terça-feira, 8 de novembro de 2011

Quantidade e qualidade

"Esta coisa de escrever antes de um jogo importante e só ser lido depois do embate só não constitui um aborrecimento (e um risco) porque o móbil responde pelo nome de Sport Lisboa e Benfica. Escrever sobre o Benfica, afinal, é como jogar pelo Benfica. Escrever sobre o Benfica, afinal, é como vibrar pelo Benfica. Sempre, sempre mesmo.

O Benfica já está na segunda fase da Liga dos Campeões? Era esse, de resto, o meu vaticínio. Até ao encontro da última quarta-feira, pelo menos, Benfica e Barcelona tratavam-se dos únicos emblemas europeus invictos na Europa com Futebol mais... civilizado. Contabilizados todos os jogos oficiais da presente temporada, o pior registo que se poderia encontrar no percurso dos dois colossos eram apenas igualdades. No caso vertente do Benfica, perante o Gil Vicente (o único desfecho deveras negativo, ainda que averbado extra-muros), o FC Porto (no Dragão) e o Manchester United.

O Benfica, versão 2011/2012, mais a sua trajectória imaculada, tem entusiasmado os adeptos. Ainda falta alguma constância exibicional? Certamente que sim. Em todo o caso, o colectivo de Jorge Jesus já demonstrou que esta poderá, e deverá ser, uma época com mais vermelho no sonho bonito da gente. Ademais, o actual plantel não apenas exibe qualidade, condição fundamental para o triunfo.

Trata-se, também, de um elenco com quantidade indesmentível de valores individuais, outra circunstância decisiva para o êxito. Este Benfica tem qualidade e tem quantidade. Tem o que deveria ter. Tem, por via disso, amplas condições para rubricar um ano competitivo de excelência. As primeiras amostras são já mais do que prometedoras, são mesmo a garantia de sucesso."


João Malheiro, in O Benfica

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