!
Preferem, isso sim e mentirosamente, fazer uma comparação impossível com o crac, ainda para mais aceitando “embelezar” o desempenho desse adversário e, só para eles, separando os salários pagos a atletas.
Invulgar comportamento Benfiquista este, não concordam? Mostrar tudo o que de menos bom possamos ter, sublinhar até alguma coisa de boa desde que se consiga fazê-lo de um modo pejorativo e, para cúmulo, fazê-lo comparando com um quadro adulterado e pintado a azul.
Irra, Companheiros!
E ainda dizem que o fazem … “por ti, Benfica?”
Concretamente e para os desmascarar como merecem, eu afirmo que a Administração tem conseguido controlar excelentemente o crescimento da massa salarial, garantindo a sustentabilidade do crescimento qualitativo e quantitativo do Plantel e de todo o “Capital Humano” do Grupo Benfica.Para comprová-lo e aceitando o convite ao recurso a comparações (honestas, claro) com qualquer outra das sad’s existentes em Portugal, basta … fazer as contas: temos, de muito longe, o melhor Plantel e ele custa-nos, quer em amortizações, quer em salários, bastante menos do que são os custos apresentados pelo crac. Acresce que a taxa de crescimento da massa salarial da Benfica SAD não foi, em nenhum destes anos, a maior entre as quatro maiores sad’s existentes em Portugal.

“Sabia que a transferência de um jogador como o Coentrão não chega já sequer para contrabalançar as amortizações de jogadores comprados nos últimos anos?”
“Contrabalançar” … ? Palavra estranha, não acham?
Acontece que o que gostariam de usar era o verbo “pagar”, mas tal seria incorreto uma vez que as amortizações … não se pagam (são um custo, mas não uma despesa). Por isso e á forca de quererem “ligar e/ou comparar” um custo com uma receita (o que referem é, apenas, a receita liquida da venda do Fábio, esquecendo o proveito acumulado decorrente da sua transferência), chegam a esquecer-se do que a SAD já tinha ganho com a venda parcial anterior de uma parte do passe ao Benfica Stars Fundo, sem se esquecerem (viva a memória selectiva) da parte que lhe competiu da transferência para o Real.
“… comprados nos últimos anos? ”Limitação estranha, não acham?
Acontece que o que esta gentalha pretende, a todo o custo, não é só “atacar o Vieira”: de preferência o que eles desejariam seria descredibilizar os anos mais recentes da Gestão do Presidente.
Comigo, “vêm de carrinho”, como costuma dizer-se. Não vos permito nem estas pequenas manobras demagógicas, pelo menos sem as desmascarar.
Será que o(s) Autor(es) conhecem o valor das amortizações relativas aos Atletas “… comprados nos últimos anos?”
Não, não conhecem!
E o que fazem, então?
Ora essa: o que fazem em todo o documento – mentir, mentir, mentir.
Para o efeito sugerem que o valor das amortizações de passes dos outros Atletas (os que não foram comprados nos últimos anos) seria tão pequeno que se permitem considerá-lo nulo e, desta forma mentirosa, atribuem a totalidade do valor das amortizações aos tais Atletas “… comprados nos últimos anos”.Omitem, por má fé ou ignorância (que escolha o leitor), que qualquer renovação contratual, mesmo que não inclua um “premio de renovação” e desde que implique um aumento salarial, resulta num acréscimo ao valor contabilístico do passe desse Atleta e, recorrentemente, a um aumento do valor da respectiva amortização anual.
Tanto assim é que eu (mesmo desconhecendo os valores individuais) estou seguro de que a amortização do passe do Luizão (ou do “Tacuara” e já para não falar do “Super Maxi”) deve exceder a soma das amortizações do Nelson, do Melgarejo, do Jardel e do Nolito.
Mas, porque raio de razão é que a venda do Fábio teria de ser suficiente para “contrabalançar” os custos em amortizações dos passes de todo o Plantel?Será que a Nossa SAD não tem outros Proveitos?
Ups!Outros Proveitos, é expressão proibida para esta gentalha, sob pena de terem de reconhecer o “Milagre Financeiro” (que é económico e não financeiro) imputável ao Presidente e ainda que eu continue a preferir chamar-lhe, apenas, excelente Gestão.
Imagino a discussão entre os (prováveis) Autores do documento …“Diacho, não podemos insistir em falar apenas dos custos e das despesas, que os Benfiquistas vão desconfiar ou, ainda pior, pensar que é o “Orelhas” que anda a pagar estas despesas todas do próprio bolso.”

