sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alerta

"Quanto custou a derrota frente ao Marítimo? Custou a Taça de Portugal, custou a quebra de um clima de frenético entusiasmo em torno da equipa. Custou tudo isso, custou dolorosamente, mas o que custou pode custar menos. Como assim? Desaires há que são pedagógicos, que ajudam a perceber que o trajecto competitivo não é linear, não é sempre vitorioso.

O Benfica, esta temporada, ainda não havia perdido em desafios oficiais. O registo era entusiasmante, mas porventura sugeria facilidades que não existem, nunca existem. Não há colectivos, por mais forte que argumentem, invencíveis em todas as empreitadas que disputam. Sobretudo no Futebol, muito menos no Futebol.

Consequências do revés na Madeira? A convicção de que o Benfica até poderia superar o seu opositor, mas que o contratempo só pode obrigar a equipa a reforçar os seus melhores índices na competição. E o que há ainda para vencer? Desde logo, o Campeonato. Também a Taça da Liga, ainda uma prestação digna na Liga dos Campeões.

Uma derrota, esta época, com este Benfica, para mais a nível doméstico, é difícil de dirigir. Só que deve servir de alerta, deve servir para perceber que não há jogos ganhos antecipadamente. O aviso é para a equipa técnica, é para os jogadores, é para os dirigentes? Também é, claro que é. Mas é, fundamentalmente, para os adeptos. E porquê? Para que não murchem na sua convicção, no seu apoio, na sua alma, na sua crença.

Estamos em Dezembro. A temporada só termina em Maio. De vermelho colorida? Tanto mais vermelha quanto mais vermelho, convictamente vermelho, for o apoio dos aficionados. Depois do baque no Funchal, vamos reforçar o vermelho da confiança? A ser assim, razão bastante para que vermelho, muito vermelho, venha a ser, no final, o nosso contentamento."


João Malheiro, in O Benfica

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