sábado, 9 de abril de 2011

Delicioso...




...ganhar às Osgas, na sua barraca emprestada, com os jogadores Lagartos a 'espumarem' pela boca dando porrada a torto e a direito, ver e ouvir as Lagartixas amestradas a cantarem e a ofenderem o Benfica quase todo o jogo convencidos estupidamente que iam mesmo ganhar, dar 'de avanço', falhar livres de 10 metros 'só' para lhes dar ânimo, ver o eternamente mal disposto, mal encarado treinador a ser expulso, ver o símbolo máximo da submissão dos Calimeros ser expulso, que mesmo depois daquele parvo barrete azulado, continua a ser 'adorado' (os animais no Circo Cardinal foram sempre muito apreciados!!!), assistir aos protestos Sportinguistas junto dos árbitros em todos os golos do Benfica, resumindo, foi delicioso assistir a tal espectáculo!!!

Só tenho uma queixa, no terceiro golo, sem guarda-redes na baliza, o Diego Sol devia ter chutado a bola mais devagar, pois assim aumentava o suspense...!!!

Além disto tudo o jogo teve um lado didáctico, pois fiquei a saber que o 'portero' Lagarto pode 'atropelar' o Joel fora da área (uma versão miniatura do Burro Alves), e também pode fazer 'tackles' frontais ao Arnaldo, tudo dentro da 'lei'!!!


Já me estava a esquecer, primeiro lugar garantido na fase regular. Estatisticamente o Campeão após o Play-Off foi sempre o Campeão da fase regular, portanto vamos a eles...!!!

Mais fortes





Final-Four garantida, vamos ter como adversários o Braga, a Física e o Vilanova. Parece que a Final será na Catalunha, no Pavilhão do Vilanova, o que a ser verdade, é uma decisão pouco aceitável devido às condições do local. O Benfica é claramente a equipa mais forte, o ano passado vencemos em Vilanova, mas o ambiente adverso será uma condicionante importante...

Vamos esperar pelo sorteio, mas pessoalmente preferia a Física nas Meias, o Braga é uma equipa manhosa, com jogadores experientes...

Roubar

"«As palavras não entram por acaso na linguagem das seitas» dizia, e bem, o escritor José Cardoso Pires. De maneira que, quando o mister que todas as semanas perde várias e excelentes oportunidades para ficar calado, diz que o seu sonho era «roubar o título ao campeão», o verbo «roubar» deve ser entendido no seu pleno significado: «Tirar o que está em casa alheia ou o que outrem leva consigo; tirar para si com violência; rapar; subtrair às escondidas; furtar; fanar; agadanhar». (in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa(em linha)). Isto é: «roubar» é um termo que pode ser usado em sentido figurado, ou pode ser resgatado do fundo do subconsciente «de quem rouba», isto é, os ladrões, gatunos, roubadores, salteadores.

Sir Alex Fergunson, uma autoridade no mundo do Futebol, é da opinião que em Portugal há uma certa equipa que «compra títulos no supermercado». Ora, sendo tal comércio ilícito, pois que não há «títulos» de Futebol à venda nas grandes nem nas pequenas superfícies, com justiça se deve substituir o verbo «comprar» pelo termo «roubar». E assim roubam-se títulos, como quem rouba jogadores, resultados e pontuação. Não fossem os roubos que alimentam a mentira desportiva e outro campeão cantaria. A grande diferença é que esse outro não roubaria nada a ninguém.

O roubo do título aconteceu porque outros roubos anteriores o propiciaram. Roubos sucessivos ao campeão cessante, como roubos aos adversários do novo campeão, o que comprava títulos e agora os rouba. Teme-se mesmo que, por este caminho, o Futebol deixe de se jogar nos relvados, à vista de todos. Ganha o título quem mais roubar pelas esquinas, às escâncaras, porque a impunidade é a grande lei em vigor."


João Paulo Guerra, in O Benfica

Pecado capital

"Pinto da Costa vai ficar na história do futebol português. Pelos melhores e piores motivos. A hegemonia do FC Porto foi construída sobre os abusos de um país fascista e centralizado. Os clubes de Lisboa (Benfica e Sporting), primeiros beneficiários do regime, não souberam organizar-se no sentido de contrariar o “grito de revolta” do FC Porto, amplificado por José Maria Pedroto e, principalmente, por Pinto da Costa. O FC Porto, no pós-Américo de Sá, sempre soube capitalizar em redor da proclamada e decantada (auto)vitimização, mesmo quando passou a protagonizar o papel de manipulador das massas.