“Tens razão, mas vamos falar de que receitas?”
“Ora essa, das que os Benfiquistas menos gostam: da venda de Atletas”,
como se esses Atletas não tivessem sido comprados e/ou formados, antes de poderem ser vendidos.
O “R&C” do exercício corrente irá demonstrar que o Grupo Benfica ultrapassou largamente os 150ME de Proveitos (é obra, caramba!) e estes amestrados (desculpem-me, mas há horas que estou com esta palavra debaixo da língua) insistem em reduzir tudo a uma parcela de cerca de 20% desse montante?

“Sabia que o Benfica, só para pagar juros e amortizar investimentos feitos nos últimos anos em jogadores, tem de vender o equivalente a dois Di Maria (25ME) por ano?”
Como um Fábio lhes parecia curto, toca a multiplicar o Di Maria, especialmente porque nem o mais Vieirista poderá alegar que o Presidente comprou dois Di Maria, ou que poderá comprá-los no futuro.Para além do erro grosseiro quanto aos números, toda a minha argumentação anterior chega e sobra para destruir esta espécie de “raciocínios”.
Falso! Mentirosos! O Benfica não tem de vender nada nem ninguém para pagar juros e amortizar investimentos.O que a Nossa SAD tem, enquanto não conseguir reforçar os seus Proveitos em outras rubricas (como os direitos televisivos ou o “naming” da Catedral, por exemplo), é de obter mais valias pela venda de passes de Atletas e nem de longe necessita que esse acréscimo seja da ordem dos 50ME anuais (valor que, alias, nunca foi conseguido).

“Sabia que o Benfica gasta hoje com juros relativos aos seus empréstimos mais de 20ME por ano devido a subida das taxas de juro e a subida galopante do Passivo?”
“Sabia que o Benfica tem contraído empréstimos para equilibrar a tesouraria, renováveis automaticamente e com taxas de juro crescentes a cada três meses? A cada três meses o empréstimo renova-se e o Benfica paga mais 0,5% de juros ao BES.”
Ou seja, mais do mesmo e com a mesma “técnica”: refere-se a parcela A, sublinha-se a soma das parcelas A e B e, depois, faltando melhor, regressa-se á parcela B.
Os Companheiros que ainda resistem á leitura deste texto, já sabem perfeitamente a que correspondem estes quase (não, não são mais de) 20ME em Encargos Financeiros e podem estar seguros de que eles não resultam da “subida galopante do Passivo”
O Passivo, se não fosse a fusão com a Benfica Estádio da qual resultou um aumento ainda maior do Activo, quase não teria crescido nestes últimos 3 anos. O período de forte crescimento quer do Passivo, quer do Activo, foi aquele que traduziu os maiores investimentos estruturais realizados pelas Direções, coisa que todos os Benfiquistas não só sabem como compreendem, perfeitamente.
A Nossa SAD, que nasceu e cresceu com recurso (exagerado) a Capitais Alheios, ficou especialmente vulnerável á crise financeira internacional que resultou numa extraordinária alta das taxas de juro (essencialmente pelo aumento exponencial dos “spreads” impostos pelos Bancos): essa é uma verdade incontestável!
Mas, uma vez mais, esse processo verdadeiramente excepcional e imprevisível (apesar de ter sido previsto), acabou por constituir mais uma prova que a Administração da SAD ultrapassou com nota muito elevada, quer pela celebração imediata de uma série de contratos de “swap” que permitiram como que adiar o aumento das taxas, quer pela adaptação imediata dos orçamentos, em ordem a conseguir “absorver” esse acréscimo nos custos.Para demonstrar o que acabo de afirmar, bastará que, quando estiver encerrado o exercício corrente, se avalie a Demonstração de Resultados do triénio (2009-2012), para concluir que a SAD “atravessou esta tempestade com Louvor e Distinção”, coisa da qual não se podem gabar a esmagadora maioria das Empresas.
Ainda assim e porque há anos que, aqui neste OBELOVOAR (e não só), eu venho alertando todos os Benfiquistas para a séria ameaça para a SAD que resulta desta reconhecida dependência de Capitais Alheios, muito eu gostaria que as eventuais e desejáveis candidaturas abordassem o assunto durante a próxima campanha eleitoral, sem se esquecerem de apresentar propostas concretas e credíveis orientadas para a diminuição dos riscos emergentes desta ameaça.
Para terminar a minha argumentação em torno desta “questão dos empréstimos e dos juros”, recorro ao mesmo trunfo, óbvio, que já usei antes (contra as falsas conclusões do Companheiro Bcool): mas que raio de SAD é esta Nossa que, mais que falida, afogada em custos e despesas e já sem Di, Fábio e Roberto para vender, continua a ser uma cliente estimada pelos Bancos, mesmo depois de recusar a “prenda” com que o mamão chupista nos queria envenenar?Será que estes banqueiros não sabem o que andam a fazer com o dinheiro dos seus depositantes, ou será, em alternativa, que eu tenho razão quando afirmo que a Nossa SAD se tornou numa verdadeira máquina de fazer dinheiro (capaz de acrescentar valor aos seus Activos) e, por isso mesmo, um excelente e seguro destino para financiamentos bancários?
Um pouco mais de coragem Companheiros, que nos aproximamos do fim …

