quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Os imortais no 'glamour' da Pequena Paris

"BUCARESTE - O Benfica tem um enorme prestígio a defender. Os palcos da Champions, os maiores europeus, coabitam bem com a sua rica história, ontem enriquecida com mais uma vitória. Constatei toda a dimensão internacional do Benfica aqui em Bucareste. A Paris do Leste já não é propriamente a Pequena Paris. A capital romena continua a não dormir, mas já não só pelo encanto de todos os mistérios da noite. A lua junta-se ao sol ao som das máquinas, a grande urbe, hoje com mais de dois milhões de habitantes, vive em constante azáfama. O progresso é insaciável. A influência francófona, o glamour, ainda irradia, mas a arquitectura moderna já se sobrepõe a uma construção nitidamente comunista. No ar, um fino e sedutor perfume francês rivaliza com uma ardente paixão: o futebol. Os romenos adoram futebol e não esquecem as lendas. Eusébio, Germano, Coluna, Torres, Graça, Simões... Assim mesmo, com todas as letras e pronúncia bem aceitável, ouvi algumas vezes em Bucareste na imediata associação à deslocação da águia. São estes os imortais, do Benfica, de Portugal, do Mundo."

Hugo do Carmo, in A Bola

Obstáculos Olímpicos !!!

Mais uma contratação Olímpica!!! Alberto Paulo, recente finalista nos Mundiais de Atletismo, nos 3000m Obstáculos, vai passar a vestir o Manto Sagrado. O Madeirense é uma excelente mais valia nos Campeonatos colectivos internos, e para o ano em Londres, terá como objectivo a presença na final da sua prova favorita....

Depois do túnel, o funil

"Considero justo o resultado do Porto-Benfica. E considero que a arbitragem terá errado menos que os outros intervenientes.

No entanto, acabando o jogo, haveria que explicar a desilusão portista. À míngua de melhor argumentário, todos os que faltaram alinharam - disciplinadamente - pelo mesmo diapasão. A culpa foi do Cardozo (não se referiam, todavia, ao golo que ele marcou).

No tão citado enlace entre Cardozo e o contumaz fiteiro Fucile, a farsa foi de tal monta que o pobre lingrinhas levou uma pseudo joelhada no traseiro... e logo se queixou... também da cabeça, certamente por osmose sabe-se lá de quê!

Os iluminados do costume, perante uma infinidade de ângulos e velocidade das câmaras, conseguiram inventar uma agressão. Os mesmos que também acharam que, em Aveiro, o jovem talentoso James se limitou, não a socar, mas a afagar o apêndice do adversário, não merecendo a expulsão! Ou que, com Jorge Sousa, na final da Taça da Liga (Benfica, 3 - Porto, 0), não se admiraram de Bruno Alves ter acabado o jogo depois de uma série de investidas com todo o seu arsenal anatómico?

Sei que no futebol, nós adeptos temos dificuldades em levar a coerência até ao limite, mas que diabo - tanta incoerência cheira a mau... empatar.

A indigente ladainha de desculpa virou Takuara e, durante uns tempos, vai municiar a acefalia futebolística. Mas, não nego que esta inventona de agressão no traseiro do Fucile - se persistir - é bom presságio para os benfiquistas... Depois do túnel, virá o funil, perdão, o Fucile.


PS: Ó Maxi, por que razão não te atiraste para o chão quando o Hulk te acariciou cabeça contra cabeça? Para a outra vez tem juízo e perder a cabeça (no relvado)."




Bagão Félix, in A Bola

Ser grande é...

"FC Porto e Benfica empataram 2-2 e, como é hábito, houve queixas da arbitragem. Fucile, por exemplo, disse que tinha sido agredido por Cardozo e estranhou o facto de o paraguaio não ter sido expulso. Vítor Pereira, treinador do FC Porto, assumiu as palavras do seu jogador como verdadeiras e defendeu-o na hora. Não teria ainda visto na TV que Fucile sentiu o pé do adversário numa nádega e se agarrou à cabeça - só depois se lembrando que nenhuma dor, por mais reflexa que fosse, saltaria da nádega para o rosto.

Mentir poderia até ser um problema só de Fucile, não se desse o caso de ter enganado quem nele confia.

Lembro-me bem do dia em que Paulinho Santos agrediu João Vieira Pinto num jogo entre FC Porto e Benfica e o lesionou. Jurou inocência e logo o FC Porto em peso o defendeu. António Oliveira, então treinador do clube, tomou as dores de Paulinho e só faltou dizer que tinha sido João Pinto a agredir o seu rapaz.

Dias depois, já tendo visto as imagens na TV, António Oliveira disse aos jornalistas que tinha sido enganado por Paulinho Santos. O gesto enobreceu-o e não foi por isso que o dragão deixou o hábito de vencer. Ser grande, afinal, não é só saber ganhar.

..."


Nuno Perestrelo, in A Bola

O milagre

"No FC Porto-Benfica da semana passada atuaram apenas três jogadores portugueses e no dia seguinte o Sporting apresentou mais dois frente ao Vitória. Cinco portugueses entre 42 utilizados pelos três clubes principais – uma realidade que provoca reações demagógicas, em particular ao núcleo de juristas da bola que ao longo de anos foram criando as condições regulamentares para esta descaracterização.

