quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Depois do túnel, o funil

"Considero justo o resultado do Porto-Benfica. E considero que a arbitragem terá errado menos que os outros intervenientes.

No entanto, acabando o jogo, haveria que explicar a desilusão portista. À míngua de melhor argumentário, todos os que faltaram alinharam - disciplinadamente - pelo mesmo diapasão. A culpa foi do Cardozo (não se referiam, todavia, ao golo que ele marcou).

No tão citado enlace entre Cardozo e o contumaz fiteiro Fucile, a farsa foi de tal monta que o pobre lingrinhas levou uma pseudo joelhada no traseiro... e logo se queixou... também da cabeça, certamente por osmose sabe-se lá de quê!

Os iluminados do costume, perante uma infinidade de ângulos e velocidade das câmaras, conseguiram inventar uma agressão. Os mesmos que também acharam que, em Aveiro, o jovem talentoso James se limitou, não a socar, mas a afagar o apêndice do adversário, não merecendo a expulsão! Ou que, com Jorge Sousa, na final da Taça da Liga (Benfica, 3 - Porto, 0), não se admiraram de Bruno Alves ter acabado o jogo depois de uma série de investidas com todo o seu arsenal anatómico?

Sei que no futebol, nós adeptos temos dificuldades em levar a coerência até ao limite, mas que diabo - tanta incoerência cheira a mau... empatar.

A indigente ladainha de desculpa virou Takuara e, durante uns tempos, vai municiar a acefalia futebolística. Mas, não nego que esta inventona de agressão no traseiro do Fucile - se persistir - é bom presságio para os benfiquistas... Depois do túnel, virá o funil, perdão, o Fucile.


PS: Ó Maxi, por que razão não te atiraste para o chão quando o Hulk te acariciou cabeça contra cabeça? Para a outra vez tem juízo e perder a cabeça (no relvado)."




Bagão Félix, in A Bola

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