“Sabia que o Benfica já não vai pagar o estádio ate 2011, ou até 2013 como disse o director financeiro da SAD em 2008? O Benfica por incapacidade contraiu um novo empréstimo no âmbito do Project Finance do estádio, no valor de 63ME, para ser pago até 2024!”
Para verem que, se julgavam que o(s) Autor(es) já tinham descido a um nível ilimitadamente rasteiro, o documento ainda vos vai surpreender e … muito!
Ora bem, começando pelo alegado desejo segundo o qual a SAD iria “pagar” a Catedral (que está paga) até 2011 ou 2013, isso corresponderia a uma enormidade sem tamanho e perceptível pelo menos conhecedor dos Benfiquistas que estão mais do que habituados a que os investimentos em imobiliário tenham um horizonte de financiamento (e amortização contabilística) bem mais largo.Portanto e mesmo sem saber quem era o “diretor financeiro da SAD em 2008” (devem estar a referir-se ao Administrador Executivo, Dr. Domingos Soares de Oliveira), tenho a certeza mais do que absoluta que ele nunca terá feito tal afirmação.
Na pior das hipóteses, o DSO poderá ter dito (e eu duvido muito) que o prazo do Project Finance da Catedral expirava em 2011 ou 2013, o que não corresponde, de todo, ao que pretendem citar.
Mais do que isso e mesmo que tal afirmação tivesse sido produzida (resta saber em que contexto), no que seria um erro em qualquer caso, bastaria ter consciência do “terramoto financeiro” que sobreveio a essa data para justificar que ela, tal como todas as outras, nunca pode ser considerada independentemente da data em que teria sido produzida.
Ou seja:. constituiria uma bestialidade insustentável, sobretudo com a estrutura de capitais da SAD, pretender que a Catedral deixasse de servir de colateral em empréstimos a obter, pelo menos antes de estar integralmente amortizada (talvez em 2024, mas não posso garantir); por isso e num momento em que a Catedral já só estava a garantir cerca de 72ME de financiamento (o valor actual do PF), nada mais correto em termos de gestão do que aumentar esse valor, por forma a substituir empréstimos com taxas de juro mais gravosas, especialmente após o dealbar da crise financeira internacional; e agitar “um espantalho” relativo ao prazo e modo de pagamento dos financiamentos relacionados com a Nossa Catedral, ainda que revelando que dele resulta uma operação de “consolidação de passivos” (alargamento dos prazos de reembolso), constitui uma verdadeira difamação levantada contra a inteligência dos Benfiquistas e a competência e integridade da Administração da SAD.
Bem sei que a maioria dos Companheiros já se estão a dizer qualquer coisa como “estou-me marimbando para o prazo de amortização da Catedral, porque o que eu quero mesmo … são títulos!”.A minha tese é que, nem eu, nem os que assim pensam, nem nenhum Benfiquista deve ser tolerante para com a baixeza com que o(s) Autor(es) do documento aqui em discussão, se permitem tratar o Nosso Clube, com o único propósito de atacar um Homem, um Companheiro, que se tem batido e bem, em prol do Benfica.