Enquanto o núcleo duro da Seleção Nacional se deslocava dos clubes principais do país para o “eixo Mourinho” (primeiro o Chelsea, agora o Real Madrid), foram chegando jogadores cada vez melhores a Portugal, internacionais de vários países, incluindo as potências sul-americanas. Deste movimento, aproveitador de alguns negócios de oportunidade e de um “scouting” bem entrosado com os interesses dos principais mercadores internacionais, resultou um real desenvolvimento desportivo, refletido nos bons resultados nas provas europeias dos últimos anos.

O futebol português apresenta, assim, duas faces no panorama internacional e ambas dignas de orgulho. Uma Seleção excecional, que resistiu pela qualidade aos maus tratos de que foi vítima durante dois anos nas mãos do catedrático Queiroz, e clubes competitivos e reveladores de jogadores fantásticos, como Falcão ou Di María.

Esta fase coincide com o interesse mediático, que vem abrangendo novos conteúdos nas plataformas globais, levando agora os jogos de maior cartaz a mercados tão distantes como o asiático, mas tão importantes como o espanhol. Ao longo de décadas, nunca o campeonato português conseguiu interessar aos adeptos de outros países, mas esse panorama está mudando, precisamente em consequência da internacionalização dos clubes principais.

O último FC Porto-Benfica, por ter sido disputado numa sexta-feira, desdobrou-se em dezenas de horas de televisão e suscitou discussões em todos os continentes, sobretudo pela qualidade do jogo e, numa escala mais anedótica, também pelas fantochadas sul-americanas. Tem muita graça e é didático comparar como outros observam as “polémicas” draconianas – meros “faits divers” em função do êxito que o jogo alcançou e do prestígio que aduziu ao campeonato português.

Dias depois, corre mundo proclamando o final feliz, a dramática e cómica cena dos maqueiros de Olhão, que perderam, pelo caminho, um jogador inanimado por não terem tomado as precauções de socorro obrigatórias, como se neste país nem aquilo que parece correr mal chega, de facto, a correr mal. Numa Liga bem organizada, nunca um jogador cairia de uma maca, mas o que conta é o resultado: acabou tudo bem.

Este sucesso internacional é tipicamente português: ninguém planeou, ninguém executou, ninguém retificou, mas está a acontecer. A Liga portuguesa, minada pelo tráfico de influências, pelo improviso e pela iminente falência técnica, é considerada a melhor depois das “majors” do futebol europeu, como retrato fiel de um país que sobrevive e acha que tem futuro, numa conjuntura de bancarrota. Milagre!"

João Querido Manha, in Record

Fizram a força

"Comecei a ver o jogo em sofrimento. São as más memórias, é a dificuldade inerente ao clássico, era jogar no Dragão. Mas Jesus fez o que lhe pedi: não inventou. Entrámos em campo com o nosso onze desta época, e não vencemos mas não falhámos. Sem medos do monstro verde ou do azul.

Na primeira parte deu Porto, que apostou na ala esquerda do Benfica e nas diagonais lá à frente. Secaram Nolito – tiveram medo dele, muito marcado – e obrigaram Javi e sobretudo Witsel a trabalho redobrado à boca da área. Jesus não inventou, mas na primeira metade a estratégia não colou. Na segunda? Era dar consistência ao miolo, matar o nervosismo e esquecer os amarelos. Mas criar condições para os alas respirarem e serem inventivos. A muralha Javi/Witsel ao centro obrigou o FCP a procurar os corredores. Era fazer entrar o Chuta-Chuta, que estava a fazer falta. Só que entretanto Nolito solta-se e dá a Cardozo, que marca. Dragão? Caladinhos. Por pouco tempo: a nossa defesa teve uma das suas “brancas amnésicas” e Varela não perdoou. Calei-me eu. Depois chegaram as substituições e Cardozo ficou sozinho lá à frente, à espera do erro. Mas abriram-se as alas. E Saviola deu um cheiro do que já o vimos ser, naquele passe de matador para Gaitán. E sofreu-se, mas vamos em primeiros.

Lições a retirar? Não vale a pena ter medos excessivos de jogadores determinados. Emerson resolveu-me o mistério de como travar Hulk, coadjuvado por Javi e Witsel (como eu tanto pedi). Não foi um jogo exemplar do ponto de vista da disciplina, mas em Roma sê romano. E quando vejo o tal monstro verde dizer que nunca viu um vermelho direto ser amarelo para a “vítima”, agarro-me à barriga a gargalhar, e só tenho uma pergunta: mas em que clube é que tu jogas, rapaz?"


Mais perto do objectivo...



Otelul Galati 0 - 1 Benfica
Bruno César


Exibição 'poupadinha', com muita posse de bola (para tanto domínio até acabamos por rematar pouco). Completamente desnecessário manter a sempre perigosa vantagem mínima até ao fim... O adversário é sem dúvida limitado, mas defensivamente são 'chatos'... Desta vez conquistámos os 3 pontos sem deslumbrar, quantas vezes até jogámos 'benzinho', mas faltou o 'resultado'?!!! Inaceitável as condições do relvado.
Podem discordar, mas o empate do Basileia em Manchester é um mau resultado para o Benfica... Os 6 pontos, dos dois jogos em casa, que ainda temos que disputar, podem não chegar!!!
Mas agora, o mais importante, é o jogo de Sábado com o Paços...