Pinto da Costa desenhou uma estratégia, considerando o perfil do país e dos seus principais adversários e, ironicamente, soube utilizar a política e a democracia para conseguir resultados através de uma ideia de totalitarismo. Começou por juntar sequazes contra o Portugal centralizado e com a sede do poder em Lisboa e foi passando a mensagem -- ano após ano, década após década -- do imperativo da descentralização. O exército foi aumentando: em 1982, quando PC chegou à presidência, o FC Porto só havia ganho 7 campeonatos, uma gota no imenso oceano vermelho e verde.

Pinto da Costa entendeu o “elitismo de pechisbeque” e sentiu que se achavam reunidas as condições para diabolizar a capital, aumentando o tom das críticas relativamente aos poderes gerados em Lisboa – o centro das decisões. Em 1987, com a conquista da Taça dos Campeões e da Taça Intercontinental, coincidindo com o final do consulado de Fernando Martins (no Benfica), Pinto da Costa percebeu que não tinha outro caminho. A partir do meio da década de noventa, já o presidente do FC Porto estava em plena magistratura ativa no sentido de fazer do clube um exército ainda mais equipado. A equipa de futebol fazia parte desse exército e o Estádio das Antas era uma espécie de quartel-general onde só os alinhados eram bem recebidos. Os mais jovens não terão memória disso, mas nos anos noventa os árbitros e os jornalistas foram sistematicamente coagidos. O ambiente nos jogos, muito difícil. A ideia era essa: criar pressão e medo. Ao mesmo tempo, atrair personalidades ligadas ao poder político, económico e futebolístico, cujas relações foram sempre geridas com muita astúcia por Pinto da Costa. Uma urdidura.

Quando o Apito Dourado surgiu havia a convicção de que Pinto da Costa se movimentava como ninguém nos bastidores do futebol – e o seu epílogo, nos tribunais, pelas expectativas criadas, deixaram nos adversários um rasto de revolta e frustração. Aí, já o Benfica havia claudicado (com Manuel Damásio, o começo do desastre), no meio de um sem-número de “aquisições” sem sentido.

Pinto da Costa conheceu 7 presidentes (Fernando Martins, João Santos, Jorge de Brito, Manuel Damásio, Vale e Azevedo, Manuel Vilarinho e, desde 2003, Luís Filipe Vieira) e nenhum deles achou a melhor forma de lidar com as “duas caras” do líder azul e branco. A visão do resultado (a obra-prima criada pelo “monstro”) fez o Benfica hesitar entre copiar o criador ou enveredar por outro caminho. O erro volta a estar à vista: na “técnica do conflito” e num país vulnerável, Pinto da Costa é imbatível. A técnica teria de ser outra. A do contraste."


Ganhar é deixar ganhar

"Pronto, está bem, ganharam. Que mais querem que se diga? Ganharam bem? Não. Ganharam com justiça? Não. Mereceram um iota ganhar? Também não. Porque é que o Futebol Clube do Porto ganhou? Ninguém sabe. É inaceitável.

E, no entanto, nós os benfiquistas, achamos inacreditável. Custa-nos aceitar mas, mesmo assim, com o espírito magnânimo e (porque não dizê-lo?) superior em todos os aspectos, estamos dispostos a pagar o que nos custou.

Que foi pouco. Porque o Porto precisa de aprender esta lição, profundamente inglesa e ligada às origens do futebol, antes de ter sido contaminado pelo talento, pelo esforço e pelo espírito competitivo dos americanos e do capitalismo selvagem: ganhar não é o objectivo.

É apenas um resultado. O objectivo é participar. É saber perder ao mesmo tempo que se quer ganhar. Quando o Benfica perde, não é porque quer perder. Mas também não é por não querer ganhar. O Benfica nem sequer perde para dar uma oportunidade aos outros - embora isso contribua, historicamente, bastante.

O Benfica não queria que o Porto ganhasse o campeonato, admitimos. Mas ganhou. E estamo-nos nas tintas para isso. Mereceu? Se calhar, até mereceu. Mas quem é que tem paciência para perder tempo a pensar nessas questões?

A verdade é que o Benfica reconhece e agradece que não pode - nem quer - ganhar sempre. Em contrapartida, o Porto (e até o Sporting Clube) têm esse sonho louco, todas as noites. Que se passa naquelas cabecinhas? Nunca saberemos. Nem nos interessa.

De todos os clubes estrangeiros - incluindo todos os que se dizem portugueses mas apenas representam uma região gastronómica de Portugal - só o Benfica é que sabe perder. Ganhou tantas vezes - muitas vezes sem fazer um esforço especial para isso - que ficou com uma consciência da validez relativista de ganhar.