Last but not least …
"Sabe que o dinheiro do contrato que vai ser assinado com o mamão chupista pode ser antecipado todo nessa altura (entre Dezembro e Abril) só para reembolso destes empréstimos, não vendo um tostão desse contrato no futuro?"
Rasteirinhos, ou rasteiríssimos: qual preferem?
Esta cambada, marimbando-se para o Benfica, confessam aqui que têm um único e simples interesse: atacar o Presidente por tudo e pelo seu contrário, por ter e não ter cão, por assinar e por não assinar com o mamão chupista.Eles não têm nenhum programa, nem sequer candidato. Eles não desejam a redução do Passivo, nem o seu aumento, eles não querem a renovação do contrato com o mamão chupista, nem o seu fim, eles não querem que se vendam os Di, nem querem que eles sejam mantidos no Plantel, eles não querem nem mais custos, nem menos, nem os que temos, nem os que possamos vir a ter.
Esta gentalha não quer nadica de nada a não ser uma única coisa: achincalhar o Presidente, custe o que custar!
Demagogia, mentira, confusão, cobardia e tudo o mais que lhes permita sentir que estão a conseguir atacar LFV, tudo serve e em qualquer dose.
Mas, então, esta gentalha não sabe que foi recusada a proposta de renovação do contrato com o mamão chupista, logo eles que sabem que um tal ato de Gestão passa por comunicação obrigatória á CMVM?Imaginam que, depois de recusada essa proposta, ela ainda pode vir a ser assinada? Não só que pode, como que … vai ser assinada?
Que sabem pouco de contabilidade e são movidos por muita má fé, isso já era evidente, mas que não têm nem a mais leve noção de como se pode (e não pode) gerir uma SAD cotada em Bolsa, disso escusavam de se confessar com tanta falta de vergonha.
Infelizmente, há muitos mais Companheiros (sobretudo pela Gloriosasfera fora) que patenteiam a mesmíssima confusão sobre este tema dos direitos televisivos, embora eu esteja convicto de que, na maioria, o façam completamente isentos de má fé. Chegou o momento para tentar esclarecer esta questão.
O Presidente do Grupo Benfica (do Clube, da SAD e da SGPS) deu uma entrevista em Fevereiro passado em que afirmou, sem tibiezas, o seguinte (e o tempo demonstrou que eu tive razão quando escrevi, aqui mesmo, que essas afirmações constituíram a única razão pela qual foi concedida a entrevista):. que esse assunto iria ser decidido até final desse mês; que existia um valor (um número mágico) capaz de viabilizar a renovação do contrato ainda em vigor; e que, face á ausência de outro operador (e outra proposta), caso esse contrato não fosse renovado, a Benfica SAD passaria a gerir directamente os seus direitos televisivos.
Não confundam, não se confundam e não percam o vosso tempo a fazer leituras entre as linhas!
O Presidente foi de uma clareza meridiana (nem ele é pessoa para trocadilhos rebuscados) e os factos posteriores vieram confirmar tudo o que ele disse:. uma vez que o “número mágico” não foi atingido, foi tomada a decisão de não renovar o contrato com o mamão chupista; e essa decisão foi formalizada na primeira reunião do CA da SAD posterior ao fim de Fevereiro e foi comunicada á CMVM.
Não há mais mas, nem meio mas: o contrato não será renovado e o CA da SAD não está a conduzir nenhuma negociação alternativa ao actual contrato, seja com quem for (e se o vier a fazer, terá de o comunicar á CMVM)!Mais ainda, eu posso garantir que uma tal negociação só se poderia iniciar com outro operador (ou reiniciar com o mesmo), no mínimo dos mínimos sobre um MoU (Memorandum of Understanding) que apontasse para um valor substancialmente superior ao que foi recusado (talvez 25ME anuais, diria eu).
Tudo o que aqui afirmo só poderia ser afirmado caso houvesse ou uma alteração profunda no CA da SAD, ou um novo “terramoto” no mercado. Por menos do que isso, a CMVM não perderia a oportunidade de submeter a Nossa SAD a uma pesada (e justificada) coima. Nestes termos, esqueçam este tema como “arma eleitoral”, ou seja: podem criticar a opção tomada pela SAD se e como quiserem (já agora, convinha que fossem indicadas alternativas), mas não podem continuar a lançar a confusão sobre o assunto, admitindo hipotéticas manobras dilatórias orquestradas pelo Presidente e pelo mamão chupista (uma “amizade” que já viveu muito melhores dias, como os factos recentes comprovam a saciedade).

Viva o Benfica!
..."



