sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O exemplo da Selecção

"Paulo Bento foi o principal vencedor no apuramento Nacional para o Euro-2012. Primeiro, porque herdou uma situação paredes meias com o descalabro, e, depois, porque nunca cedeu ao nacional porreirismo reinante. Implacável com a mentira e a indisciplina, exige rigor e solidariedade. É competente e foi valente. Se não o quiserem a seleccionador seria bom como governante.

Discordo, como qualquer treinador de bancada, de várias escolhas e até de alguns esquecimentos das suas convocatórias, mas confesso que lhe admiro a determinação e o carácter.

Ronaldo é fantástico, há ainda três ou quatro jogadores muitos bons, mas não temos uma Selecção repleta da qualidade individual que muitos outros países têm.

Em compensação tivemos ainda mais sublinhados os méritos de Paulo Bento. Exige como treinador o mesmo que dava como jogador, ou seja tudo.

É isso que quem entrar hoje na Figueira com a camisola do Benfica tem que fazer, dar tudo, jogar no limite.

Vejo que há vários titulares não convocados, mas desejo que hoje não seja o jogo que antecede Old Trafford mas sim um dos que antecede o Jamor. Não me esqueço que Varzim e Gondomar são, nos últimos 30 anos, duas das mais difíceis derrotas de digerir, julgo mesmo que ainda não estou completamente refeito desses resultados tão antigos.

Por essa razão e porque ganhar a Taça de Portugal é prioridade hoje vou à Figueira da Foz, para ganhar o jogo.

Terça-feira, em Manchester, só exijo um bom jogo. Com os romenos, em casa, o último jogo deverá ser suficiente para carimbar o passaporte para os oitavos-de-final, mas se puder ser mais cedo... óptimo.

O Benfica gosta de realizar proezas em terras de Sua Majestade, e os adeptos agradecem."


Sílvio Cervan, in A Bola

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