Retire-se o Sporting Clube de Braga - passado, presente e futuro - da equação e não havia nem Porto nem Benfica do presente. Para não falar do Sporting de Lisboa, que seria cruel e irrelevante. Embora não seja, por causa disso, que se deve deixar de falar nele.

Tal como reconheceu o capitão da equipa de cricket do Sri Lanka - o grande Ceilão, cujo nome, dado por portugueses, ainda usam nos magníficos chás - a vitória da Índia foi não só bem merecida como sinal do valor da resistência valente da equipa do Sri Lanka.

É uma lição de chá. Quem perde como o Benfica - renunciando à opulência fácil de ganhar - fica sempre a ganhar. Deixando ganhar os outros, os benfiquistas mostram que os resultados são sempre uma questão secundária, mais apreciados pelos adversários invejosos e menores do que, propriamente, pelos adeptos.

O Benfica gosta e está habituado a ganhar mas não gosta, por experiência doce, de ser sempre quem ganha. Não só sabe dar lugar aos adversários como compreende que, caso eles nunca ganhem, dá a impressão (por muito errada que seja) que o Benfica não tem concorrentes.

Não tem. Mas não pode deixar essa impressão, sob pena de alguém, algures, poder pensar que o Benfica, por ser melhor, ganha sempre.

Parabéns ao Porto. E obrigadinho por ajudar a manter a ilusão indispensável de não ser impossível sermos derrotados.

Obrigados!"


Miguel Esteves Cardoso, in Público

10ª jornada - Juniores - Fase Final



Seria interessante se nas jornadas que faltam, onde a nossa equipa sénior vai fazer alguns jogos, jogando com as habituais segundas escolhas, que alguns dos nossos Juniores, tivessem a oportunidade de fazer alguns minutos, por exemplo estes dois que marcaram os golos hoje, já o mereciam. E como amanhã o Benfica joga novamente com a Naval na Figueira até podiam ficar por lá...!!!

Frustrante





Depois de todo o esforço na Quarta-feira é frustrante perder pontos desta forma!!! Mas tem sido a 'marca' da época Benfiquista: a irregularidade. Não vi o jogo, mas pelos números dá para entender que existem jogadores bastante desgastados, não deve ter sido por acaso que o melhor marcador, não jogou contra os Corruptos por castigo!!! Tivemos a perder por muitos no início da segunda parte, recuperámos, mas não foi suficiente...

Agora temos que esperar por deslizes dos adversários, e recuperar fisicamente a equipa, na Quarta-feira recebemos o ABC, que não ganhou nenhum dos dois jogos nesta 2º fase, vamos esperar que seja um bom sinal...

Relaxamento





No próximo fim-de-semana temos a primeira final da época, é necessário não 'quebrar', temos que manter o espírito de vitória, espero que a 3ª derrota da época não afecte os níveis de confiança. O ano passado também éramos claros favoritos para a vitória na Final da Taça, e perdemos...

A 'gestão' de hoje acabou por correr mal, é importante recuperar os lesionados...

É muitíssimo injusto, mas ainda não ganhámos nada...

Frangos !!!


Não foi do 'meu' tempo, mas provavelmente foi o 'maior' de sempre do Benfica, Costa Pereira. E infelizmente acabou a sua carreira neste jogo, com a dupla infelicidade: o frango, e uma lesão grave!!! E lá se foi mais um 'caneco'!!!


O melhor guarda-redes do Benfica, do 'meu' tempo, foi 'salvo' pelo Filipovic já na segunda parte, após o 0-0 em Lisboa, o empate 1-1 em Craiova foi suficiente para chegarmos a mais uma final Europeia, desta vez a Taça UEFA, mais uma que ficou 'atravessada'!!! Recordo-me bem do relato do jogo de Craiova, era 'puto', talvez o meu primeiro grande sofrimento, o jogo nunca mais acabava...!!!


Um dos nossos melhores guarda-redes dos últimos tempos. O Enke vai ficar nos corações dos Benfiquistas por muito tempo, não só pela maneira como nos deixou, mas também pelo profissionalismo, talento e carácter que demonstrou ao serviço do Benfica. Passou pelo Benfica num momento menos bom, mas mesmo assim deixou 'marca'. Com este golo perdemos o jogo por 0-1 com o Dínamo de Bucareste, mas foi 'salvo' pela 'remontada' em Bucareste onde vencemos por 2-0 !!! Uma das poucas surpresas agradáveis nestes tempos conturbados...!!! Recordo que nesta época a aventura Europeia acabou em Vigo!!!