ADENDA: O José Albuquerque descansou no final do primeiro dia, e voltou ao trabalho no segundo!!! Aqui fica a continuação:

"Avaliar o Activo da Benfica SAD


Dos comentários ao meu texto anterior (“Milagre Financeiro”?), comentários que não tenho palavras suficientes para agradecer, um dos aspetos que mais “chocou” os que entenderam manifestar o seu desacordo comigo, foi o relativo aos números pelos quais eu “avaliei” dois grupos da rubrica “Activos Intangíveis” do balanço da Nossa SAD.
Concretamente, alguns Companheiros tiveram dificuldade para encontrar os melhores adjetivos quer para qualificar-me quando eu afirmei que o Contrato de Exploração da Marca (que estava, em 31.12.2011, contabilizado em balanço por 11,6ME) vale, pelo menos, 150ME, quer para contestar-me quando eu atribui aos passes detidos sobre todos os Atletas sob contrato um valor de cerca de 250ME (e que estão, em 31.12.2011, contabilizados por 94,9ME).Ora como foi sobre o argumento da “subavaliação” dos Activos da SAD que eu desmontei a alegacão da insuficiência dos Capitais Próprios, torna-se imperioso dar a este tema a atenção necessária para que os Benfiquistas possam formular uma opinião que os satisfaça.

Vamos a isso?
Para começar, avancemos dois pontos prévios:. se queremos que todos os leitores sigam os raciocínios, temos de evitar ao máximo o recurso ao “economês” e, por isso, este texto não pode ter um carácter técnico avançado; e a contabilidade pode ser considerada só como um conjunto de técnicas, ou como uma ciência, mas eu considero que, a partir de certos níveis, a contabilidade é uma arte.
Felizmente, a maioria dos activos é muito simples de “avaliar” (no sentido de os contabilizar com rigor e aderência a realidade), como sejam os casos da maioria dos móveis e imóveis “corpóreos” (“Tangíveis”), especialmente os que são adquiridos em “estado acabado”.São os exemplos de casas, carros, máquinas, mobiliário, etc. que são adquiridos normalmente e que são contabilizados pelo preço de custo.
Posteriormente, mesmo este tipo de activos, vão ser amortizados segundo regras internacionalmente aceites e que apenas pretendem distribuir o custo que eles representam para quem os adquiriu ao longo de todo o tempo em que eles vão ser utilizados. Ora acontece que, regra geral, no final do período de amortização (3, 5, 6, 8, 10, 20 ou mais anos, conforme os casos), esse activo (mesmo “velho” ou “usado”) acaba por chegar a ficar com um valor contabilístico nulo (= zero), quando ainda pode continuar a ser utilizado ou vendido por algum valor (que constituiria uma “mais valia”).
Nestes casos, a boa técnica contabilística recomendaria uma “reavaliação do ativo”, por forma a que a informação fosse o mais aderente possível com a realidade e o mesmo deveria acontecer nos casos em que o bem em causa seja adquirido, logo á partida, por um valor muito diferente do seu “preço normal de mercado”.
Imaginem que adquirem um imóvel (numa hasta pública, por exemplo) pela metade do seu valor “normal”. Nesse caso o que vai suceder será que o vosso balanço não vai reflectir com o rigor desejável a realidade do vosso património.
O mesmo aconteceria, agora pelo inverso, em qualquer caso em que seja feito um “negócio ruinoso”, ou seja, por um preço muito acima do que seria “normal”.
Mesmo com este tipo de bens, a “coisa” já se complica quando se trata de uma “construção própria” (como um pavilhão, ou uma piscina, construídos sobre um terreno que já estava no Activo).Nestes casos o que é “normal” fazer é adicionar ao valor atribuído ao terreno, os custos da construção e, assim, “avaliar contabilisticamente” o activo (pavilhão, piscina, etc.) em causa e a “complicação” resulta do facto frequente de que um imóvel já construído valer, em regra, bastante mais do que a soma daquelas partes.
E como é que se poderia “corrigir” um caso destes e encontrar o valor correto para contabilizar no balanço?
Não seria fácil encontrar uma solução, mas a “ciência” sugere que se utilizem varias técnicas (e que, no final, se escolha um valor cautelosamente intermédio), como sejam; (1) o custo de substituição (ou seja, o que custaria comprar um activo semelhante), (2) uma “arbitragem” (ou seja, o valor atribuído por um painel de especialistas), ou, caso o activo garanta um fluxo de receitas (e Proveitos), (3) o valor actual dos cash flow futuros (ou seja, a soma das receitas/proveitos futuros desse activo, descontados pela “inflação”).
Obviamente, este pode tornar-se um exercício (uma verdadeira arte) dificílimo quando se queiram, por exemplo e também, considerar variáveis como … “benefícios desportivos”.

