sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Os perigos do jogo de amanhã

"Amanhã o jogo contra o Nacional encerra perigos muito diferentes dos habituais. Em condições normais o Benfica ganhará ao Nacional no Estádio da Luz.

Um dos problemas pode ser esse, os jogadores sabem que são favoritos e por isso não colocarem a intensidade de jogo necessária para vencer sem passar por sustos.

A deslocação da próxima semana a São Petersburgo, para a Liga dos Campeões, não pode estar na cabeça dos jogadores neste sábado. Se isso acontecer o risco aumenta. A confiança é boa quando é um tónico para a motivação e não uma desculpa para a preguiça.

Jorge Jesus é um antídoto para estes perigos, mas receio que a facilidades que apregoam, a superioridade que noticiam e a vantagem que conseguimos possam ser anestésicos da vontade de ganhar.

No último título conquistado pelo Benfica, o jogo com o Nacional foi uma das páginas mais coloridas, vencemos 6-1, e não consta que fosse a poupar. Que sirva de mote.

O Nacional tem vindo a subir de produção com este treinador, e mostrou frente ao Sporting, na quarta-feira, que será difícil vencê-lo.

É preciso ganhar amanhã para ver a Rússia de outra maneira. Se vencermos o Nacional, veremos com tranquilidade no domingo o novo FC Porto agora treinado por Lucho Gonzalez.

Nos caminhos do título é bom depender apenas de nós, e por isso teremos de conservar os cinco pontos de avanço. Quem está em tantas frentes de conquista sabe bem disso.

A Champions é uma espécie de matrioska, cada patamar que passamos temos um ainda maior para passar. É o interminável aumentar do desafio.

Há sempre novos e mais difíceis obstáculos, numa prova onde o dinheiro e o prestígio são o móbil, gostava essencialmente de jogar bem e mostrar qualidade em terras russas. Faltam três degraus para o limite.


PS - Acabo de saber que Pablo Aimar renovou contrato por mais uma época. Já dei ordens para que renovem a minha cadeira no estádio da Luz porque ter Aimar é ter a garantia de assistir a grandes espectáculos."


Sílvio Cervan, in A Bola

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