terça-feira, 8 de novembro de 2011
Objectivamente (Lagartada)
"Já ninguém atura os sportinguistas com a sua desmesurada euforia em torno dos bons resultados obtidos ultimamente. Esfregar as mãos e recuperar caminho já não chega. É preciso sempre exagerar um pouco dar graça a estes nossos tão entusiastas rivais.
Querem muitos bilhetes para verem o jogo da Luz. Querem ter vários representantes no novo elenco da Federação Portuguesa de Futebol. Querem, igualmente, dar pontas de lança na nova Direcção da Liga. E na Arbitragem, na Justiça e Disciplina também querem, querem, etc, etc...
Bom, mas não seria mais interessante ajudarem a melhorar o Futebol português, colaborando com as propostas, participando seriamente na revolução, em vez de andarem a pedinchar lugares?
E, depois, não o conseguem fazer em silêncio. Têm de ajudar a elevar o ruído da discórdia e da confusão que vai reinando na escolha do melhor candidato para a FPF.
Dentro da Direcção há quem apoie os dois candidatos. E em público vão-se degladiando dando uma mostra de quem não tem rumo nem sabe o que quer. Os chamados «papagaios» (que falam em nome do clube nos variados debates televisivos e radiofónicos) já foram criticados pelo presidente da Direcção.
Godinho Lopes deu duro no presidente da Assembleia Geral por causa da crítica pública ao 'funcionário' Luís Duque. E Barroso reclamou, dizendo que apenas queria proteger o presidente. Barroso sempre foi assim. Não quer perder influência e protagonismo no clube e vai papagueando umas coisas para cair na graça de todos. O problema é que nem sempre têm paciência para o aturar. Mas, o certo é que conseguiu nas últimas eleições apoiar um candidato e ganhar lugar na lista do que venceu. Ele e outros que aparecem aí pelas TV's.
Há, pois, que rever o protagonismo dos «papagaios», esses psitaciformes tão insurrectos!!!"
João Diogo, in O Benfica
Quantidade e qualidade
"Esta coisa de escrever antes de um jogo importante e só ser lido depois do embate só não constitui um aborrecimento (e um risco) porque o móbil responde pelo nome de Sport Lisboa e Benfica. Escrever sobre o Benfica, afinal, é como jogar pelo Benfica. Escrever sobre o Benfica, afinal, é como vibrar pelo Benfica. Sempre, sempre mesmo.
O Benfica já está na segunda fase da Liga dos Campeões? Era esse, de resto, o meu vaticínio. Até ao encontro da última quarta-feira, pelo menos, Benfica e Barcelona tratavam-se dos únicos emblemas europeus invictos na Europa com Futebol mais... civilizado. Contabilizados todos os jogos oficiais da presente temporada, o pior registo que se poderia encontrar no percurso dos dois colossos eram apenas igualdades. No caso vertente do Benfica, perante o Gil Vicente (o único desfecho deveras negativo, ainda que averbado extra-muros), o FC Porto (no Dragão) e o Manchester United.
O Benfica, versão 2011/2012, mais a sua trajectória imaculada, tem entusiasmado os adeptos. Ainda falta alguma constância exibicional? Certamente que sim. Em todo o caso, o colectivo de Jorge Jesus já demonstrou que esta poderá, e deverá ser, uma época com mais vermelho no sonho bonito da gente. Ademais, o actual plantel não apenas exibe qualidade, condição fundamental para o triunfo.
Trata-se, também, de um elenco com quantidade indesmentível de valores individuais, outra circunstância decisiva para o êxito. Este Benfica tem qualidade e tem quantidade. Tem o que deveria ter. Tem, por via disso, amplas condições para rubricar um ano competitivo de excelência. As primeiras amostras são já mais do que prometedoras, são mesmo a garantia de sucesso."
João Malheiro, in O Benfica