Ora bem, considerando que todo o Activo Corpóreo da Nossa SAD estava, em 31.12.2011, contabilizado por menos de 160ME (Catedral, pavilhões, piscinas, Seixal, viaturas, máquinas, etc. etc.), se a memória me não atraiçoa eu não tenho a menor dúvida em afirmar que estamos perante mais um caso em que a contabilidade não reflecte correctamente a realidade (o Activo está claramente subavaliado), embora não me considere avalizado para avançar o que poderia ser um valor que se aproximasse mais (sempre por valores cautelosamente inferiores) da realidade actual.
250ME? 350ME? 450ME?Enfim, não sou capaz de sugerir, mesmo com toda a humildade e reservas, um valor. Mas posso garantir que não seria difícil encontrar comprador (ao longo de um ano, por exemplo) por bem mais que aqueles 160ME!
Entretanto, este tipo de desafios que enfrentam os contabilistas ainda mais se complicam quando começamos a olhar para os chamados Activos Incorpóreos (e/ou Intangíveis), tais como um contrato de exploração de uma marca, passes de Atletas, um Alvará, uma Patente, uma concessão de exploração de uma infraestrutura (uma autoestrada, um porto, uma rede de distribuição de energia, por exemplo).
No exemplo dos “passes” de Atletas, a coisa não parece transcendental quando pensamos em casos de idades suficientemente avançadas para podermos presumir que o fim do contrato coincidirá, mais ou menos, com o final da respectiva carreira (como, oxalá, poderão vir a ser os exemplos dos Nossos Aimar, Saviola e “Super Maxi”): no final desses contratos teóricos, o valor contabilístico será “zero” e o “valor real” do passe já não poderia ser muito alto (quer dizer, se não pensarmos em casos como o do Eto’o, por exemplo).Já quando se avalia o passe de um Atleta de 19 anos (um Di, um Luiz, ou um Nelson), o problema fica muito mais complexo, dado que existe uma certa (altíssima, naqueles 3 casos) probabilidade de significativa valorização, resultante do simples “amadurecimento” das qualidades do Atleta.
Pior ainda, quando comparamos com outros exemplos do tipo como os Alvarás, ou as Patentes, porque enquanto com estes é bem simples determinar o rendimento futuro (os tais cash flow) que podem permitir, caso fossem “alugados para exploração por terceiros”, no caso dos Atletas jovens todos reconhecem que os seus empréstimos (aluguer para exploração) não proporcionam grandes proveitos, concentrando-se as eventuais mais valias potenciais no momento de uma futura venda do respectivo passe.
Com todas estas dificuldades, o que é certo é que há gente que vive (profissionalmente, quero dizer) exactamente deste trabalho: avaliar passes de jogadores de futebol (e basquete e futebol americano, ou basebol).

Querem tentar avaliar os passes dos Atletas que temos no Plantel?Espero que tenham respondido afirmativamente, ou tenho estado a perder o meu tempo e o leitor tem estado a perder o seu.
Em primeiro lugar, aqui lhes deixo os valores rigorosos extraídos do Balanço em 31.12.2011:- valor (liquido de amortizações) total do Activo Intangível à 109,7ME (era de 100,2ME um ano antes)
- do qual …. Contrato de Exploração da Marca Benfica à 11,6ME
- do qual …. Partes de “passes” de “outros atletas” à 3,2ME (casos como o Reyes e o Sálvio)
- do qual …. Partes dos “passes” dos Atletas do Plantel à 94,9ME

Ou seja e em números redondos, se avaliarmos o Nosso Plantel em mais de 95ME, então teremos de concluir que esta rubrica do Activo está subavaliada. Ao contrário, se chegarmos a um total inferior, teremos de concluir que a contabilidade da Nossa SAD nos está a esconder um tremendo prejuízo (uma imparidade).
Para nos ajudar nesta demanda, comecemos por “pedir uma ajuda” ao Benfica Stars Fund (BSF), que sabemos ter uma equipa de especialistas a trabalhar neste assunto e que, pela experiência passada (casos do Di, do Luiz e do Fábio), sabemos que faz sempre, como deve ser, avaliações suficientemente seguras para poder garantir expectativas de mais valias futuras.
Em 31.12.2011 o BSF detinha as seguintes parcelas de passes de (20) Atletas (seguido do cálculo do valor de 100% desse passe):
D. Simão 25% 375mE 1,5ME
L. Pimenta 25% 375mE 1,5ME
Yartey 25% 375mE 1,5ME
J. Garcia 20% 3,4ME 17ME
M. Vítor 25% 0,5ME 2ME
N. Oliveira 25% 2ME 8ME
Roderick 25% 2ME 8ME
R. Amorim 50% 1,5ME 3ME
Shaffer 40% 1,4ME 3,5ME
Urreta 20% 1,2ME 6ME
Cardozo 20% 4ME 20ME
F. Menezes 30% 1,5ME 5ME
Maxi 30% 1,35ME 4,5ME
Airton 40% 3ME 7,5ME
Kardec 50% 3ME 6ME
B. César 15% 1.035ME 6,9ME
Garay 10% 1,175ME 11,75ME
Jara 10% 0,6ME 6ME
Nolito 20% 1,3ME 6,5ME
Nico 15% 2,025ME 13,5ME
_________________________________________
TOTAIS 32,11ME 139,65ME

Interessantes estes números, não?
Se repararem e ao contrário de outros clubes que vendem partes de passes de atletas a parceiros financeiros e que, por regra, avaliam essas partes pelo mesmo valor que o compraram (ou menos, porque não incluem o valor das comissões pagas), a Nossa SAD consegue, sempre e em todos os casos, vender estas parcelas já com mais valias sobre o que por eles pagou!
Outro aspeto interessante (e recordo um debate que, há uns 3 anos, aqui mantive com o Enorme BenficaEagle, do FORUMBENFICA, em que ele defendia que estas mais valias – as obtidas do BSF, deveriam ser imediatamente contabilizadas), é notar que estes “lucros” são apenas contabilizados pela Nossa SAD, mensalmente e ao prorrata de toda a vida do contrato que a liga ao Atleta, ou seja, numa perspectiva bem conservadora.
Um terceiro ponto a realçar e que confirma a extrema cautela da SAD a valorizar os seus Activos, passa pelo valor atribuído em balanço aos 15% que detemos no BSF. Seria normal que, no mínimo, esses 15% estivessem “avaliados” por 15% daqueles 32,11ME, certo? Uma tal avaliação corresponderia a dizer que “não temos nenhuma expectativa que estes Atletas possam valer mais do que o valor de avaliação inicial”, caso que teríamos de considerar muito pessimista. Mas não! Nem sequer por esse valor: os 15% detidos no BSF estão avaliados (subavaliados, digo eu) por 2,7ME, ou seja, considerando que todo o Fundo vale “apenas” 18ME.

Então, Companheiros?
Em quanto querem avaliar só este primeiro grupo de 20 Atletas?
Façam as vossas contas, caramba!
Eu sugiro que, para cada um deles, considerem um valor mínimo (abaixo do qual não aceitariam vender), um valor máximo (pelo qual aceitariam vender de imediato) e um valor intermédio, que pode resultar da média aritmética acrescida de uma eventual correcção por eventual expectativa de valorização ou desvalorização.

Já está?
A que valor redondo chegaram?
Eu, com o pessimismo bastante, chego a 200ME, pelo que (para facilitar as contas e aumentar o pessimismo), admitindo que a SAD detém 75% deste conjunto de passes, chego a um subtotal de 150ME!

Podemos começar a somar mais alguns Atletas? Estão preparados?
Então vamos a mais um grupo de 10: Witsel, Rodrigo, Artur, Luizão, Matic, Oblak, Melgarejo, Jardel, Wass e Eder Luís (todos eles detidos em 100%, creio eu).
Quanto valerá esta parcela?
30+25+10+10+10+10+10+5+5+5=120ME?
Para termos um valor redondo e cauteloso, que tal 62,5% daquele total?
Fiquemos pelos 75ME e, com os 150ME da anterior parcela, já vou em 225ME, com apenas 30 Atletas!
Enzo, F. Bastos, Carole, Sidnei, J. Cesar, C. Martins e Y. Djaló. Quanto podem valer estes 7 Atletas?Eu creio que não se compravam por 30ME, mas concedo: avaliemos em 15ME
Vamos em 37 Atletas (faltarão 31 para os tais 68) e a soma já vai em 240ME
Estes últimos dois nomes fizeram-me lembrar que os amestrados da mérdia não se cansam de repetir que o Glorioso quase não tem Atletas portugueses (ou formados em Portugal).Então aqui vai uma lista com essa dedicatória especial:
Mika, Varela e Costa (guarda redes)
F. Faria, A. Almeida, L. Martins, Cancelo, J. Nunes e F. Cardoso (defesas)
R. Pinto, N. Coelho, M. Rosa, N. Semedo, J. Amorim, Guzzo, J. Teixeira, A. Gomes e Cafu (centrocampistas)
Sancidino, M. Liz, H. Vaz, H. Costa, I. Cavaleiro e Herlein (avançados)
Um total de 24 Atletas, quase todos produtos da Nossa “Fábrica” e todos eles internacionais nos escalões jovens; quanto valem?
Não sei como estão as vossas contas, mas eu, pelas minhas, já parei nos 250ME há bastantes nomes atrás!
Ainda me faltam 7 Atletas para completar o tal numero indicado no “R&C” (os tais 68), mas estou certo que os leitores (usem a caixa de comentários, por favor) vão completá-la Emerson, Capdevila …).Convido-vos a deixarem na caixa de comentários as vossas contas, ou, pelo menos, a vossa avaliação final a todas estas parcelas do Plantel.
Eu, pelo meu lado, dou como “demonstrado” o valor a que tinha chegado num texto escrito há cerca de um ano e que, cautelosamente, totaliza os tais 250ME.

Podemos passar ao tema da avaliação da Marca Benfica?
Não esqueçam que, pelo balanço, o Contrato pelo qual a exploração da Marca foi cedida á Nossa SAD (creio que por 75 anos), tem um valor liquido (em 31.12.2011) de 11,6ME.
Difícil, não é?
Creio que são do domínio publico os resultados de alguns estudos feitos nesta área por algumas entidades de reconhecida credibilidade, mas também não ajudam muito, uma vez que os valores que foram divulgados (certamente por assentarem em pressupostos diferentes) foram muito diferentes: 200ME e 80ME, nos casos que eu conheço.
Uma vez que este texto já vai longo, passo, imediatamente, a explicar como é que eu cheguei aos 150ME que já referi ser a minha avaliação (cautelosa) deste item do Activo da Nossa SAD:
1) Seleccionei a parte dos Proveitos de Exploração da SAD (anos de 2008, 2009 e 2010) que eu considero imputáveis á Marca (parte das quotas, dos patrocínios e de outros Proveitos);
2) Apurei a parte dos Custos de Exploração que eu considero que foram necessários para a obtenção daqueles Proveitos;
3) Subtraindo a segunda série da primeira, obtive uma série de 3 valores anuais para “Resultados de Exploração da Marca”;
4) Considerei a média aritmética desta ultima série (que era crescente) como o valor de base aplicável ao ano de 2011 (uma hipótese pessimista);
5) Projectei esse valor base por 25 anos admitindo um crescimento anual de 3% (uma hipótese muito pessimista), obtendo, assim, uma série de valores teóricos dos cash flow futuros;
6) Descontei essa série (para calcular o valor actuarial de cada um desses valores anuais) com uma “taxa de desconto anual” de 10%, acrescida de um “prémio de risco” (politico, social, económico, financeiro e de gestão) que não posso revelar porque constitui um know-how especifico da minha Empresa; e, finalmente,
7) Somei essas 25 parcelas anuais.
Sabem quanto me deu o resultado? Quase 190ME!

Ora como eu não quero ser acusado de poder estar a sobreavaliar o resultado, toca a cortar-lhe por conta daquilo a que eu costumo chamar a “margem de cagaço”.
Resultado final?
150ME!

Atenção, Companheiros anti Vieira: não me venham dizer que eu parti de uma base muito alta, porque isso implica que estarão a avaliar a gestão recente da Nossa SAD como excepcionalmente boa. Correto?
Também não me digam que não foram bem cautelosos os meus critérios de cálculo e actualização (actuarial) dos cash flow, uma vez que a taxa real de crescimento dos Resultados imputáveis á Marca tem sido muito superior aos tais 3%, mesmo com os direitos televisivos pagos “a preços pré históricos”.
Mas, se são sérios e tecnicamente competentes, façam vocês as contas e apurem um valor que vos convença.
Pelo meu lado, a conclusão ficou indesmentível: há vários itens do Activo da Nossa SAD que estão (muito) subavaliados.Nos tribunais, usa-se a expressão “I rest my case”.
Entre matemáticos preferimos escrever: Q.E.D. (quod eramus demonstrandum) .

Viva o Benfica!
..."

José Albuquerque, in O Belo Voar da Águia

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